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Aula De Quimica

Por:   •  14/12/2017  •  3.288 Palavras (14 Páginas)  •  362 Visualizações

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Opuntia fícus indica conhecida como palma forrageira é uma cactácea que foi introduzida no Brasil por volta de 1880 no Estado do Pernambuco, através de sementes importadas do Texas - Estados Unidos com cerca de 200 a 300 espécies e cresce principalmente em climas áridos e semi-áridos (Markus et al.,2006), os cladodes desta planta chamada "Nopalitos" são consumidos principalmente como alimento básico, mas de acordo com a medicina popular mexicana, algumas doenças como diabetes mellitus, níveis de glicose no sangue, hyperlipidemy, obesidade e distúrbios gastrintestinais podem ser atenuados por comer este vegetal (Corrales-Garcia et al., 2004). Os componentes obtidos a partir do cladodes contêm uma grande quantidade de ingredientes ativos, particularmente os componentes antioxidantes incluindo a vitamina C, vitamina E, carotenóides, glutationa, flavonóides e ácidos fenólicos etc (Panico et al., 2005).

Na alimentação humana a palma possui propriedades eficazes no combate a diversas carências nutricionais, embora ainda tenha que ser quebrado paradigmas de sua única utilidade, alimentar o gado em época de seca. A palma pode ser utilizada para ajudar no combate a anemia através do seu uso em suco, saladas, sobremesas, em carnes, proporcionando em cada 100 gramas consumidas 2,8mg de ferro(Guedes et al,2004).

Segundo Cantwell (2001) a palma é uma alternativa eficaz para combater a fome e a desnutrição no semiárido brasileiro além de ser uma importante aliada nos tratamentos de saúde. A palma é mais nutritiva que alimentos como a couve, a beterraba e a banana, com a vantagem de ser um produto mais econômico.

O conhecimento adquirido pela cultura popular de plantas medicinais está sendo incentivado a estudo experimental a fim de identificar o potencial possível Bioativo destas plantas, para que eles podem ser empregados como o princípio ativo para a indústria farmacêutica (Pinto et al., 2006).

Além do estudo da bioatividade é importante avaliar a citotoxicidade de plantas utilizadas na medicina tradicional, para maior segurança de uso. O ensaio de letalidade com Artemia salina, permite a avaliação da toxicidade global e, portanto, é considerada essencial no estudo de bioensaio de compostos com potencial atividade biológica (Uchôa, 2014).

Para tanto são necessários maiores investimentos para estudos científicos nessa área, de maneira a levar à comprovação da eficácia dessas espécies, garantindo a segurança e eficácia na aplicação por parte dos profissionais de saúde (BORGES et al., 2008).

2-OBJETIVOS

Geral:

- Verificar possíveis efeitos tóxico após administração oral de mucilagem de palma forrageira (Opuntia fícus-indica)

Específicos:

- Coletar os cladódios da palma forrageira e preparar a mucilagem para administração oral

- Realizar ensaio de toxicidade letal da Opuntia ficus indica usando Artemia salina;

- Determinar a atividade antioxidante segundo o método Fosfomolibdênio

- Realizar a administração oral da mucilagem da Opuntia fícus-indica nos Ratos

- Avaliar possíveis alterações fisiológicas e bioquímicas decorrentes do uso oral da mucilagem

3-METODOLOGIA

Os experimentos foram realizados no laboratório de biotecnologia e no biotério do Laboratório de Imunopatologia Keizo Asami da Universidade Federal de Pernambuco (LIKA/UFPE).

3.1 Coleta do material

Os cladódios da palma forrageira gigante foram adquiridos da Estação Experimental do IPA (Instituto de Pesquisas Agronômicas) de Caruaru- PE.

3.2 Preparações da mucilagem do cladódios Opuntia fícus-indica (MCOF)

Os cladódios foram lavados em água corrente, os espinhos retirados e a palma cortada em pedaços menores de cerca de 5 cm, e triturados em liquidificador industrial durante 15 minutos, para que seja removida sua viscosidade, a amostra foi armazenada e congelada em garrafas PET de 2 litros.

3.3 Ensaio com Fosfomolibdênio TAC (%)

O ensaio baseia-se na redução do molibdênio (VI) de molibdénio (V) pelo extrato e subsequente formação de um complexo fosfato-molibdênio, verde (V) a pH ácido.(Prieto et al., 1999). Uma alíquota (0,1 mL) da (MCOF) foi misturada com 1 mL do reagente (600 mM sulfúrico ácido, 28 milímetros de fosfato de sódio e 4 mM de molibdato de amónio). Depois, os tubos foram tampados e incubados em banho-maria a 95° C por 90 min. Após arrefecimento à temperatura ambiente, a absorbância das amostras foi medida em 695 nm contra um branco (1 mL do reagente e 0,1 mL do solvente). Capacidade antioxidante total foi expressa em relação ao ácido ascórbico e ácido gálico (1 mg/ml) e calculada pela seguinte fórmula: TAC (%) = (As – Ac) × 100 / (Aaa – Ac) onde: Ac = absorbância do controle; As = absorbância da amostra; Aaa = absorbância do ácido ascórbico.

3.4 Avaliações da Citotoxicidade da mucilagem

O teste de Citotoxicidade (Cl 50) - Utilizando Artemia salina foi realizado seguindo a metodologia de Meyer et. al (1982) que considera ativas as amostras cuja concentração capaz de matar 50% das larvas (CL50) é inferior a 1000 µg.mL -1. Os extratos testados foram preparados dissolvendo-os em 50 µL de DMSO e água do mar a 6% do surfactante Tween 80. Os micro-crustáceos foram expostos a soluções de concentrações decrescentes em ensaios triplicados, durante 24h, realizando-se depois a contagem de vivos e mortos. Para o cálculo das CL50 foi utilizado um gráfico da percentagem de mortos em função da concentração e a análise dos dados foi com o software Origin 6.0.

3.5 Análises in vivo

Foram utilizado 18 ratos Albinus Wistar (Rattus norvergicus), do sexo masculino com 322,9 ± 37,6 g e 2 a 3 meses de idade, os quais foram obtidos no biotério do Departamento de Nutrição da Universidade Federal de Pernambuco. Os animais foram transferidos para os biotérios do laboratório de Imunopatologia Keizo Asami (LIKA) e mantidos em quarentena por uma semana à temperatura ambiente (22 ± 3 ºC) e fotoperíodo de 12 h claro/escuro, quando foi realizado o controle de ectoparasitas com banho de Amitraz e endoparasitas que controlam com 4% albendazol

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