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APLICAÇÃO DA METODOLOGIA DEA

Por:   •  28/5/2018  •  3.313 Palavras (14 Páginas)  •  338 Visualizações

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Entretanto, considerando que os recursos (veículos, carteiros, uniformes, móveis e equipamentos operacionais) necessários para a execução das atividades são distribuídos de acordo com as características de cada unidade e, neste aspecto, o senso de equidade prevalece no momento de alocação de recursos, ou seja, cada CDD recebe os recursos de acordo com o volume de carga a ser tratado e distribuído, surgem alguns questionamentos com relação a como considerar esses recursos, e sua utilização, no momento da avaliação de desempenho? Como avaliar o grau de eficiência através da relação input/output? Como estabelecer um ranking de eficiência, na utilização dos recursos, para as unidades com o mesmo resultado na distribuição dos objetos? E como identificar quais unidades maximizam a eficiência dos recursos?

Assim, este trabalho se predispõe a avaliar a eficiência dos CDDs, permitindo ainda a visualização dos fatores críticos do inter-relacionamento entre os inputs e os outputs do processo, utilizando o método não paramétrico denominado Data Envelopment Analysis (DEA) – Análise Envoltória de Dados, o qual permite a avaliação de unidades que realizam as mesmas atividades e se diferenciam pelas quantidades dos insumos utilizados e, consequentemente, nos produtos obtidos, que são justamente as características dos CDDs.

Segundo essa metodologia, os CDDs são considerados Unidades Tomadoras de Decisão (DMU) - Decision Making Units, assim, a partir de agora vamos adotar a nomenclatura DMU, em vez de CDD, para nos reportarmos às unidades de distribuição.

- A AMOSTRA

Apesar do universo de unidades ser relativamente pequeno – 20 DMUs – , deliberamos por analisar apenas as 18 DMUs situadas na região metropolitana da capital, onde está situada a DR em estudo, que passam a ser classificadas de DMU 01 a DMU 18.

A decisão, de analisar apenas as DMUs da capital, está fundamentada no critério da manutenção da homogeneidade das estruturas das unidades a serem analisadas.

- A escolha do item a ser analisado

Os objetos tratados e distribuídos pelas DMUs estão estratificados em: objetos simples (cartas, boletos, cartões, malas-direta, encomendas, etc), telegramas e SEDEX. Para fins de estudo optamos em analisar a eficiência das DMUs no tratamento e distribuição de objetos simples, em virtude das seguintes premissas:

- Esses objetos representam o maior volume da carga recebida pelas DMUs;

- Esses objetos possuem destinatários em todo o raio de atuação da DMU, ou seja, os carteiros percorrem, obrigatoriamente, todo o perímetro geográfico da DMU;

- A meta operacional é entregar os objetos no mesmo dia do recebimento na DMU, entretanto, por uma série de fatores, nem todos os objetos simples são entregues no mesmo dia, gerando o que se denomina resto da carga. Dessa forma, considerando que as cargas recebidas são diferentes para cada DMU e, conseqüentemente, os restos da entrega também , como se pode avaliar a eficiência das unidades com relação à carga entregue?

Em face do exposto, com vistas a apresentação de parâmetros para análise das questões supracitadas, estaremos analisando a eficiência das DMUs no tratamento e distribuição dos objetos simples.

- SELEÇÃO DOS INPUTS E OUTPUT

Essa etapa é de fundamental importância para o trabalho, pois a análise de eficiência está sedimentada na seleção adequada dos inputs e output, observando-se ainda que não deve haver prevalência de importância entre eles. A seguir, na tabela 5-1, são apresentados os inputs e output considerados neste trabalho:

Inputs

Output

Resto da carga

Pesquisa de satisfação

Efetivo da DMU

Carga entregue

Carga motorizada

Tabela 5-1: Identificação do inputs e outputs

De forma detalhada temos:

a) Inputs:

- Resto da carga:

Representa a quantidade de objetos que não foram entregues no prazo, entendido o prazo como o mesmo dia, ou seja, o objetivo das unidades é entregar todos os objetos recebidos no mesmo dia, sendo eficiente a DMU que entregar todos os objetos no prazo ou que apresente o menor resto de carga.

O resto da carga é calculado da seguinte forma:

- Resto = (Qtde recebida no Dia*) – (Qtde entregue no dia)

Para acompanhamento desse resultado foi estabelecido o indicador RESTO DA CARGA, cuja meta é 0% de resto diário.

Este indicador é acompanhado mensalmente pela Diretoria de Operações que, ponderando com outros indicadores, estabelece um ranking de desempenho nacional das DMUs.

Sob está ótica a DMU mais eficiente será a que, com menos recursos, obtiver o menor resto da carga.

* Ao total de objetos recebidos no dia é somado o resto do dia anterior, como forma de mensurar, cumulativamente, a capacidade operacional da DMU, bem como identificar possíveis gargalos no processo e/ou sazonalidades.

- Efetivo da DMU:

A quantidade de carteiros envolvidos na operação de tratamento e distribuição da carga é uma variável extremamente relevante para definição de eficiência, dado que quanto menor o efetivo envolvido na obtenção de um menor resto de carga, mais eficiente será a DMU.

Por oportuno, esclarecemos que da quantidade considerada no efetivo das DMUs foram descontados os carteiros que atuam como condutores dos veículos, pois esses estão contabilizados no input carga motorizada.

- Carga motorizada:

Algumas DMUs dispõem de veículos para auxiliar na distribuição da carga. Dessa forma, considerando que o menor veículo (moto), é capaz de transporta um volume de carga maior que um carteiro, e ainda mais rapidamente, é necessário considerar esse recurso como um input na análise da eficiência. Assim, estabelecemos a carga transportada pelos veículos por meio da seguinte função:

f(Carga motorizada) = ((Qtd Motos x Capacidade Carga da Moto) +

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