O SETOR DE RAÇÕES E A SUA IMPORTÂNCIA PARA O DESENVOLVIMENTO DO AGRONEGÓCIO BRASILEIRO
Por: SonSolimar • 1/6/2018 • 1.282 Palavras (6 Páginas) • 883 Visualizações
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a junho de 2016 %
Aves 18,7 19,4 3,9
Frango de Corte 16,1 16,8 4,2
Poedeiras 2,58 2,63 2,0
Suínos 7,5 7,9 6,0
Gado 3,8 3,6 -5,1
Leite 2,5 2,4 -5,5
Corte 1,24 1,18 -4,3
Cães e Gatos 1,19 1,22 2,4
Equinos 0,299 0,296 -1,1
Aquicultura 0,52 0,55 4,9
Outros 0,36 0,37 0,3
Total Rações 32,3 33,3 3,2
2. Principais limitações Tecnológicas e não-tecnológicas
O setor de rações tem limitações tecnológicas e não-tecnológicas que restringem o crescimento do setor, desta forma podemos enumerar da seguinte forma:
• Limitações Tecnológicas:
o Importação de insumos para fabricação de rações (premix, vitaminas, aminoácidos e microminerais);
o Máquinas e equipamentos importados;
• Limitantes não-tecnológicos:
o Consumo restrito de produtos de origem animal;
o Mercado interno retraído;
o Impostos;
o Logística insipiente, baseada na malha rodoviária;
o Baixa tecnologia empregada na produção animal.
3. Oportunidades
O estabelecimento do Brasil como um dos principais players do mercado internacional agrícola faz com que diversas cadeias aumentem a produção e consequentemente as relações entre os diversos elos da cadeia, ou seja, obviamente quanto maior a produção animal, maior a quantidade de rações comercializada.
Neste sentido, o aumento das relações internacionais do Brasil com países como China, a retomada de aumento da comercialização com Estados Unidos e União Europeia, bem como a abertura de novos mercados paras carnes bovinas, suína e de frango podem alavancar a produção de insumos como a ração.
Ainda, conforme aposta da FAO, o Brasil deverá se tornar um dos principais produtores de pescado, aumentando sua produção em 40 vezes nos próximos 15 anos, chegando a 20 milhões de toneladas em 2030. Atualmente a produção é de 476 mil toneladas ano. Esse incremento pode aumentar e ser acelerado com uma maior articulação entre os diversos elos da cadeia e os produtores de rações, uma vez que é insipiente a disponibilidade de rações específicas para certos tipos de peixes, o que é considerado pelo setor produtivo um gargalo a ser resolvido.
Há também a possibilidade de importação de rações, substituindo parcelas da importação de commodities, fazendo assim com que o agregue-se valor aos grãos produzidos no Brasil e importados de forma bruta.
4. Perspectivas Futuras
O mercado de rações apresenta perspectivas relacionadas ao incremento da produção de carnes e estas ligadas ao aumento do consumo interno e aumento das exportações.
No cenário interno, o atual panorama do país não é favorável, uma vez que o país passa por crise política e financeira que deve se arrastar ainda pelos próximos anos. A instabilidade política provocada pelos recentes escândalos e a desaceleração da economia, criaram uma situação de desemprego muito acentuada, refletindo agudamente no consumo de produtos de origem animal.
Ainda, no mercado internacional, com a alta do dólar e a desvalorização do real, surgem oportunidades de aumento da exportação. O Brasil, que se firmou nas últimas décadas como grande produtor de grãos e carnes pode ganhar com a abertura de novos mercados e aumento das relações comerciais com países asiáticos, da Comunidade Europeia e Estados Unidos.
Assim, a recuperação da economia possibilitaria a retomada de diversos setores produtivos, refletindo diretamente na produção animal e no consumo de rações e outros insumos.
5. Bibliografia
FAO (2015). The State of World Fisheries and Aquaculture: Opportunities and challenges. Roma, 243 p. 2015.
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MARTINELLI, A. et al. Sugar and etanol production as a rural development strategy in Brazil: evidence from state of São Paulo. Agricultural Systems, v. 104, p. 419-428, 2011.
SINDIRAÇÕES – Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal. Boletim Informativo do Setor de Alimentação Animal
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