Piaget e Vygostky

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O indivíduo encontra no meio uma totalidade, sendo assim, passível de desequilíbrio pelas inconstâncias desse meio. O obrigando a se esforçar para se adaptar e readaptar, a fim de que o equilíbrio seja restabelecido (GIUSTA, 2013).

Piaget considerou que os fatores sociais influenciam a desequilibração individual através do conflito cognitivo. Ao contrario do sentido de Vygotsky, a construção do conhecimento não é medida pelo fator social e ambiente; e nem copiado de um modelo. Mas, para Piaget o conhecimento é adquirido pela desequilibração social já provocada. O papel do indivíduo, representado pelo professor, é visto para encorajar, provocar e estimular a construção e a invenção (PIAGET, 2011).

Em contrapartida, Vygotsky diferencia os processos psicológicos, superiores rudimentares e processos superiores avançados. Sendo o primeiro a linguagem oral como processo psicológico superior adquirido na vida social, representado na fala após ter internalizado por atividades sociais. Acerca disso, conclui Vygotsky (1973), citado por Giusta, (2013):

As funções psicointelectuais superiores se apóiam de dois modos no curso do desenvolvimento da criança: 1) nas atividades coletivas, como atividades sociais - funções interpsíquicas; 2) nas atividades individuais, como propriedades do pensamento da criança, isto é, como funções intrapsíquicas. (GIUSTA, 2013, p. 34).

Embora, ambos estivessem de acordo que o conhecimento se dá por uma construção individual, para Vygotsky todo conceito mental do ser era mediado pelos fatores sociais. Aquele com o qual a criança se direciona a aprendizagem deve explicar o conhecimento. Havendo um conceito interno da criança da atividade oferecida. Com uma constância dessa atividade a criança rememora aplicando-a constantemente.

No conceito de aprendizagem, o ponto de vista de Vygotsky é inquestionável no seu trabalho sobre problemas de aprendizagem na idade escolar. Citado por Giusta (2013):

“[...] Não há necessidade de sublinhar que a característica essencial da aprendizagem é que dá lugar à área do desenvolvimento potencial, isto é, faz nascer, estimula e ativa, na criança, processos internos de desenvolvimento no quadro das interrelações com outros que, em seguida, são absorvidas, no curso do desenvolvimento interno, tornando-se aquisições próprias da criança... A Aprendizagem, por isso, é um momento necessário e universal para o desenvolvimento, na criança, daquelas características humanas não naturais, mas formadas historicamente” (VYGOTSKY, 1973, p. 161).

Considerações Finais

Nos conceitos de Vygotsky a aprendizagem não se inicia na escola, mas sim num momento muito antes disso.

No mesmo pensar, os dois teóricos, Piaget e Vygotsky o ambiente estruturar da criança requer interação. Para Vygotsky, o ambiente social é a fonte do conhecimento socialmente construído que serve de modelo para as construções do indivíduo.

Na concepção de Piaget, a criança aprende por modelo e interesse da criança com os adultos e colegas.

Vygotsky, relata que a criança elas observam o que outras pessoas dizem, retendo as informações aprendidas e recriam e conservam o que ocorre ao seu redor. No seu ambiente, seja escolar, interagindo com seus amigos, a criança vai adquirindo estruturas linguísticas e cognitivas, mediado pelo grupo.

No âmbito de desenvolvimento, tanto Piaget quanto Vygotsky concordam que a aprendizagem se dá no resultado da interação com o meio, no qual o sujeito é ativo e participativo. Piaget relata que um impulso interno do sujeito o coloca numa ação que o faz construir esquemas para seu aprendizado. Havendo quatro conceitos: maturidade biológica, experiência de contato, relação social e equilibração. Vygotsky determina o aspecto social e cultural.

Em contra partida, Vygotsky diz que o mediador para a construção do conhecimento é pela interação do meio cultural e da linguagem que desenvolvem ouras funções psíquicas do sujeito. Dependendo do real do desenvolvimento.

Para Piaget, o pensamento aparece antes da linguagem e para Vygotsky, o pensamento e a linguagem são processos diferentes e se tornam interdependentes em expressão do meio.

Referências Bibliográficas

GIUSTA, Agnela da Silva. Concepções de aprendizagem e práticas pedagógicas. 2013. Disponível em: >. Acesso em 16 de out. de 2015.

PALANGANA, Isilda Campaner. Desenvolvimento e aprendizagem em Piaget e Vygotsky: a relevância do social. São Paulo: Summus, 2001.

PIAGET, Jean. Jean Piaget no século XXI: escritos de epistemologia e psicologia genética. São Paulo: