Desenvolvimento da siderurgia no Oriente durante o período clássico

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“O vestígio mais remoto deste metal é um conjunto de quatro esferas de ferro, datadas de 4000 a.C., encontradas em El-Gezivat, no Egito”.1

O ferro primitivo seria classificado hoje em dia como ferro forjado. Ele era obtido em um buraco em uma encosta que era forrada com pedras, e enchida com minério de ferro e madeira ou carvão vegetal, atendo-se fogo ao combustível. Após queimar todo o combustível, era obtida uma massa pedregosa, porosa e brilhante entre as cinzas. Essa massa era recolhida e batida a martelo, tornando o ferro compacto e expulsando impurezas com uma chuva de fagulhas. O tarugo (torrão ou pedaço sólido) acabado, chamado 'lupa', tinha mais ou menos o tamanho de uma batata doce grande.2,3

As técnicas começaram a evoluir quando o homem tornou o fogo mais quente soprando-o com um fole e construindo fornos permanentes de tijolos em vez de fazer apenas buracos no chão. Antes o aço era feito fundindo o minério de ferro ou ferro maleável com um excesso de carvão vegetal, “cozinhando o conjunto durante vários dias”, até que o mesmo absorvesse carbono suficiente para se transformar em aço.2

Os primeiros aços produzidos continham pedaços de carvão e escória e o teor de carbono ficava entre 0,07% e 0,8% sendo o último considerado um aço “de verdade”.3

Entretanto o aço foi pouco utilizado durante muito tempo, pois sua produção era dispendiosa e incerta (“os fundidores nada sabiam da química do metal com que trabalhavam”). Era empregado apenas em coisas de muita importância como as lâminas das espadas.

Outro aperfeiçoamento foi o acréscimo de um fundente, como a pedra calcária, para absorver as impurezas do minério, a invenção das marretas e tenazes para trabalhar os tarugos de metal e a têmpera do aço “pelo seu aquecimento até a temperatura adequada com o esfriamento subsequente pelo mergulho na água”.2

Por volta de 900 a.C. os egípcios “já dominavam processos relativos a tratamentos térmicos nos aços para fabricação de espadas e facas”, um destes processos chama-se revenido que consiste em reaquecer o aço a uma temperatura entre 350 °C e 500 °C., pois quando o teor de carbono supera 0,3% o material torna-se muito duro e frágil caso seja temperado (resfriado bruscamente em água) de uma temperatura acima de 850 °C a 900 °C e esta técnica permite diminuir sua fragilidade.3

As civilizações do Egito e da Mesopotâmia foram responsáveis por “passar” o conhecimento aos gregos, principalmente das técnicas industriais.2

Aproximadamente no século 5 a.C. os chineses começaram a fabricar o ferro carburado, que depois seria chamado de ferro gusa. Em 221 a.C., o império chinês foi capaz de dominar quase todos os reinos vizinhos graças as suas avançadas técnicas de produção de ferro.4

3 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1 - Cronologia do uso dos metais: Mundo Antigo, O uso dos metais e o Trabalho do ferro. Disponível em: . Acessado em: 07/12/12;

2 - Cronologia do uso dos metais: A técnica de fundição do ferro e As civilizações clássicas. Disponível em: http://www.metalica.com.br/cronologia-do-uso-dos-metais-tecnica-da-fundicao-de-ferro>. Acessado em: 07/12/2012;

3 - Aço. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/A%C3%A7o>. Acessado em: 07/12/2012;

4 - História do aço. Disponível em: http://www.maxwell.lambda.ele.puc-rio.br/3667/3667_3.PDF>. Acessado em: 07/12/2012.