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TRANSTORNO OBSESSIVO COMPULSIVO PELA PERPESCTIVA DA ANÁLISE FUNCIONAL

Por:   •  5/4/2018  •  1.497 Palavras (6 Páginas)  •  393 Visualizações

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Sem este auxilio, os familiares tendem a agir de maneira natural, intuitiva, inconsciente e emocional, sendo adequadas, ações planejadas, sistemáticas e avaliadas. Quando isto não ocorre, os familiares reforçam de maneira inadequada os comportamentos do individuo, deixando por ora de responder o chamado da pessoa, ou respondendo rapidamente para se livrar do desconforto, caracterizando desta forma o comportamento de fuga e esquiva.

Somente com a terapia, o paciente poderá vivenciar mais momentos com qualidade de vida, o que não acontece quando está transtornado.

O primeiro passo é educar a família e o paciente sobre do tratamento do TOC (Psicoeducação). Com o conhecimento de ambas as partes, são informados os tipos de tratamentos, utilizados para o tratamento do transtorno: psicoterapia cognitivo comportamental (CBT) e o uso da medicação por meio de um inibidor de reabsorção de serotonina (SRI).

No setting terapêutico, os sintomas do TOC são interpretados como uma ansiedade caracterizada pelo comportamento do paciente. Tal resposta é entendida como uma condição emocional complexa e aversiva condicionada. Isto se dá, devido ao emparelhamento de estímulos, assim, os estímulos aversivos são emparelhados a outros estímulos específicos, estes não geram respostas de ansiedade, no entanto, os estímulos condicionados tornam-se eliciadores que produzem as respostas de ansiedade.

Por esta razão é importante o terapeuta conhecer a história do paciente, trazendo informações relevantes para entender as razões do quadro de consequências reforçadoras e aversivas, com base na tríplice contingencia: Evento Antecedente (o que ele teme) Comportamento (como ele reage perante a este medo, o que faz para evitá-lo) e Evento consequente (comportamento obsessivo compulsivo).

Após o conhecimento destes fatores, o terapeuta consegue trabalhar o processo de alteração de comportamento, mas para este processo ocorrer é preciso ter durante a entrevista e todo o processo de terapia, uma audiência não punitiva, levando o paciente à reflexão para que ele por si possa entender quais comportamentos ele precisa mudar, para melhorar a sua qualidade de vida.

Dentre as técnicas para a psicoterapia cognitiva comportamental, temos a Exposição in Vivo, onde a pessoa expõe a causa da sua ansiedade, objetivando se habituar a ela. Para isto, é prolongado o tempo de exposição ao estímulo aversivo, até ele conseguir trabalhar a sua ansiedade perante o incomodo.

Há também, a técnica de Prevenção de Respostas, o individuo entra em contato com a situação que lhe causa ansiedade, este tem de desenvolver, mecanismos para não responder ao estimulo aversivo, com uma resposta compulsiva ou ritualística. Esta exposição ocorre, até se obter a diminuir o comportamento ritualístico.

Só é possível a aplicação de tais técnicas, quando o terapeuta faz o estudo da análise funcional do comportamento, compreendendo quais são as agencias que mantém o padrão compulsivo, desenvolvendo assim, a intervenção mais adequada ao caso, de acordo com o tipo de resposta do individuo e a frequência em que ela ocorre.

Ao final, entende-se a necessidade de trabalhar uma intervenção baseada tanto o aspecto biológico, quanto o psicológico e o social do individuo, estendendo a intervenção para a família do paciente e as demais pessoas a quem ele for próximo, realizando primeiramente, o estudo do histórico da pessoa, entendendo as razões que desencadearam um determinado comportamento e quais são os agentes reforçadores deles.

REFERÊNCIAS:

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