METACOGNIÇÃO E BEM ESTAR: DESENVOLVIMENTO SOCIO-EMOCIONAL DO HOMEM
Por: Kleber.Oliveira • 6/6/2018 • 5.633 Palavras (23 Páginas) • 509 Visualizações
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comportamentais, seus antecedentes e consequentes, respostas emocionais concomitantes e crenças distorcidas que estejam contribuindo para a não emissão de comportamentos socialmente habilidosos (Del Prette & Del Prette,1999).
A identificação de habilidades sociais como um fator de proteção no curso do desenvolvimento humano (Cecconello & Koller, 2000). Tem estimulado intervenções para a aprendizagem.
Destas habilidades entre grupos e contextos distintos, com populações clínicas e não clínicas. De acordo com os objetivos gerais, tais intervenções podem ser agrupadas em prevenção primária, prevenção secundária e prevenção terciária. Intervenções em prevenção primária são dirigidas a grupos ou pessoas expostas a fatores de risco, mas ainda não acometidos por problemas interpessoais e visam ao incremento de suas habilidades sociais, como um fator de proteção, de modo a minimizar a chance de ocorrência de problemas interpessoais futuros para estas pessoas e para os que fazem parte de sua rede social mais próxima. Intervenções em prevenção secundária são voltadas para grupos ou pessoas já sob efeito de fatores de risco para problemas interpessoais, tais como crianças agressivas criadas por pais com problemas em práticas educativas parentais. As intervenções focadas em prevenção terciária almejam minimizar consequências de déficits acentuados em habilidades sociais já instalados, sem pretensão de cura, como é o caso de pessoas portadoras de autismo ou esquizofrenia. Considera-se, portanto, que programas de desenvolvimento de habilidades sociais sejam uma ferramenta valiosa em todos os níveis de atuação em saúde (Jeffery, 1989), que podem ser usadas tanto nas relações familiares quanto profissionais, tendo em vista o desenvolvimento destas habilidades na esfera acadêmicas de competências podemos dividi-las apresentando dois focos. O primeiro recai sobre as competências profissionais básicas a qualquer atividade, facilmente transferíveis de um contexto para outro. O segundo refere-se às competências socioemocionais, que se situam no domínio de processos emocionais, pessoais e interpessoais. As competências básicas asseguram um nível de domínio transversal, que permite ao futuro trabalhador mobilizar seus recursos pessoais no nível do saber (conhecimento), do fazer (aplicação técnica) e do querer (atitudes e valores), adaptando-os ao contexto de trabalho mais imediato. As competências socioemocionais, a seu turno, funcionam como via pela qual as demais competências são expressas e desen¬volvidas. Em outras palavras, o domínio de aspectos motivacionais e afetivos, em si e nos outros, assegura a aprendizagem, o desenvolvimento e a transferência dessas capacidades para outros contextos laborais.
Conforme estudos do projeto Tuning da América Latina (2004 – www.tuningal.org), foram identificados Três grandes domínios de competências que são essenciais em nível transcultural, principalmente como consequência do crescimento da mobilidade de estudantes e trabalhadores em nível mundial: pessoal, cognitivo, motivacional e afetivo; interpessoal e relacional, incluindo geren-ciamento de grupos, especializado e ferramental.
A inteligência cognitiva é a capacidade de pensar e analisar a informação e a situação que leva a um desempenho efetivo ou superior, caracterizado pela rapidez com que se chega a uma solução e a criatividade para resolver o problema. A inteligência emocional e a inteligência social são definidas como capacidades de reconhecer, entender e usar a informação emocional em si próprio (no primeiro caso) e sobre os outros (no segundo caso), preservando o bem-estar pessoal e a harmonia nas relações interpessoais.
Conforme descreve Boyatzis (2009), as inteligências emocional e social predizem o desempenho no tra¬balho, principalmente em contextos internacionais, em que a habilidade de lidar com a diversidade cultural é elemento-chave para assegurar a qualidade das relações no trabalho (p.ex., Goleman et al., 2002; Emmerling & Boyatzis, 2012). Em resumo, o cenário atual de fragilização das fronteiras intra e interpaíses força a convi¬vência de pessoas de regiões e nacionalidades distintas em um mesmo ambiente de trabalho, exigindo, além das competências profissionais, competências no manejo das emoções pessoais e das demais pessoas com as quais se interage.
Convergente com essa linha de pensamento, Bisquerra (2000, 2009) faz menção a cinco componentes principais da competência sócio emocional. O primeiro é a consciência emocional de si e de outras pessoas, incluindo a capacidade de captar o clima emocional em um contexto específico. O segundo componente é a regulação emocional, que se refere ao gerenciamento apropriado das emoções, cujos aspectos cognitivos são fundamen¬tais na busca de estratégias de enfrentamento que potencializem as emoções positivas e minimizem as emoções negativas. O terceiro componente é a autonomia emocional, que destaca a atitude positiva em relação a si mesmo e a vida, mantendo a autoestima elevada e reconhecendo os limites pessoais, recorrendo, em caso de necessidade, à ajuda externa. O quarto componente é o domínio de habilidades sociais, em que se destaca a capacidade de se comunicar, ser assertivo e adotar atitudes respeitosas para com as demais pessoas. O quinto componente refere-se às habilidades de vida e bem-estar, definidas como a capacidade de adotar comportamen¬tos apropriados e responsáveis na solução de problemas pessoais, familiares, profissionais e sociais, preservando o bem-estar pessoal e social.
Não se pode ignorar que o campo das competências socioemocionais depende fortemente de variáveis ambientais (Del Prette & Del Prette, 2005). Se o indivíduo não aprende a identificar em que contexto está atuando e o que é esperado, corre-se o risco de apresentar comportamentos sociais incompatíveis com o desejado. A incerteza acerca de padrões pessoais de conduta aumenta a falta de segurança nos ambientes novos e a ansiedade interpessoal, revelando, assim, a relação entre processos cognitivos e afetivos.
A Psicologia sempre se preocupou em investigar patologias, negligenciado os aspectos saudáveis dos seres humanos, tanto o THS quanto as competências sócio emocionais, estudam estes componentes, Porem em 1998, assumindo a presidência da American Psychological Association, Seligman iniciou movimento denominado Psicologia Positiva, que visa oferecer nova abordagem às potencialidades e virtudes humanas, estudando as condições e processos que contribuem para a prosperidade dos indivíduos e comunidades, Segundo ele, a ciência psicológica vinha negligenciando o estudo dos aspectos virtuosos da natureza humana, o que pode ser confirmado por uma simples pesquisa no banco
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