CAPÍTULO IX – REGISTRADOR DIGITAL DE PERTURBAÇÕES

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- Cada painel deverá possuir chave de aferição de embutir para todos os circuitos analógicos de corrente, permitindo o seccionamento e curto-circuito automático destes circuitos de corrente. Também, para todos os circuitos analógicos de tensão, deverão ser utilizadas chaves de aferição para permitir o seccionamento destes circuitos de tensão. As chaves de aferição deverão ser instaladas na parte frontal do painel para permitir a execução de ensaios dos circuitos analógicos e deverão possuir tampas que os mantenham protegidos da poeira e toques acidentais.

- Os dispositivos não extraíveis como relés auxiliares, fusíveis, disjuntores, etc. deverão ser instalados em trilhos para bornes ou em chapa de montagem de forma a facilitar o seu acesso.

- O painel deve ter trilho com porta prensa cabo e ter reserva de 20%.

- A fiação interna do painel deverá ter bitola mínima de 2,5 mm2 para os circuitos analógicos de corrente alternada e tensão alternada e de 1,5 mm2 para os circuitos digitais de corrente contínua.

- Os cabos e a fiação interna do painel do RDP devem ser acondicionados dentro de eletrocalhas plásticas com dimensões não inferiores a 100mm por 80mm.

- Nenhum dispositivo dentro do painel deve ser instalado com altura inferior a 30cm contados a partir da tampa do fundo do painel.

- As réguas e bornes termoplásticos de conexão para fiação dos RDPs das subestações devem:

- Possuir espaçamento mínimo entre parafusos de 10 mm, próprios para receber terminais do tipo olhal;

- Possuir tipos de bornes especificamente construídos:

- Seccionáveis para todos os canais digitais;

- Com fusível para os circuitos de tensão,

- Com possibilidade de ligações duplas para digitais,

- Com facilidade para aterramento.

- Dispor de identificadores por meio de anilhas plásticas individuais, endereçamento do equipamento onde o terminal está conectado;

- Possuir separadores físicos isolados entre os parafusos terminais;

- Apresentar resistência de isolamento entre terminais maior do que 100.000 MΩ;

- Admitir, nos terminais de corrente, corrente de até 100A por 0,5s;

- Admitir tensão de trabalho de 1000V eficaz em todos os terminais;

- Suportar tensão aplicada de 2500V eficaz por 1 minuto;

- Ser de contato resistente à corrosão;

- Não serão aceitas mais de uma ligação em cada borne, isto é, um condutor por entrada de borne.

- Ser prevista uma reserva livre de bornes de pelo menos 10%.

- As laterais, as vistas e a cobertura dos painéis deverão ser de chapas de aço com espessura mínima de 2,65 mm, fixadas nas estruturas autoportantes de aço perfilado por meio de parafusos. Os painéis devem ser suficientemente rígidos para suportar a fixação dos equipamentos, além de permitir que a remoção ou substituição de qualquer um deles possa ser feita sem prejudicar o funcionamento e a instalação dos demais.

- Todas as superfícies a serem pintadas deverão ser tratadas de modo a eliminar respingos de solda, carepas, rebarbas, cantos, oxidações, óleos e sujeiras. Todas as superfícies metálicas do painel deverão receber tratamento anticorrosivo e acabamento final adequados. A pintura final deverá ser na cor cinza claro, semifosco, referência Munsell N 6.5 e com espessura mínima de 50 micrômetros.

- Todo o painel deverá possuir iluminação interna através de lâmpada incandescente e pelo menos uma tomada monofásica para corrente alternada. Também deverá possuir aquecimento interno adequado e com comandado por termostato. Este circuito deve ser alimentado através de disjuntor termomagnético exclusivo.

- A proteção do circuito de alimentação de cada RDP e GPS deverá ser feita através de disjuntor termomagnético distinto. Isto é, cada RDP e cada GPS deve ter o seu próprio relé termomagnético de proteção.

- As partes metálicas das estruturas dos equipamentos e painel deverão estar conectadas a uma barra de cobre de seção 25,4mm por 3,18mm instalada ao longo deste painel. Esta barra deverá ser provida de terminais de pressão para a ligação das blindagens dos cabos e respectivos neutros e para a conexão com a malha de terra da subestação.

- CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS DO RDP

- O Registrador Digital de Perturbação (RDP) será usado como um sistema completo, com todos os módulos de funções necessários para supervisionar continuamente o sistema elétrico. Quando alguma variação em uma entrada exceder um limite especificado, o RDP detectará e partirá automaticamente gravando os sinais analógicos e os eventos lógicos que ocorreram antes, durante e depois da perturbação. O RDP continuará a gravação até o término da perturbação ou até que exceda o limite de tempo de operação ajustado para pós-falta.

- O RDP deverá gerar um registro de curta duração com alta taxa de amostragem e um registro de longa duração com baixa taxa de amostragem para a mesma partida. O registro de curta duração é voltado essencialmente para o registro das formas de onda dos sinais para fins de análise de distúrbios de curta duração. O registro de longa duração é voltado essencialmente para o registro dos valores eficazes e dos ângulos relativos dos sinais para fins de análise de distúrbios de longa duração.

- O RDP deverá ser capaz de se conectar a uma Central de Análise já existente na Copel GeT, por meio de rede permitindo a comunicação com o RDP através da intranet, rede Ethernet LAN (Local Area Network) e WAN (Wide Area Network) padrão IEEE 802.3, utilizando protocolo IP, por uma porta de conexão de rede 10/100BASE-T, com conector RJ-45, para cabo de par trançado blindado e deverá ser fornecido “switch” com 8 (oito) portas. Deve estar disponível, também, a opção por modem e canal telefônico. Os registradores deverão ser direta e totalmente integrados ao sistema de gerenciamento da Central de Análise instalada no polo da Padre Agostinho