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A Inclusão Digital

Por:   •  14/12/2017  •  4.769 Palavras (20 Páginas)  •  347 Visualizações

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Para fundamentação das teorias pesquisadas, serão utilizados livros, artigos, tabelas e gráficos estatísticos sobre o tema abordado.

2. Inclusão digital nas organizações

Desde quando os seres humanos decidiram viver em sociedade, as relações sociais, apesar de serem fundamentais, foram muito complexas. O desenvolvimento do conhecimento, que deveria servir para melhorar as sociedades, aumentou estas complexidades em virtude das grandes revoluções ocorridas no mundo contemporâneo.

A Revolução industrial foi marcada por um conjunto de mudanças, que aconteceram na Europa nos séculos XVIII e XIX. Até então, a maioria da população européia vivia no campo e produzia o que consumia, e a revolução substituiu o trabalho artesanal pelo assalariado. As máquinas tomaram o lugar dos trabalhadores, movimentos surgiram com o objetivo de defender o trabalhador, os operários eram explorados e começou a exclusão social.

A segunda revolução industrial surgiu nos Estados Unidos e na Alemanha, no final do século XIX e foi grandemente marcada pelo uso intensivo da energia elétrica, representando forte desenvolvimento tecnológico; Importantes invenções que melhoraram a qualidade de vida das pessoas, e ajudaram a aumentar a produção das indústrias; A população urbana passou a ser maior do que a rural na Europa, e o êxodo rural foi motivado pelos empregos gerados nas indústrias das cidades; Utilização do sistema de linha de produção nas indústrias, além de um desenvolvimento muito grande nas comunicações. Mas todo este bônus do desenvolvimento, trazia o ônus dos excluídos.

A terceira Revolução Industrial é difícil precisar uma data ou um único fato como marco deste processo revolucionário, mas foi após a Segunda Guerra Mundial que teve sinais da transformação que modificou o mundo, as sociedades e as pessoas. Ou melhor, que continua a modificar a cada instante a vida das sociedades. O primeiro computador eletrônico, construído em 1945 para auxiliar os Estados Unidos na 2ª Guerra, serviu para impulsionar a tecnologia e os anos 50 foram marcantes para este novo mundo, e a partir de então, os computadores aliados a velocidade de processar informações, foram cada vez mais utilizados. A criação da Internet nos anos 70, e sua popularização a partir dos anos 90, foram fundamentais para incrementar a revolução da informação.

Esta nova revolução tecnológica não transformou somente as indústrias e os meios de produção, mas também as fronteiras e os espaços geográficos deixaram de existir, além de ser o grande motor da Globalização na atualidade. Tanto desenvolvimento, era de se esperar que a sociedade e suas relações, também se desenvolvessem. Mas não é o que aconteceu.

A relação entre a inclusão digital e o combate à exclusão social e econômica são tão evidentes, que vários teóricos associam conhecimento a riqueza e poder. O Desenvolvimento sem a Internet seria o equivalente a Segunda Revolução industrial sem a eletricidade. É impossível resolver problemas sociais como saúde, educação, segurança, eletricidade, água, sem utilizar os recursos da Internet. Surge a questão da economia dos Países: onde encontrar recursos para tanta demanda e necessidades de desenvolvimento. A resposta será sempre a mesma, sem os recursos tecnológicos não terão sustentabilidade econômica, social e ambiental.

A inclusão digital deve ser apropriada pelos indivíduos em qualquer necessidade, e a contemporaneidade exige a todo instante essa necessidade. Nas comunidades, a inclusão digital é aplicada a todo instante. Nas suas atividades econômicas, na capacidade de organização estatal, a nível educacional, na saúde, nas relações sociais e na comunicação com outros grupos, nos serviços públicos e na qualidade de vida de seus moradores.

Em relação as organizações com responsabilidade social, a ordem é investir em programas de inclusão digital. Atualemente não existem empresas que não necessitem a todo instante investir em novas tecnologias, e com certeza ela precisará ter mão-de-obra capacitada para manter em operação suas atividades. As empresas podem também associar seus produtos e serviços, a responsabilidade social e ao marketing social. É preciso gerar oportunidades para a produção e a disseminação de conhecimento e renda.

O acesso a inclusão digital, está diretamente relacionada ao mundo real e atual, aos direitos básicos à informação e à liberdade de opinião e expressão, previstos na Constituição. A exclusão digital é hoje uma das formas de exclusão social, senão a maior.

Enquanto as empresas e governos migram informações e serviços para os meios eletrônicos, com o intuito de fazer a acessibilidade, o excluído digital cada vez mais fica a margem do processo de desenvolvimento e perde sua cidadania.

A inclusão digital não se resume à disponibilidade de super computadores, ou smartphone com centenas de aplicativos e acesso a Internet, mas à capacitação das pessoas para o uso efetivo dos recursos tecnológicos. De que adianta investir em máquinas e equipamentos, se as pessoas não sabem usá-las. Conforme podemos ver no quadro estatístico desenvolvido pela Agência de Marketing Social We Are Social, do tempo gasto na mídia no ano de 2014, passamos quase o dobro do tempo na Internet do que na televisão, e enquanto estamos navegando, mais da metade do tempo passamos nas mídias sócias. Fica uma pergunta: Será que este tempo está sendo gasto, para contribuição com a sociedade? Não adianta ensinar as pessoas (sistemas operacionais como o Windows ou pacotes de software de escritório), se este conhecimento não serve para melhorar sua renda, ou melhor, o círculo social em que está inserido, incluí-lo socialmente. Afinal a tecnologia e a inclusão digital são um meio e não um fim. É preciso que as pessoas tenham a consciência e utilizem os recursos tecnológicos para o crescimento individual, social, intelectual, econômico e político do cidadão, e não somente para o lazer. [pic 1][pic 2][pic 3]

Parece utopia, mas o desafio é fazer a inclusão digital erradicar a pobreza extrema e a fome; a conquista da educação primária universal; a promoção da igualdade entre os sexos e da valorização da mulher; a redução da mortalidade infantil; a melhora da saúde materna; o combate à Aids, à malária e a outras doenças; a garantia da sustentabilidade ambiental; e o desenvolvimento de parcerias globais para se alcançar um mundo mais pacífico, justo e próspero.

3. Políticas do governo para a inclusão social

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