Essays.club - TCC, Modelos de monografias, Trabalhos de universidades, Ensaios, Bibliografias
Pesquisar

VIABILIDADE DE ADAPTAÇÃO DE UM CNC PARA TROCA AUTOMÁTICA DE FERRAMENTA

Por:   •  11/1/2018  •  3.535 Palavras (15 Páginas)  •  348 Visualizações

Página 1 de 15

...

Algumas desvantagens e problemas da troca manual de ferramentas observadas:

* Aumento do tempo de fabricação das peças;

* Aumento do tempo homem-máquina;

* Risco de o operador montar a ferramenta errada e causar uma colisão;

* Risco de a ferramenta cair no momento da desmontagem, podendo danificá-la;

* Referenciamento do “zero” da ferramenta no eixo Z em relação à peça depende da habilidade do operador, sem garantia de precisão;

* Um ajuste errado no referenciamento pode causar erros subsequentes, podendo até “matar” a peça.

Para a medição dos tempos utilizados em cada operação durante a troca de ferramenta, foi utilizado um cronômetro digital marca Casio, Fig. 5, sendo cada operação medida uma a uma sempre zerando o cronômetro.

Abaixo é apresentada a Tab. 1, usada para coleta destas medições, a duração de cada operação foi medida em segundos. Na Tab. 2 está a descrição das operações.

Tabela 1 – Tempo medido de cada operação

Operação Duração (seg) A 12 B 45 C 28 D 55 E 05 F 05 G 20 H 10

Tabela 2 – Legenda

Legenda Operação Descrição da operação A Posicionamento manual do spindle de forma que fique ao alcance do operador B Seleção e montagem da pinça de acordo com o tamanho do diâmetro da base da ferramenta C Montagem da ferramenta no spindle D Referenciamento manual do "zero" da ferramenta no eixo Z em relação a peça E Posicionar manualmente o spindle em uma posição segura F Iniciar/reiniciar o programa de usinagem G Desmontagem de ferramenta do spindle H Desmontagem da pinça

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 O setup e a Troca Rápida de Ferramentas (TRF)

Segundo KANNENBERG [3], setup é o intervalo de tempo entre a produção da última peça com qualidade do lote anterior até a saída da primeira peça boa do próximo lote. Para MCINTOSH [4], deve-se levar em consideração a presença de outro fator, o run-up, que envolve uma série de ajustes menores e verificações que serão levados a cabo durante a produção, até que se chegue a um nível de qualidade aceitável e a velocidade do output alcance um nível satisfatório. Já FOGLIATTO & FAGUNDES [2] mencionam que apesar de significativo, o run-up não é claramente identificado, fazendo com que não seja percebido durante o tempo de operação e alvo de melhorias.

Ao longo de sua trajetória, SHINGO [6] percebeu, inicialmente em processos de matrizaria, que as operações de setup poderiam ser divididas em dois tipos diferentes, setup interno, que são atividades que podem ser realizadas somente quando a máquina estiver parada, e setup externo, que são as operações que podem ser realizadas com a máquina em funcionamento, este corresponde ao principal fator que deve ser desenvolvido nas preparações de equipamento, pois não implica em perda de tempo de produção. Pensando nisto, SHINGO [6] percebeu que poderia converter setup interno em externo, mapeando as atividades e convertendo as que eram desnecessariamente executadas no setup interno. Segundo SHINGO [6], o conceito de Troca Rápida de Ferramenta pode ser definido como a mínima quantidade de tempo necessário para mudar de um tipo de atividade a outro, considerando a última peça em conformidade, fabricada em um lote anterior, até a primeira peça em conformidade, produzida no lote seguinte.

2.2 Benefícios e dificuldades associados ao conceito de TRF

SATOLO [5] fez um estudo a fim de levantar os principais aspectos citados na literatura (artigos e periódicos nacionais publicados entre os anos de 2003 a 2008) como benefícios provenientes da aplicação do conceito de TRF, levando em consideração a aplicação da TRF em ambientes fabris. Desses artigos, SATOLO [5] destacou os 16 principais benefícios, sendo o primeiro o mais citado e o último o menos citado, são eles:

1. Rápida resposta às variações de mercado (maior flexibilidade);

2. Possibilidade de produção em pequenos lotes;

3. Redução de custos;

4. Diminuição do lead time (período entre o início de uma atividade e o seu término);

5. Aumento de produtividade;

6. Redução de níveis de estoque;

7. Eliminação de gargalos;

8. Melhoria de qualidade;

9. Redução do tempo de espera de produtos para processamento;

10. Possibilidade de aumento do mix de fabricação;

11. Redução de esforços do operador;

12. Redução dos defeitos e retrabalhos provenientes de preparação malfeita;

13. Aumento da taxa de giro de estoque;

14. Mudança na cultura organizacional;

15. Melhor utilização de área fabril;

16. Redução de lotes em processo.

Ainda neste estudo, SATOLO [5] cita às dificuldades mencionadas nestas literaturas, que apontam que a TRF pode enfrentar barreiras em sua implantação, principalmente quando a hostilidade e o sentimento de trabalho desperdiçado por parte dos funcionários, que resultam, dessa maneira, em maiores restrições na mudança de cultura organizacional. São mencionados também outros aspectos, como a não criação de um cronograma de trabalho e de averiguação dos últimos resultados bem como o não incentivo por parte da alta administração.

2.3 O aspecto econômico

A TRF possibilita uma redução, de forma econômica, do tamanho do lote de fabricação necessário à determinada produção, uma vez que diminui os custos de preparação da ordem de fabricação,

...

Baixar como  txt (20.6 Kb)   pdf (72.1 Kb)   docx (22.7 Kb)  
Continuar por mais 14 páginas »
Disponível apenas no Essays.club