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O USO DE EXPERIMENTOS NO ENSINO DE FUNÇÕES QUÍMICAS

Por:   •  10/12/2018  •  2.640 Palavras (11 Páginas)  •  388 Visualizações

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Na explicação teórica, todos alunos do colégio ficaram juntos, mas para o experimento pratico, formamos quatro grupos de aproximadamente sete alunos. Como a oficina foi apresentada por quatro alunas do PIBID, cada uma ficou responsável por apresentar um subtema. Após a realização da oficina, foi aplicado um questionário para os alunos, como forma de diagnosticar a eficácia do método utilizado para ensino do conteúdo.

O questionário possuía 6 questões de múltipla escolha, cada aluno recebeu um questionário. Para realizar a análise do trabalho, foram aplicados 40 questionários, sendo 20 questionários para 20 alunos que participaram da oficina e 20 questionários para 20 alunos da mesma série que não participaram da oficina, assim poderíamos diagnosticar o quanto a oficina foi relevante.

Experimento ácidos:

Materiais utilizados foram: Balões; garrafas pet, uma colher de sopa, bicarbonato de sódio e vinagre.

Colocou-se duas colheres de sopa de bicarbonato na garrafa, adiciona-se três colheres de sopa de vinagre no balão, logo após prenda a ponta aberta do balão à boca da garrafa, levante o balão para deixar o vinagre cair dentro da garrafa, a mistura irá começar a borbulhar e o balão vai encher-se de gás (dióxido de carbono).

Experimento bases:

Materiais utilizado foram: suco de repolho roxo (1,5L), 10 Copos descartáveis, soda caustica, água sanitária, sabão em pó, bicarbonato de sódio, sal amoníaco, açúcar, leite, detergente, vinagre e limão.

Colocou-se suco do repolho em todos os copos até a metade. Logo após adicionou-se em cada copo um ingrediente. Após terminar de adicionar os ingredientes, misturou-se bem para que se dissolvesse e formasse uma mistura homogênea. Depois observou-se a coloração da mistura, sendo que, se a mistura ficasse com a coloração vermelha até rosado, ela seria ácida, caso a coloração fosse roxa indicaria neutralidade e se as substâncias ficassem verdes e amarelas seriam básicas.

Experimento óxidos:

Materiais utilizados foram: vasilha de material plástico, água, vinagre e palha de aço. Coloca-se o vinagre com a água (em partes iguais) na vasilha de plástico, depois mergulha a palha de aço na mistura, de modo que fique completamente molhada com a mistura. Após 1 minuto, retire a palha de aço da mistura e a deixe escorrer, logo de imediato observa-se a formação da ferrugem.

Experimento sais:

Materiais utilizados primeiro experimento: verificador de corrente elétrica (fabricação caseira), 2 béqueres, uma placa de petri, uma colher de sopa e sal de cozinha.

Em um béquer colocou-se agua deionizada, no outro agua de torneira e na placa de petri colocou-se o sal de cozinha. O verificador de corrente elétrica primeiro foi colocado em contato com a agua deionizada (não houve corrente elétrica), logo em seguida foi colocado em contato com agua da torneira (houve condução de corrente elétrica, a lâmpada ascendeu), depois colocou-se o verificador em contato direto com o sal de cozinha (a lâmpada não ascendeu). Após os testes de verificação de corrente elétrica nas aguas e no sal de cozinha, foi colocado sal de cozinha no béquer que continha agua deionizado e logo em seguida foi verificada se havia fluxo elétrico na mesma (a lâmpada ascendeu).

Materiais utilizados no segundo experimento: Um béquer com gelo; termômetro e sal. Primeiramente foi analisado a temperatura do béquer com o gelo, posteriormente colocou-se o sal no béquer e observou-se haveria alteração de temperatura. Após pouco tempo notou-se que a temperatura do gelo no béquer caiu, isso porque o cloreto de sódio necessita de água para se hidratar, seus íons serão envolvidos por moléculas de água, assim parte da água tem que passar para o estado líquido, tirando energia térmica do restante, fazendo com que a temperatura do gelo diminua.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

O objetivo do presente estudo foi analisar o quão eficiente é a prática de experimentos na aula de química. Para a obtenção dos resultados foi analisado os resultados do questionário que continha o número de erros e acertos de acordo com os alunos faltantes e presentes.

[pic 1]Figura 1 – Porcentagens das respostas do questionário passado aos alunos que participaram e os que não compareceram a oficina, demonstrando os erros e os acertos em cada questão.

Com a análise dos questionários, evidenciou-se que os alunos que participaram da oficina tiveram um índice de acertos relativamente maior, do que os alunos que não participaram, sendo que todos os alunos viram esse conteúdo nas aulas regulares com seu professor de ciências.

O gráfico mostra que o índice de menor acertos dos alunos faltantes, um percentual de apenas 25% de acertos, foi na questão onde se pedia exemplos das substâncias químicas, os exemplos expostos são produtos comuns e presentes no cotidiano deles. Isso mostra que os mesmos não assimilam as substâncias químicas com os produtos em que eles estão diariamente acostumados. Um índice baixo ao se comparar com CARDOSO e CONLINVAUX (2000), que em sua obra Explorando a motivação para estudar química, mostrou que em um questionário passado aos alunos, ao se perguntar exemplos de onde se aplica a química, teve-se uma porcentagem de 76% de alunos que conseguiram citar.

Nessa mesma questão, ao notar o percentual de acertos dos alunos que estavam presentes, o índice foi de 60%, o que ressalta a importância que o experimento teve ao ajudar os alunos a compreender que há relação entre o que estava sendo mostrado nas aulas com o dia-a-dia deles. Além do mais é importante citar a relevância da prática ter sido ligada ao cotidiano dos alunos, pois na hora de responder as questões tornou-se mais fácil a eles relacionarem as perguntas ao que eles estão comumente acostumados no seu cotidiano. NUNES e ADORNI (2010) ressaltam que a química deve ser relacionada com a vida cotidiana dos alunos pois ao se fazer essa relação conteúdo-cotidiano os alunos tendem a entender o porquê de estudarem a química e também percebem a sua aplicação e importância.

Os resultados das questões colaboram para a conclusão de que os alunos que presenciaram a prática na oficina tiveram maior facilidade em responder as questões e também teve maior número de acertos, com isso pode se avaliar a oficina como um bom método pedagógico, onde a prática complementa a teoria tornando o aprendizado mais fácil

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