OS EGIPCIOS E A SUA ESCRITA
Por: Lidieisa • 3/1/2018 • 1.740 Palavras (7 Páginas) • 421 Visualizações
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Hieróglifos
É um termo originário de duas palavras gregas: hiéros (Sagrados) e glyphéin (escrita). Este termo é o nome que se dá a cada um dos símbolos da escrita egípcia. A escrita hieroglífica é talvez o mais antigo sistema organizado de escrita. A escrita hieroglífica pode ser escrita em linha ou em colunas, tanto da esquerda para direita, como da direita para esquerda. A direcção da escrita é identificada de acordo com a posição dos hieróglifos pois estes estão sempre virados para o início da escrita.
Os hieróglifos tinham tanto valores semânticos como valores fonético. Existiam hieróglifos que representavam consoantes, Ex: as letras que para nós são vogais, para os egípcios são consoantes como as outras. Os sistemas hieróglifos, consistia originalmente em cerca de 2500 glifos, embora apenas 500 fossem usados regularmente, outros hieróglifos eram apenas sugestivos, Wnm - comer exemplo era representado por um individuo sentado com a mão na boca. A palavra db, dedo também era usada para significar db, «10.000» do total de glifos cerca de 26 representavam, uma única consoante, outras 84 duas consoantes, vinte e quatro outros representavam, silabas especificas (silabogramas) cerca de 100 determinativos. Os hieróglifos egípcios eram quase sempre escritos com tinta sobre os papiros, couro e ostraca (fragmentos de cerâmica com inscrições), isso permitia que se desenvolvesse uma escrita cursiva.
Determinativos
Os determinativos não tinham hieróglifos fonéticos, pois davam informações extras sobre o significado das palavras. Por exemplo pronunciava-se par para «casa» e «sair» mas escrevia-se apenas pr para ambos, símbolos que os escribas posteriores usavam para representar palavras que nada tinham a ver com «casa» ou com «sair», ligando-lhe frequentemente determinativos para identificar qual a palavra específica que os símbolos representavam, embora com o tempo tenham emergido 26 glifos que representavam cada um deles.
Ideogramas: Quando um único sinal representado sozinho e tem um único significado, estes geralmente costumam ser determinativos sendo assim colocados no final das palavras para identificar a categoria destes. Fonogramas Unilíteros: Quando um sinal representa apenas um som estes são os sinais que formam o «alfabeto» Egípcio.
Bilíteros: Quando um sinal representa dois sons. Trilíteros: Quando um sinal representa três sons.
Uso da escrita Egípcia
A escrita egípcia era conhecida apenas pelos sacerdotes membros da realeza com altos cargos e escribas. Esta era utilizada para inscrições nas paredes de templos, túmulos, edifícios religiosos. Esta escrita era feita em papiros ou em pedaços de calcário com um pincel ou um pedaço de junco afiado, usava-se tinta preta e cor vermelha servia para destacar títulos e secções especiais.
A evolução da escrita
Durante mais de 3 milénio os Egípcios criaram mais de 7000 sinais hieroglíficos. A escrita egípcia começou por ser simplificada, passando dos hieróglifos para os hieróglifos cursivos, mais tarde passou para o hierático, uma forma de escrita mais cursiva, de barro e depois passou para o demótico por influência grega. Mais tarde durante o período Greco-romano membros da realeza, pessoas com altos cargos tornaram a escrita mais complexa, com o passar do tempo a escrita passou a ter menos utilidade e menos eram aqueles que a podiam ler e a entender passando assim a ser desnecessária. Os hieróglifos também foram utilizados por outros povos da antiguidade como os Hititas e os Maias.
O desaparecimento do hieróglifo
A escrita foi se alterando devido a invasões de vários povos, estrangeiros comos os Romanos e os Gregos. Os cristãos, para desenvolverem o cristianismo destruíram e tornaram ilegíveis as inscrições da escrita Egípcia e fecharam os templos onde a escrita era ensinada passando assim a ser proibido tudo que estava relacionado com os antigos deuses egípcios. Os Árabes para desenvolverem o islamismo continuaram com a mesma prática levando o desaparecimento da escrita Egípcia.
O renascimento dos hieróglifos
Foi na Europa que surgi o interesse pelos hieróglifos Egípcios que levou viajantes e investigadores europeus a dirigirem-se para o Oriente com o objectivo de procurar os conhecimentos necessário para uma explicação racional dos hieróglifos. Assim estudaram-se os hieróglifos e os conhecimentos sobre estes voltaram a ser conhecidos. Decifração dos hieróglifos Egípcios.
Decifração dos hieróglifos
Georg Zôega (1755- 1809) Foi um antiquário Dinamarquês que concluiu que muitos hieróglifos representavam letras do alfabeto e que as inscrições que estavam dentro de uma forma oval fechada, continha nomes próprio da realeza-Cartucho.
Johan Ákerblad (1763-1819) Foi um diplomata Sueco que ao estudar as inscrições da pedra da Roseta conseguiu descobrir o valor correto de alguns sinais, mas estava errado ao pensar que a escrita demótica era alfabética.
Thomas Young (1773-1829) Foi um médico inglês ao estudar a pedra de Roseta, foi o primeiro a reconhecer que tanto a escrita demótica como a hieroglífica eram compostas por sinais alfabéticos e não alfabéticos ou seja, simbólico.
Jean François Champollion conhecido como o pai da egiptologia descobriu que o cóptico, a língua falada pelos Egípcios, correspondia a última fase da antiga língua egípcia. Ao início Jean achava que os hieróglifos tinham um valor simbólico, mas mais tarde descobriu que estes tinham um valor fonético.
A pedra de Roseta
A pedra de Roseta é um bloco de granito negro que pesa 726 kg e que foi descoberta a Delta do norte do Nilo, perto da localidade de El-rhasia por um soldado de regimento Francês que Napoleão mantinha no Egipto. Mas quando os Britânicos expulsarão o exército Francês do Egipto levaram a pedra de Roseta para a Inglaterra, esta pedra ajudou muito na decifração do Hieróglifos. Esta pedra tem inscrições gravadas por sacerdotes egípcios em homenagem ao faraó no ano de 196 a.C A pedra de Roseta tem três tipos de escrita Egípcia: Hieróglifo, demótico e Grego.
Conclusão
Com este
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