Os Impactos ambientais que podem ocorrer devido a utilização de telhas feito de pneu

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de raios ultravioletas.

O telhado é uma parte de uma edificação, porém associado a outros produtos, a telha de pneus inservíveis, poderia formar um conjunto de materiais disponíveis para construção civil atraindo investimentos, criando demanda de novos produtos, empregos e desenvolvimento, como conseqüência. Por esses fatores, busca-se através das telhas de pneus, minimizar problemas de ordem ambiental, colaborando com o desenvolvimento sustentável. Além de beneficiar a comunidade com um produto de qualidade e baixo custo, gerando novos empregos.

A ideia de utilizar a borracha de pneu inservível em diversas etapas construtivas permite um meio de aumentar o ciclo de vida deste material e proporcionar qualidades arquitetônicas: estéticas, construtivas, ambientais e financeiras (UNESP, 2012).

Assim, partiu-se a ideia de aplicar borracha de pneu em várias condições específicas: como a adição de borracha de pneu granulado na argamassa de revestimento, substituindo parte da areia; como revestimento externo da laje de cobertura e em algumas paredes da edificação na forma de placas laminadas de borracha de pneu para servir como isolante térmico (UNESP, 2012).

4. ESTADO DA ARTE A Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos ou ANIP foi fundada em 1960 e representa a indústria de pneus e câmaras de ar instaladas no Brasil, que compreende 11 empresas e 20 fábricas ao redor do país. Em 2007 a ANIP criou a Reciclanip que tem como função a coleta e a destinação de pneus inservíveis no país, sendo assim uma das principais iniciativas na área de pós-consumo da indústria brasileira, tendo mais de 800 pontos de coleto ao redor do Brasil. Em 1999 começou Programa Nacional de Coleta e Destinação de Pneus Inservíveis iniciando uma coleta pelos fabricantes, mais de 3 milhões de toneladas de pneus inservíveis foram recolhidas, o que equivale a 625 milhões de pneus de passeio, e destinados adequadamente até o final de 2014 (ANIP, 2015). Os pneus inservíveis deixados ao meio ambiente são muito prejudicais, pois, o mesmo além de contaminar o ar, solo e o lençol freático, em países

tropicais como o Brasil aumenta a propagação de doenças fatais como a dengue. Um estudo de 2003 realizado pelo Ministério da Saúde revelou que de 1140 municípios pesquisados os pneus eram em 25% deles o principal foco do mosquito (284 municípios), e o segundo em 43% deles (491 municípios) e o terceiro em 41% deles (465 municípios) (SILVA, 2017). A acumulação de pneus são um dos problemas ambientais mais sérios por causa da dificuldade de coleta e a produção elevada do mesmo, o uso dele em telhados seria mais uma forma de reciclagem. Os pneus podem ser facilmente transformados em telhas, com uso de máquinas de cortes e uma estrutura de madeira onde os pneus serão presos com pregos, a indústria já produz uma grande quantidade e a sua vida útil é pequena e após o uso ele pode ser facilmente adaptado a essa finalidade, sendo assim uma alternativa barata e duradoura, levando em conta a forma em que são fabricados. O Compromisso Empresarial para Reciclagem, a Cempre, é uma associação sem fins lucrativos, dedicada ao incentivo da reciclagem dentro do conceito de gerenciamento integrado do lixo. Fundada em 1992, o Cempre é mantido por empresas privadas de diversos setores e tem como função conscientizar a população sobre a importância da redução, reutilização e reciclagem do lixo através de seminários, pesquisas e bancos de dados. O pó gerado na reforma de pneus e os restos, podem ser moídos e aplicados na composição de asfalto de maior elasticidade e durabilidade, ajudar em solos compactos, criar outros produtos derivados de borracha como, solados, tubos, tapetes, pisos ou até mesmo combustível graças ao seu poder calorífico que supera a queima de óleo combustível e carvão. No Brasil o índice de reforma é alto sendo assim prolongando a vida útil dos pneus, principalmente o destinado a ônibus e caminhões que é reformado cerca de duas vezes, porém grande parte deles acabam em lixões e beira de rios e estradas. É possível gerar energia através da queima de pneus velhos em fornos controlados, inteiros ou picotados. Cada pneu contém a energia de 9,4 litros de petróleo, no Brasil, a utilização como combustível promoveu entre os anos de 1999 a 2004 a destruição de 150 mil toneladas de pneus, cerca de 30 milhões de pneus de automóvel usado, proporcionando uma economia de 720 mil toneladas de óleo. A usina da Petrobras em São Mateus do Sul no Paraná

incorpora no processo de extração de xisto betuminoso, pneus moídos que garantem menor viscosidade ao mineral e uma otimização do processo (SEBRAE, 2017). Na engenharia civil, a borracha dos pneus pode ser decomposta em grãos que são utilizados na construção de materiais para a construção de pontes, viadutos e bacias de retenção de água da chuva para que fiquem mais leves do que usando materiais comuns. A propriedade de drenagem, anti-mofo, anti-vibração, isolamento térmico e o baixo peso dos materiais derivados do reciclo de pneumáticos fazem que seu uso se torne cada vez mais vantajoso o seu uso nessas aplicações (Florios, 2015).

REFERENCIA BIBLIOGRAFICAS

? INGEPRO, Utilização de pneus usados na fabricação de telhas. Disponível em: <http://www.ingepro.com.br/Publ_2010/Jan/170-531-1-PB.pdf>. Acesso em: 4 de setembro de 2017.

? De Castro, Rosiani, Estudo de destinação e da reciclagem de pneus inservíveis no Brasil. 2007. Projeto - Encontro Nacional de Engenharia de Produção.

? VEJA, O lixo como oportunidade de sucesso. Disponível em: <http://veja.abril.com.br/economia/o-lixo-como-oportunidade-de-sucesso/>. Acesso em: 4 de setembro de 2017.

? ANIP, Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos. Disponível em: <http://www.anip.com.br/?cont=institucional>.