RELATÓRIO DE FENÔMENOS E PROCESSOS PSICOLÓGICOS
Por: Wanderson de Paula • 31/8/2020 • Trabalho acadêmico • 2.102 Palavras (9 Páginas) • 834 Visualizações
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS
CENTRO DE CIÊNCIAS DA VIDA
FACULDADE DE PSICOLOGIA
ANDRE CELESTINO DA SILVA
GABRIELE MOINO
ISABELLA COUTINHO
JONAS ALMEIDA MONTEIRO DE ARAÚJO
LUISA MARTINEZ CORSO
THAISSA GIANOLLA ARNAUT CORREIA
WANDERSON DE PAULA DA SILVA
RELATÓRIO
EMOÇÃO
CAMPINAS
2018
ANDRE CELESTINO DA SILVA
GABRIELE MOINO
ISABELLA COUTINHO
JONAS ALMEIDA MONTEIRO DE ARAÚJO
LUISA MARTINEZ CORSO
THAISSA GIANOLLA ARNAUT CORREIA
WANDERSON DE PAULA DA SILVA
RELATÓRIO
EMOÇÃO
Relatório apresentado à disciplina de Fenômenos e Processos Psicológicos C, da Faculdade de Psicologia, da Pontifícia Universidade Católica de Campinas, como parte das atividades exigidas para aprovação.
Orientador: Prof(a). Dra. Amanda Muglia Wechsler
Monitora: Gabriela
PUC-CAMPINAS
2018
1. INTRODUÇÃO
“As emoções determinam nossa qualidade de vida. Elas acontecem em todos os relacionamentos que nos interessam: no trabalho, em nossas amizades, nas interações familiares e em relacionamentos íntimos” (EKMAN, 2011, p.13).
Para Izard (1993) apud Reeve (2015), as emoções são fenômenos complexos e multidimensionais que compreendem desde fenômenos biológicos até fenômenos subjetivos e sociais. Conforme Weiten (2002), a emoção envolve componentes cognitivos, psicológicos e comportamentais, ou seja, ela depende do estado de saúde, das crenças e dos valores dos sujeitos.
emoção s. padrão de reação complexo, envolvendo elementos experimentais, comportamentais e fisiológicos, pelo qual um indivíduo tenta lidar com um assunto ou evento pessoalmente significativo. A qualidade específica da emoção (p. ex., MEDO, VERGONHA) é determinada pelo significado específico do evento. Por exemplo, se o significado envolve ameaça, é provável que haja medo; se o significado envolve desaprovação de outra pessoa, é provável que haja vergonha. A emoção tipicamente envolve SENTIMENTOS, mas difere do sentimento por ter uma relação explícita ou implícita com o mundo (VANDENBOS, 2010, p.334).
A emoção tem despertado grande interesse no meio científico e suscitado um aumento crescente no número de investigações científicas em torno do seu estudo. De acordo com Ekman (2011, p.37), as emoções evoluíram a fim de nos prepararem para lidar velozmente com os eventos mais marcantes das nossas vidas, sendo assim, “as emoções nos preparam para lidar com eventos importantes sem precisarmos pensar no que fazer”.
Ao ativar as emoções, acometidas geralmente através de reações a eventos e a importantes situações, geram sentimentos uma vez que o corpo é ativado para ações criando estados motivacionais e se expressando publicamente (REEVE, 2015).
Diversos estudos têm indicado que a capacidade de reconhecer emoções humanas em expressões faciais é uma importante habilidade que seres humanos utilizam no seu dia a dia. De acordo com Ekman (2011), as emoções geralmente ocorrem quando sentimos que algo está acontecendo ou prestes a acontecer, podendo afetar seriamente nosso bem-estar de forma positiva ou negativa. Sendo assim, em um contexto social, cabe a compreensão de que, se um indivíduo não possuir a habilidade de identificar, diferenciar e regular suas emoções, poderá ser conduzido a um mal-estar individual, fazendo com que não se sinta aceito pela comunidade onde está inserido. Ainda segundo o autor (2011, p.36) “as emoções se desenvolvem e nos preparam para lidar rapidamente com eventos essenciais de nossas vidas”.
Weiten (2002) menciona que as pessoas revelam suas emoções através de linguagem corporal, e de manifestações características como expressões faciais. De forma semelhante, Reeve (2015, p.190), relata que existe um componente da emoção atrelado ao aspecto comunicativo, que é o social-expressivo, onde “através de posturas, gestos, vocalizações e expressões faciais nossas experiências particulares tornam-se expressões públicas”.
Analisando os estudos de Reeve (2015), é possível perceber que ele direciona seus relatos à um consenso indicando as emoções como sistemas sincronizados, na qual há uma coordenação no sentimento, existindo uma ativação, além do propósito e expressão, levando à preparação e, por conseguinte, adaptação com êxito às conjunturas da vida; logo, se resume à um processo coordenado e sincronizado.
Ekman (2011) relata que do ponto de vista psicológico, existem emoções naturais e fisiológicas, que aparecem em todas as pessoas e que apresentam um relevante substrato biológico. Este é o caso da alegria, do medo ou da raiva, etc., emoções que podem ser agradáveis ou desagradáveis. Assim sendo, as emoções podem ser essenciais ao bem-estar psicológico e à qualidade de vida dos indivíduos.
Retomando-se Reeve (2015), as emoções desempenham um papel importante nos estados de saúde, e através das suas propriedades motivacionais, as emoções têm a capacidade de modificar os comportamentos saudáveis, o que leva muitas vezes à adoção de comportamentos menos saudáveis. Segundo Ekman (2011), as emoções influenciam a nossa vivência em diversas dimensões, por isso, saber lidar com as emoções remete-nos para o domínio da competência emocional, que é a capacidade de regular, redirecionar e transformar os impulsos comportamentais em resposta às exigências sociais.
Segue uma definição de Vandenbos (2010), sobre emoção básica ou primária:
Qualquer uma de um conjunto limitado de emoções que tipicamente são manifestadas e reconhecidas universalmente entre culturas. Elas incluem MEDO, RAIVA, ALEGRIA, TRISTEZA, desgosto, desprezo e SURPRESA; alguns teóricos também incluem VERGONHA, TIMIDEZ e CULPA (VANDENBOS, 2010, p.334).
Ainda sobre as emoções básicas ou primárias Reeve (2015), nos direciona para alguns critérios de nível geral, onde não são adquiridas ou aprendidas por experiência ou socialização, mas sim inatas; para todas as pessoas surgem de iguais conjunturas; expressadas de uma maneira própria e distinta; provocam um modelo de respostas fisiológicas distintas e altamente previsível.
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