PSICOLOGIA INSTITUCIONAL
Por: kamys17 • 15/4/2018 • 3.255 Palavras (14 Páginas) • 472 Visualizações
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da alienação, submissão, exploração, coerção e muito menos da desumanização.
O objetivo do psicólogo na área institucional é de psico-higiene, com o objetivo de conseguir promover a saúde e o bem-estar dos funcionários da instituição e sua organização. Há três momentos que devemos levar em conta: Em primeiro momento, o psicólogo nunca deve sequer acetar um trabalho dentro de qualquer instituição em que os objetivos da mesma não estejam de acordo com os objetivos com o psicólogo. Em um segundo momento, o psicólogo não deve aceitar uma tarefa se está incluído ou participa da organização ou da ideologia da mesma. Em terceiro momento, o profissional não pode e muito menos deve aceitar qualquer tipo de trabalho numa instituição a qual rejeite ou que queria destorcer seus pensamentos e objetivos.
3 MÉTODO DE TRABALHO INSTITUCIONAL
Todos os objetivos e tarefas de investigação só podem ser entendidos e trabalhados com métodos clínicos. Há uma adaptação psicanalítica dentro do enquadramento institucional, que adapta aos âmbitos e aos seus problemas existentes. O enquadramento clínico requer uma observação rigorosa e pode ser entendido como o conjunto das condições nas quais se realiza a observação e constitui uma fixação das variáveis. O método de observação psicanalítica se estende para a modalidade de observação, não somente a um registro cuidadoso, minucioso e detalhado dos acontecimentos, mas uma indagação operativa. Para o psicólogo não de uma aplicação da Psicologia, mas sim de uma conjunção de investigador e profissão. Os passos da indagação operativa se dão pelos seus seguintes aspectos:
Observação dos acontecimentos e seus detalhes, com a sucessão em que os mesmos se dão.
Compreensão do significado dos acontecimentos e da forma como eles interagem ou se relacionam.
Incluir os resultados da compreensão no momento oportuno, em forma de assinalamento, reflexão ou interpretação.
Formulação de novas hipóteses e/ou analise das existentes levando ao enriquecimento das mesmas, ratificação, verificação e a correção dessas hipóteses.
A importância desse modelo é que não somente pode-se esclarecer e corrigir problemas e situações, mas sim os implicados na tarefa aprendem a observar e refletir sobre os acontecimentos e a encontrar, sentido e seus efeitos de integração.
4 TÉCNICAS DE ENQUADRAMENTO
Quando se é exposto o critério e a teoria que mantêm o enquadramento que nós desejamos para se poder trabalhar, podemos delimitar suas técnicas em forma de regras:
A primeira condição se refere ao próprio psicólogo, que deverá cumprir de algo chamado atitude clínica, que nada mais é o manuseio de certo grau de dissociação instrumental que lhe permite se identificar com os acontecimentos ou pessoas, mas possibilita manter com eles uma determinada distância. A atitude clínica forma parte do papel do psicólogo e o mantêm permanentemente em sua tarefa.
Estabelecimento de relações explicitas e claras a tudo o que corresponde á função profissional e que determina o tempo de dedicação aos honorários, tarefas, dependência simbólica e independência profissional
Esclarecimento do caráter da tarefa profissional a ser realizar, mostrando o comprometimento com exigências (explicitas ou implícitas)
Realizar uma tarefa de esclarecimento sobre a tarefa profissional em todos os grupos, sessões ou níveis aos quais se deseja agir, alcançando a aceitação explicita do profissional
Estabelecer de forma definida, prática e clara o caráter da informação dos resultados, não admitir posições, nem sugestões sobre um parcelamento de informação.
Segredo profissional e lealdade estritamente observadas, no sentido que corresponde a cada gripo e pessoa, seção ou nível só será tratado com eles ou de forma exclusiva e confidencial.
Limitar os contatos extras-profissionais ou ao máximo excluí-los totalmente, quando não há a possibilidade de elucidação ou exclusão, os contatos não devem em hipótese alguma implicar (nenhuma informação ou comentário) sobre a tarefa executada.
Ser abstinente e não tomar partido profissional por nenhum setor e muito menos posição na instituição.
Limitar-se ao assessoramento e á atividade profissional, não assumindo nenhuma função diretora, administrativa e nem executiva.
O psicólogo deve compartilhar de medidas e/ou mudanças que dependam de seu assessoramento e de sua atenção.
Não formar superestruturas que desgostem ou se sobreponham com as autoridades ou lideres de organização formal ou informal da instituição.
Não fomentar a dependência psicológica, e sim o contrário que é a ajuda na resolução.
Estrito controle e limitação de informação, no sentido de que a mesma não ultrapasse do que realmente se conhece ou se deduz cientificamente.
Não tomar como índice de avaliação de tarefa profissional o progresso da instituição em seus objetivos, e sim o grau de “compreensão” de independência.
A única forma de operar é através da subministração da informação. A operatividade da mesma não só depende do grau de veracidade, como também do seu timing.
O psicólogo deve contar sempre com a presença da resistência (implícita ou explicita), mesmo advindo daqueles que manifestamente o aceitem.
Uma instituição não deve ser considerada sadia ou normal quando nela não existam conflitos, e sim quando a instituição pode estar em condições de explicitar seus conflitos e possuir os meios e possibilidades de arbitrar medidas para sua resolução.
Não aceitar prazos fixos para tarefas e resultados, e sim somente para o caso de um relatório diagnóstico. Não aceitar exigências de solução urgentes (através dos insights). Estes tópicos são parte da observação e estratégias de tarefas psicanalíticas que irão segmentar os processos que o psicólogo deve realizar para que tudo saia dentro do planejado na instituição
5 INSERÇÃO DO PSICÓLOGO NA INSTITUIÇÃO
O contato que o psicólogo realiza com a instituição advém desde o material que ele deve recolher e analisar,
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