DIAGNOSTICO URBANÍSTICO DO CENTRO DE PRAZERES
Por: Rodrigo.Claudino • 14/10/2017 • 2.841 Palavras (12 Páginas) • 549 Visualizações
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Na presente pesquisa tivemos por objetivo mapear e conhecer as características da localidade supracitada afins de construir opiniões palpáveis e mensuráveis sobre como o funcionamento do ambiente e suas relações influenciam a sociedade do local e vice e versa, tomando por base os conceitos de Kevin Lynch, visando o entendimento da identidade do local de acordo com as relações sociais, suas movimentações e interações. Fizemos ainda uma síntese sobre o diagnostico anterior que caracteriza a composição ambiental, a utilidade móbil e a história da área de estudo.
- METODOLOGIA
Para a confecção do presente diagnostico nossa equipe partiu da premissa de que mais vale conhecer a realidade do local estudado para compreender suas relações, funcionamento e a forma como é atendida a população e os usuários da localidade. Visamos através deste então explicitar dados e informações coletadas através de levantamento “in loco”, visitas, entrevistas e pesquisas de diversas naturezas, baseados nos conceitos de Kevin Lynch apresentado na obra de sua autoria, “A Imagem da Cidade”, visando compreender e identificar os elementos morfológicos, tipológicas e os variados aspectos socioeconômicos e usurários da área de estudo denominada pelo grupo como “Centro de Prazeres”.
- ANALISE DO DIAGNOSTICO HISTÓRICO, FÍSICO AMBIENTAL E MÓBIL.
Inicialmente, a equipe mapeou, registrou e relatou as características de mobilidade, meio ambiente e história da área demarcada para estudo, conforme representação cartográfica. A partir de então, ficaram claras as características do espaço demarcado denominado “Centro de Prazeres”.
Com estas informações em mãos, tornou-se notório que, no que tange a mobilidade urbana, Prazeres é quase que passagem obrigatória, eixo de conexão de onde é possível ir e vir para qualquer ponto de Jaboatão dos Guararapes e até municípios circunvizinhos, contando também com pontos de táxi e moto-táxi. Faz parte da composição da área de estudo à estação “Prazeres” da linha sul do Metrô, que com a linha férrea compõe uma grande barreira física, e futuramente se tornará um terminal do sistema de integração entre metrô e ônibus, com obras já em andamento (Fonte: CBTU). São fatores negativos, no entanto, que a mobilidade e a acessibilidade do local não pensam na escala do pedestre nem no ciclista, sendo voltada quase que totalmente para carros, ônibus e caminhões. Muitas das ruas internas dos setores dentro da área de estudo não possuem qualquer tipo de pavimentação. As calçadas, quando existentes, são irregulares, desniveladas, tumultuadas pelo comércio ambulante, sem qualquer presença de acesso para portadores de necessidades especiais. A linha de escoamento de água possui muito lixo e despejo de esgoto irregular. Não existe qualquer que seja o pensamento no ciclista, ainda que estes sejam presentes em peso na região, circulando entre os veículos e às vezes nas calçadas.
Em função da mobilidade do local, esta por sua vez, marca histórica já que o bairro surgiu de uma antiga estação de trem, o desenvolvimento chegou rápido em relação à região restante, tendo seu ápice de desenvolvimento nos últimos 20 anos. A área de estudo apresenta uma composição de ruas e quadras organizadas e esquadrinhadas desde a década de 70, ou antes, mas por conta do crescimento espontâneo, o efeito visual na escala do pedestre é de desordem. São afinal as cidades organismos vivos, em constante mutação, em favor e função daqueles que a compõe e com ela se relacionam. Além do visual “tumultuado” em muitas partes, é grande a cacofonia, ultrapassando largamente os níveis saudáveis de ruído. Também é desagradável o efeito da poluição visual, de modo tal que as placas e anúncios, por menores que sejam, disputam espaço com pedestre, iluminação, sinalização regular e principalmente, com outros anúncios. Visamos também que a região é carente de arborização, de espaços verdes, que precisam ser pensados com primazia por fatores diversos. Não existem grandes distúrbios na forma como os ventos naturais correm a região, mas foram identificadas pequenas ilhas de calor.
A topografia local não propicia grandes alagamentos e não possui declives ou aclives acentuados. A região é carente de saneamento, de modo a contaminar os cursos d’água canalizados e o sistema de drenagem. A Coleta de lixo, ainda que funcional e frequente, é por vezes insuficiente. No que tange a natureza da região demarcada, a área de estudo é centro de comercio de bens, de serviços diversos, possui uma rica variedade que vai do concerto de panelas a grandes redes varejistas, espalhadas por quase que toda a área de estudo, desde locais primordialmente comerciais a ruas em expansão de comércio.
- ANÁLISE DO DIAGNOSTICO SEGUNDO KEVIN LYNCH
Ao analisarmos a área demarcada pelo grupo como “Centro de Prazeres” com um olhar voltado para a metodologia aplicada por Kevin Lynch em seu livro “A imagem da Cidade”, fruto de estudo baseado em 5 (cinco) tipos de elementos que compõem o espaço urbano: vias, pontos nodais, marcos, limites e setores(bairros), discutimos e dividimos nossa área de estudo em 5 (cinco) setores, divisão essa que ocorreu por causa da morfologia, tipologia, uso e aspectos econômico-sociais existente nas propriedades de Prazeres.
Setor 1
Na demarcação do setor em questão, foi considerada a natureza da região. Sendo fortemente comercial, abriga também as principais vias, sendo forte eixo de mobilidade da região, e algum marcos de grande escala, como as lojas Insinuante e Arco-Íris. É composto por pontos comerciais de diversos tamanhos e especificidades, cortado por vias largas, asfaltadas e sinalizadas, e conta com serviços mistos, públicos e privados. Na extensão deste, vemos muitas edificações de natureza comercial e outras tantas residências adaptadas. Predominam edificações com dois pavimentos (térreo + 1° andar), repletas de faixas, placas e anúncios. As vias do setor são predominantemente arteriais, conectando todos os setores da área de estudo, bem como bairros distintos do município de Jaboatão. O setor é entrecortado por um binário de vias, formado pela Avenida Barreto de Menezes com a Rua Arão Lins de Andrade, formando um ponto nodal forte na sua conexão, e tendo seu contra fluxo na Rua Emiliano Ribeiro, e servindo a localidade de transporte público, alternativo e de fretamento. São dominantemente seguimentos de reta, com curvas discretas e muitas conexões. Nestas conexões, surge um seguimento de rua,
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