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Qualidade de Vida no Trabalho: Um diferencial para as organizações

Por:   •  1/5/2018  •  3.701 Palavras (15 Páginas)  •  318 Visualizações

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Tabela 1- Evolução do Conceito de QVT

1.QVT como uma variável (1959 a 1972): Reação do indivíduo ao trabalho. Investigava-se como melhorar a qualidade de vida no trabalho para o indivíduo.

2.QVT como uma abordagem (1969 a 1974): O foco era o indivíduo antes do resultado organizacional; mas, ao mesmo tempo, buscava-se trazer melhorias tanto ao empregado como à direção.

3.QVT como um método (1972 a 1975): Um conjunto de abordagens, métodos ou técnicas para melhorar o ambiente de trabalho e tornar as atividades mais produtivas e mais satisfatórias. QVT era vista como sinônimo de grupos autônomos de trabalho, enriquecimento de cargo ou desenho de novas plantas com integração social e técnica.

4.QVT como um movimento (1975 a 1980): Declaração Ideológica sobre a natureza do trabalho e as relações dos trabalhadores com a organização. Os termos "administração participativa" e "democracia industrial" eram frequentemente ditos como ideais do movimento de QVT.

5.QVT como tudo (1979 a 1982): Como panaceia contra a competição estrangeira, problemas de qualidade, baixas taxas de produtividade, problemas de queixas e outros problemas organizacionais.

6.QVT como nada (futuro): No caso de alguns projetos de QVT fracassarem no futuro, não passaria de um modismo passageiro.

Segundo Rodrigues (1994), a qualidade de vida no trabalho tem sido uma preocupação do homem desde o início de sua existência, com outros títulos e em outros contextos, mas sempre voltada para a satisfação e o bem-estar do trabalhador na execução de suas tarefas.

A QVT acontece em um momento no qual as empresas começam a tomar consciência de que seus colaboradores são parte fundamentais para a organização. Para Chiavenato (2008), olhando a QVT sob um prisma mais amplo entendemos que ela constitui uma dosagem perfeita da aglutinação entre os talentos envolvidos e empoderados, com a arquitetura organizacional conectada (organização do trabalho em equipe), cultura organizacional amigável e envolvente e um estilo de gestão democrático e participativo.

Segundo Campos (1992), um dos mais importantes conceitos dos programas de qualidade está na premissa de que, somente se melhora o que se pode medir e, portanto, é preciso medir para melhorar. Sendo, assim, necessário avaliar de forma sistemática a satisfação dos profissionais da empresa e, nesse sentido, faz-se importante o processo do autoconhecimento e as sondagens de opiniões.

A qualidade de vida é um termo que vem sendo bastante estudado atualmente e por diversas áreas de conhecimento e devido a isso ela possui sentidos diversificados. Esses modelos vêm sendo ao longo dos tempos reformulados e adaptados às novas realidades, demandas e contextos, uma vez que as percepções sobre QVT podem se apresentar de formas diferentes para os indivíduos e para as organizações. Embora não exista um consenso entre os autores, a maioria deles afirma que o termo é subjetivo e está ligado aos aspectos intrínsecos e extrínsecos de cada indivíduo.

Feigenbaum (1994) entende que a QVT é baseada no princípio de que o comprometimento com a qualidade ocorre de forma mais natural nos ambientes em que os colaboradores se encontram, intrinsecamente, envolvidos nas decisões que influenciam diretamente suas atuações. Já para França (1997), a qualidade de vida no trabalho é um conjunto de ações de uma empresa que envolve a implantação de melhorias e inovações gerenciais e tecnológicas no ambiente de trabalho. Portanto, o termo Qualidade de Vida no Trabalho começou a ser tratado como um fator de melhoria na gestão de pessoas, pois foi percebido que colaboradores motivados e saudáveis passaram a ser sinônimo de maior produtividade, trabalhando, portanto, com maior empenho e motivação.

Atualmente, os profissionais que estão no mercado de trabalho buscam mais do que apenas um bom salário, eles visam uma empresa que ofereça bons benefícios, um ótimo ambiente de trabalho, um bom clima organizacional, conforto e bem-estar físico e ainda que a empresa trate seus colaboradores de forma humanizada e respeitosa. Tendo isso, o colaborador sente-se valorizado, gerando motivação e melhoria no seu rendimento. No entanto, cada pessoa possui as suas prioridades intrinsecas e nem sempre a empresa poderá atendê-las. Essas prioridades podem estar relacionadas à conciliação das expectativas familiares às profissionais, flexibilidade de horários, estabilidade no emprego, cuidados com o bem-estar físico e psicológico, ações de melhorias da saúde e melhores hábitos alimentares. Estas questões acabam por criar um espaço de discussão dentro das empresas sendo possível aprimorar as ideias e criar ações na constante melhoria da busca da Qualidade de Vida no Trabalho.

Vantagens da Implantação de Programa da Qualidade de Vida na Empresa

Os programas de QVT são adotados pelas empresas que buscam prevenir ou minimizar problemas na saúde de seus colaboradores. Um programa de QVT pode reduzir os elevados custos à saúde os quais são gerados pelo alto índice de absenteísmo nas organizações. Segundo Chiavenato (2008), um programa de bem-estar tem geralmente três componentes: 1. Ajudar os funcionários a identificarem riscos potenciais de saúde; 2. Educar os funcionários a respeito de riscos de saúde como pressão sanguínea elevada, fumo, obesidade, dieta pobre e estresse; 3. Encorajar os funcionários a mudar seus estilos de vida através de exercícios, boa alimentação e monitoramento da saúde.

As empresas que querem atrair e reter seus talentos nos dias atuais precisam investir em programas de Qualidade de Vida no Trabalho. A QVT representa na atualidade uma valorização das condições de trabalho, sendo que no passado o risco ocupacional era mais preocupante, hoje no entanto, os riscos mais importantes estão relacionados às doenças psicossociais.

No Brasil, a realização dos programas de QVT ainda guardam pouca relação com as estratégias organizacionais. O foco ainda está voltado para atividades relacionadas à saúde ocupacional, porém o ideal seria se associar a outros programas relevantes, como a melhoria do clima organizacional e a gestão da qualidade total.

Existem muitos programas de QVT que não são caros, como simples informações na intranet da empresa sobre saúde, alimentação e hábitos saudáveis, um SESMT (Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho) atuante, contribuindo em projetos egonômicos que podem otimizar o bem-estar humano. A ergonomia pode

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