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TRABALHO SOBRE ENTREVISTA COM PSICÓLOGO ESCOLAR

Por:   •  30/4/2018  •  1.729 Palavras (7 Páginas)  •  460 Visualizações

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Ajudam também no processo seletivo de cada profissional, aplicando inclusive testes.

De acordo com as entrevistadas, a burocracia excessiva, consome muito tempo e acaba por dificultar a fluidez do trabalho na instituição.

Atualmente com a chegada das estagiárias, prática bem recente na instituição, estão orientando-as com a documentação, com intuito de se liberarem mais para as tarefas do dia a dia de observação e atuação, além de conceder a oportunidade de avaliar a ética das estagiárias com relação ao sigilo das informações.

Além da burocracia, outro ponto de impasse, é a extensão da grade disciplinar, que acaba por limitar o tempo de aproximação com os alunos.

Questionamos se havia algum espaço para uma atuação clínica na escola e responderam que não. Não é local apropriado e a hora não é a certa. Apesar de não ser um atendimento clínico, é sim uma observação clínica. A escuta é a ferramenta mais eficaz neste tipo de trabalho. Estão sempre disponíveis para qualquer pessoa, seja ela aluno, professor ou responsáveis.

Com intuito de obter mais dados comportamentais e planejar com mais assertividade, promovem avaliações periódicas com os alunos de ensino fundamental ao ensino médio, sobre os professores. Essas avaliações posteriormente farão parte de uma devolutiva para os professores, para que juntos possam replanejar e modificar se preciso alguns pontos abordados.

Abordamos o assunto relacionado a temas do cotidiano como as drogas e a violência. Perguntamos como a escola vem trabalhando estes temas e até que ponto as Psicólogas ajudam.

Esse foi um tema muito vibrante, a Psicóloga Renata, quis falar, pois está organizando um debate na escola com a colaboração da Policia Civil que hoje possui um projeto chamado "Papo de responsa“ que explora o tema das drogas e traz informações importantes com uma linguagem jovem, permitindo uma aproximação maior com os adolescentes principalmente.

Estão organizando uma visita à cidade da policia no Jacaré.

Estes temas são sempre pensados e fazem parte constante do planejamento educacional. Os Psicólogos são responsáveis por trazer o tema para a sala de aula e promover debates, mesas redondas, leituras com intuito de esclarecer mais os alunos e abrir espaço para que possam se necessário for pedir ajuda.

Na conversa ficou claro que apesar dos esforços em divulgar informações sobre drogas, sexo e violência, há de uma forma velada uma certa resistência quando os assuntos se estendem para os pais. Quase todos afirmam conversar com seus filhos, ter um diálogo aberto, mas na prática entendem por “aberto“ algo bem restrito. Isso nos remeteu ao texto trabalhado em sala de aula “A Atriz, o Padre e a Psicanalista – os amoladores de faca”, pois apesar da nossa realidade, ainda temos pessoas que não se sentem à vontade diante de alguns fatos e preferem atribuí-los a uma falha de caráter, problema de genes ou mesmo na educação, considerando até que “as más companhias” é que levaram seus filhos a cometer algum ato de desvio.

Por fim, solicitamos que falassem sobre as diferenças entre a Psicologia na escola privada e na escola pública.

Disseram nunca ter tido experiência nestas instituições, mas possuem conhecimento do processo de diálogo que os conselhos vêm construindo com a categoria, no sentido de se legitimar como instância reguladora do exercício profissional. Este movimento recente de aproximação da Psicologia com o campo das Políticas Públicas, aborda o cenário da Educação Básica na defesa dos direitos humanos na Escola.

Entendem que ainda precisam melhorar muito o processo, pois profissionais concursados que deveriam estar atuando em instituições clínicas, estão sendo remanejados para as escolas, com a orientação de atuar como clínicos, o que a classe não concorda e o Conselho tenta fazer com que os Órgãos Públicos compreendam e respeitem a prática do profissional. Sabem que dentre as metas do CREPOP, estão, também, a ampliação da atuação da (o) Psicóloga (o) na esfera Pública a fim de contribuir para a expansão da Psicologia na sociedade e para a promoção dos Direitos Humanos.

III – CONCLUSÃO

Como se pode extrair da leitura das entrevistas, a Psicologia tem um papel importante na compreensão do Desenvolvimento Biopsicossocial das crianças e adolescentes. O Psicólogo Escolar já foi muito discriminado e precisou de muito trabalho para ocupar seu espaço e ser aceito pelos Pais, alunos e até mesmo pelo corpo docente. Nos dias de hoje, cada vez mais é requisitado ao cumprimento de seu papel, na busca por um mundo que garanta um mínimo de dignidade ao ser humano.

Ainda há muito o que conquistar; Embora os Psicólogos tenham, cada vez mais, avançado no conhecimento dos processos de escolarização, assim, como das problemáticas históricas e contemporâneas da educação, ainda têm muitos desafios nesse âmbito de atuação.

O CRP trás nas referências técnicas a importância da inserção do Psicólogo na Instituição Escolar.

“Uma escola, quando organiza seu cotidiano de trabalho, afirma referenciais de normalidade, de certo e errado, de “quem sabe” e de “quem não sabe e deve aprender”, de “como se deve se comportar”. Consolida valores, modos, tempos e marca lugares, classifica e impõe certa ordem ao mesmo tempo que cria o que escapa a esse padrão, o que é avesso, o que é desordem, seguindo preceitos de uma ideologia proposta pelo capital.

Quase nunca problematizamos isso na escola, dificilmente se dá visibilidade às instituições que estão em jogo nas relações escolares. As equipes da educação trabalham cada vez mais de forma acelerada, vivendo os efeitos das práticas coletivas que tecem as tramas, que sistematizam e naturalizam formas de agir, sem conseguir entender o que se passa e como criar alternativas às impotências cada vez maiores para muitos professores, estudantes, familiares e psicólogas (os).” (CRP- REFERÊNCIA TÉCNICA EM PSICOLOGIA E POLÍTICAS PÚBLICAS, p.41)

Sabendo-se que a educação envolve as condutas psicológicas do indivíduo em seu todo, a Psicologia da Educação torna-se o ponto de cruzamento de todas as especialidades da Psicologia Contemporânea: desenvolvimento, cognição, personalidade, condutas sociais, etc., (FOULIN et.al., 2000, p.03).

A Psicologia estuda o desenvolvimento

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