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O Sono e as ondas cerebrais

Por:   •  24/12/2018  •  2.011 Palavras (9 Páginas)  •  423 Visualizações

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A estimulação de áreas no núcleo do trato solitário, e de algumas regiões do diencéfalo, inclusive a parte rostral do hipotálamo e da área ocasional nos núcleos talâmicos de projeção difusa também causam sono.

Quando ocorrem lesões nos núcleos da rafe e na área supraquiasmática medial rostral, no hipotálamo anterior, pode acontecer um estado elevado de insônia. O estado de vigília intenso pode ser quando os núcleos reticulares excitatórios do mesencéfalo e da parte superior da ponte aparentam ser liberados de sua inibição, podendo levar a morte por exaustão.

Existem substâncias transmissoras, encontradas no líquido cefalorraquidiano, no sangue ou na urina de animais privados do sono por vários dias, que se injetada no sistema ventricular cerebral de outro animal irá causar sono. A substância peptídeo muramil que foi encontrada no liquido cefalorraquidiano e na urina. No sangue foi encontrada uma substancia chamada nonapeptídeo isolado. E também um terceiro fator do sono, que ainda não foi identificado a nível molecular, mas que já foi isolado dos tecidos neuronais do tronco cerebral de animais mantidos em vigília. Caso haja um período grande de vigília pode ocorrer o acumulo constante de fatores do sono, no tronco cerebral ou no líquido cefalorraquidiano, podendo induzir o sono.

- Estados de sono e de vigília.

Os núcleos do mesencéfalo e reticular pontino superior ativador são liberados da inibição do centro do sono, quando o centro do sono não está ativado, o que faz com que os núcleos reticulares ativadores fiquem ativos. Assim há a excitação tanto do córtex cerebral e do sistema nervoso periférico, os quais enviam vários sinais de feedback positivo de volta para o núcleo reticular ativador para ativá-lo ainda mais.

Depois de o cérebro ficar ativado por muitas horas, os neurônios do sistema ativador ficaram fatigados e então o ciclo de feedback positivo entre o núcleo reticular mesencefálico e o córtex somem e os efeitos do centro do sono levam a rápida transição da vigília para o sono.

1.5 Funções fisiológicas do sono

O sono tem funções fisiológicas muito importantes. A privação moderada de sono por alguns dias podem diminuir o desempenho cognitivo e físico, a produtividade global e a saúde do indivíduo. Em experimentos constatou-se que ao privar ratos do sono por 2 ou 3 ou semanas podem o levar a morte.

Os dois principais efeitos fisiológicos do sono são efeitos no sistema nervoso e em outros sistemas funcionais do corpo. A privação de sono afetará as funções do sistema nervoso central, levando a um funcionamento anormal do processo de pensamento e poderá ocasionar atividades comportamentais anormais.

No final de um dia de vigília prolongada á o aumento da lentidão dos pensamentos e o indivíduo tende a ficar irritável ou até psicótico. Assim pode-se concluir que o sono é fundamental para a restauração dos níveis normais de atividade cerebral e para a homeostase entre as diferentes funções do sistema nervoso central. Além disso, as funções do sono são a maturação neural, facilitação do aprendizado e da memória, cognição e conservação de energia metabólica. Afirma-se que a função mais importante do sono é a de restabelecer o balanço natural entre os centros neuronais.

- Ondas cerebrais

No cérebro existe atividade elétrica contínua, a intensidade e os padrões desta são definidos pelos níveis de excitação de várias partes do sistema nervoso central, conseqüentes do sono, da vigília ou das doenças cerebrais, como a epilepsia e psicoses.

Ondas cerebrais são ondulações nos potenciais elétricos, sendo seu registro nomeado de EEG (eletroencefalograma). O tipo das ondas varia de acordo com o grau de atividade nas diferentes partes do córtex cerebral, as ondas alternam nos estados de vigília, sono e coma.

Não há padrão especifico de ondas cerebrais que podem ser determinadas no EEG. Em casos de anormalidades neurológicas, como a epilepsia, podem ocorrer padrões específicos.

As ondas em indivíduos saudáveis são classificadas em alfa, beta, teta e delta.

As ondas alfa acontecem de forma rítmica, com freqüência entre 8 e 13 ciclos por segundo, são identificadas nos EEGs da maioria dos adultos normais, quando estão acordados e no estado de calma e atividade cerebral em repouso. Ocorrem com maior intensidade na região occipital, mas também podem ocorrer nas regiões frontal e parietal do crânio, tendo a voltagem geralmente de 50 microvolts. Cabe ressaltar que no sono profundo, as ondas alga somem.

As ondas alfas são substituídas pelas ondas betas assincrônicas, de alta freqüência e de baixa voltagem, quando a atenção da pessoa em vigília é canalizada para algum tipo de atividade mental determinada.

As ondas beta tem uma freqüência acima de 14 ciclos por segundo, chegando até a 80 ciclos por segundo. Ocorrem na maioria das vezes nas regiões parietal e frontal, no momento da ativação dessas regiões cerebrais.

As ondas teta possuem freqüência entre 4 e 7 ciclos por segundo. Sucedem nas regiões parietal e temporal em crianças, e também durante p estresse emocional em alguns adultos, principalmente perante a um desapontamento e frustração, e também em distúrbios cerebrais, na maioria, em estados cerebrais degenerativos.

As ondas delta são todas ondas do EEG com freqüências menores que 3,5 ciclos por segundo, e tem voltagens duas a 4 vezes maiores do que a maior parte dos outros tipos de ondas cerebrais. Essas ondas acontecem durante o sono profundo na infância e na doença cerebral orgânica grave. Tem seu funcionamento no córtex de animais que sofreram transecções subcorticais, separando o córtex cerebral do tálamo. Assim conclui-se que as ondas delta ocorrem de modo estrito no córtex, independente das atividades na regioões mais inferiores do encéfalo.

1.7 Origem das Ondas Cerebrais

Não é possível fazer a medição da descarga de somente um neurônio ou fibra nervosa na superfície do couro cabeludo. É necessário então que milhões de neurônios e as fibras disparem sincronicamente para que haja o registro necessário para a medição. Os fortes sinais neurais não sincronizados se anulam por conta de suas polaridades opostas. Quando os olhos estão fechados a atividade neural no córtex cerebral possui freqüência média de 12 por segundo carregam as ondas alfa, já quando os olhos estão abertos

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