POSICIONAMENTO NO PLANETA, DISPONIBILIDADE DE ENERGIA E COMPORTAMENTO DE ESPECIE VEGETAL
Por: Hugo.bassi • 25/12/2017 • 1.492 Palavras (6 Páginas) • 434 Visualizações
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3.1 Temperatura
A temperatura tem uma relação muito estreita com a produção da cultura onde a condição ótima varia nos estágios de desenvolvimento, a temperatura da planta e a do ambiente em questão é basicamente a mesma, isso faz com que a temperatura acabe influenciando e maneira significativa os processos metabólicos que ocorrem no interior da planta.
A temperatura ideal para o desenvolvimento do milho da emergência a floração gira em torno de 24 a 30° C, porem observou-se que o milho teve maior índice de produção de matéria seca e um maior desenvolvimento de grãos na temperatura de 21°C. A temperatura mínima para o desenvolvimento da cultura do milho é de 10° C, e a máxima de 30° C, acima do índice máximo e abaixo do mínimo o desenvolvimento da planta é basicamente nulo. (Cruz et al, 2006).
3.2 Fotoperíodo
O fotoperíodo é um dos componentes climáticos fundamentais para o desenvolvimento de plantas, a duração de horas/dia determina nas mais diversas culturas as condições de luminosidade de cada planta, afetando seu desenvolvimento em varias etapas do processo evolutivo das plantas.
Na cultura do milho um aumento nas condições de luminosidade aumenta a duração da etapa vegetativa e proporcione um incremento no numero de folhas emergidas no pendão e produzidas pela planta. (Cruz et al, 2010).
O fotoperiodismo interfere nas condições de desenvolvimento de muitas espécies e no milho o numero de nós formados antes da iniciação do pendão irá depender do genótipo da planta, porém pode ser modificado pelas condições fotoperiódicas . (Duncan,1976).
Chang (1974) descreveu a espécie do milho como fotoneutra ou como planta de dias curtos, além disso os genótipos de dias curtos reduzem a necessidade térmica para a indução ao pendoamento. Entretanto isso depende da localização do cultivo do milho. Prova disso foi o experimento realizado por Birch, Hammer e Ricket (1998) na Austrália onde verificou-se que o aumento do fotoperíodo poderia prolongar o crescimento vegetativo desde a emergência até o pendoamento e aumentar o numero de folhas.
Já na Holanda um experimento realizado por Birch, Vos e Van der Putten (2003), confirmaram que o milho tem pequena ou nenhuma adaptação ao fotoperíodo incluindo os genótipos testados na Austrália.
3.3 Luz
A energia solar que atinge a terra é constituída por um conjunto de radiações cujos comprimentos de ondas variam de forma, aproximadamente continua desde 0,2 a 4 micra. Esse conjunto de radiações e conhecido como espectro solar. A radiação de fotossinteticamente ativa é aquela que induz a resposta no processo da fotossíntese, sendo geralmente relacionada aos limites de 0,4 a 0,7 micron.
Na planta as radiações de valor fisiológico presente nesse espectro de luz, são absolvidas pela clorofila e utilizados na transformação do CO2 em carboidratos.
Por pertencer ao grupo de plantas C4 a o milho tem alto rendimento em relação a crescentes intensidades luminosas, entretanto uma diminuição de 30 a 40 % da intensidade luminosa, ocasiona na cultura um atraso na maturação dos grãos, principalmente em cultivares tardias que são sensíveis a luz.
3.4 Vento
Segundo Arnon (1975) a incidência de ventos em lavouras de milho pode aumentar a demanda de agua por parte da planta, o que as torna mais suscetível a processos de estiagem, além de promover o acamamento da cultura. Plantas de milho apresentando de quatro a 10 folhas podem ser prejudicadas quanto ao crescimento e desenvolvimento quando submetidas a ventos.
4.0 Disponibilidade de energia para cultura do milho em diferentes localidades
4.1Eficiencia da Produçao de Milho em Diferentes localidades no Rio Grande do Sul
Um trabalho realizado por Battisti e Sentelhas (2011), mostrou a eficiência agrícola da produção do milho em diversas localidades do Rio Grande do Sul entre os anos de 1980 e 2008, utilizando dados climáticos, valores de preciptaçao, temperatura, insolação diária, fotoperiodo e radiação global para dez localidades do estado do Rio grande do Sul sendo elas: : Encruzilhada do Sul (30o 31’S e 52o 31’W), Erechim (27o 37’S e 52o 14’W), Ijuí (28o 23’S e 53o 54’W), Júlio de Castilhos (29o 13’S e 53o 40’W), Passo Fundo (28o 15’S e 52o 24’W), Santa Maria (29o 41’S e 53o 31’W), Santa Rosa (27o 52’S e 54o 28’W), São Borja (28o 40’S e 55o 58’W), São Gabriel (30o 20’S e 54o 20’W) e Veranópolis (28o 54’S e 51o 33’W).
Os resultados apresentados mostraram um grande índice de eficiecia agrícola para a cultura do milho nos municípios de Ijuí, Passo Fundo e Santa Maria onde segundo Battisti e Sentelhas (2011) a eficiência agrícola da cultura atingiram respectivamente 65,61 e 60% nessas localidades, e a menor eficiência agrícola foi obtida nas cidades de São Borja e Encruzilhada do Sul ambas com 39% de eficiência agrícola.
6.0 Referencias
GARCIA, Rodrigo; SIRIGATO, Edenir Maria; ANDRADE JUNIOR, Cleonir. Calendario Agricola para a Cultura do Milho em Sinop (MT). Agro Ufgv, Goiania, v. 43, n. 2, p.218-222, abr. 2013. Disponível em: . Acesso em: 30 abr. 2015.
BATTISTI, Rafael; SENTELHAS, Paulo C.. EFICIÊNCIA AGRÍCOLA DA PRODUÇÃO DE MILHO, SOJA E TRIGO PARA O ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL ENTRE 1980 E 2008. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE AGROMETEOROLOGIA, 17., 2011, Guarapari. Disponível em:
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