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A arte de bem morar

Por:   •  5/10/2018  •  Projeto de pesquisa  •  1.193 Palavras (5 Páginas)  •  340 Visualizações

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Adriana de Almeida Prado, Arquiteta, Urbanista, Mestre em gerontologia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e especialista pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia. Coordenadora de Projetos de Acessibilidade na Fundação Prefeito Faria Lima – Cepam. Coordenadora da Comissão de Edificações e Meio do Comitê Brasileiro de Acessibilidade da Associação Brasileira de Normas Técnicas.

A Arte de Bem Morar

Moradia é uma das necessidades básicas de qualquer ser humano. Esse espaço tem o papel de prover abrigo e proteção. À medida que envelhecemos, a casa passa a ter uma importância muito grande em nossa vida. No entanto, as casas são construídas sem a preocupação de considerar o envelhecimento dos moradores, podendo passar de um espaço prazeroso para um ambiente hostil, dificultando independência e autonomia das pessoas que estão envelhecendo, transformando-se algumas vezes em uma prisão.

A condição do ambiente é uma dimensão importante a ser considerada para garantir a qualidade de vida. Para se ter uma velhice saudável, o ambiente deve ser adequado às necessidades de seus moradores ou freqüentadores.

        A Busca por um Espaço com Acessibilidade

Viver em um ambiente com acessibilidade (um ambiente livre de barreiras) atende à variedade de necessidades dos usuários, possibilitando-lhes maior autonomia ao desfrutar dos espaços segundo sua vontade, e independência ao usufruir deles sem precisar de ajuda.

A capacidade funcional de uma pessoa é o resultado da capacidade de preservar as habilidades físicas e mentais necessárias para a manutenção de uma vida independente e autônoma, mesmo convivendo com limitações.

                        O objetivo é promover ações que melhorem ou preservem a capacidade funcional das pessoas que estão em processo de envelhecimento, com a conseqüente melhoria na qualidade de vida. Para tornar os espaços mais adequados às necessidades dessas pessoas, destaca-se a NBR 9.050/2004 (acessibilidade em edificações, espaço, mobiliário e equipamentos urbanos), que define critérios e parâmetros para que a condição de acessibilidade seja atendida em diferentes espaços.

                        Temos que lembrar que o envelhecimento está associado a alterações sensoriais e físicas de nosso organismo, que repercutem na relação com o ambiente.

        

        Limitações em Ouvir

                        À medida que envelhecemos, a acuidade auditiva vai sendo afetada. Vai se perdendo a sensibilidade às freqüências médias e baixas, especialmente a sons agudos, gerando problemas de inteligibilidade (capacidade de distinguir sons). É fundamental eliminar ruídos indesejáveis, garantindo o controle dos sons nos recintos, favorecendo o bem-estar e melhorando a inteligibilidade, assim como com ruídos externos.

                        Os ambientes em que vivemos são poucos ou nada preparados para melhorar a comunicação sonora em seu interior e evitar problemas acústicos comuns (ecos, ressonâncias), bem como para minimizar os ruídos externos (de veiculo, por exemplo). Enquanto um jovem ouve bem os sons que vão de 16 Hz ou 20 Hz até 16 mil Hz ou 20 mil Hz, os idosos ouvem de 20 Hz a 4 mil Hz.

                        A qualidade de espaço está relacionada diretamente ao formato do ambiente, à distribuição dos móveis e aos materiais utilizados na construção e na decoração, podendo contribuir para melhorar ou dificultar a comunicação e a socialização.

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