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Cinco licoes de Freud

Por:   •  25/1/2018  •  1.958 Palavras (8 Páginas)  •  492 Visualizações

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Freud discordava do senso comum, que trata as técnicas de interpretação dos sonhos como velha e ridicularizada arte, pois os sonhos se apresentavam muitas vezes de uma forma confusa.

Para Freud a interpretação do sonho é na realidade a estrada real para o conhecimento do inconsciente, a base mais segura para a psicanalise. Um dos problemas do sonho é que ao acordar vemos os nossos sonhos com desdém e desprezo, mesmo os que possuem clareza e nexo, essas repulsas são explicadas pelas tendências imorais e menos pudicas que se patenteiam em muitos deles. Mas esse pensamento já foi diferente na antiguidade e nas classes sociais mais baixas, quando acreditavam que o sonho era uma previsão do que aconteceria no futuro.

Freud começa explicando que nem todos os sonhos são estranhos, incompreensíveis e confusos, falando dos sonhos das crianças, que sonham geralmente os seus desejos e acontecimentos ocorridos no dia anterior.

No sonho dos adultos também estão presentes estas características, porem este sonhos estão distorcidos, sem contar que o processo psíquico correspondente teria uma expressão verbal muito diversa.

O ato de contar o sonho, demanda um esforço na escolha de palavras e acaba sendo diferente dos pensamento latentes do sonho, que faz parte do inconsciente. Quem sonha, reconhece tão mal o sentido dos seus sonhos, como os histéricos as correlações e a significação de seus sintomas.

Nesta lição Freud fala de uma importante conceito “elaboração onírica”, que é um processo cujos os pensamentos do inconsciente do sonho se disfarçam no conteúdo manifesto, que transforma em sintomas os complexos cuja a repressão fracassou. Este processo ocorre em dois processos psíquicos diferentes envolvendo tanto o consciente quanto o inconsciente.

No final iremos falar dos pesadelos, que contradizem o nosso modo de compreender o sonho. O pesadelo pode ser interpretado como a manifestação da ansiedade para realizar o desejo reprimido, a ansiedade é uma das reações do ego contra desejos reprimidos violentos, daí se explica a presença dela no sonho.

Outro tópico é o fenômeno psíquico que em questão são as falhas de memória, pequenos esquecimentos e enganos que passam despercebidos, mas que na verdade é a manifestação do inconsciente: os atos falhos.

A psicanalise se distingue pela rigorosa fé no determinismo da vida mental, conduz a consciência, o material psíquico patogênico, dando fim desse modo aos padecimentos ocasionados pela produção dos sintomas de substituição.

Quarta lição

Freud na quarta lição fala da importância do elemento sexual nos sintomas patológicos e obriga-nos a admitir que as perturbações do erotismo tem a maior importância entre as influências que levam a moléstia, tanto no homem como na mulher.

Freud explica que os doentes ocultavam informações sobre sua vida sexual, em geral os homens não eram francos ao falar de sua vida sexual.

Freud ressalta e quebra paradigmas ao falar do instinto sexual das crianças, desde o princípio a criança possui o instinto e as atividades sexuais.

Só os fatos da infância explicam a sensibilidade aos traumatismos futuros e só com o descobrimento desses restos de lembranças, quase regularmente olvidados, e com a volta deles a consciência, é que adquirimos a mesma conclusão do exame dos sonhos, isto é, que foram os desejos duradouros e reprimidos da infância que emprestaram á formação dos sintomas a força sem a qual teria decorrido normalmente a reação contra traumatismos posteriores. Estes potentes desejos da infância, hão de ser reconhecidos, porém em sua absoluta generalidade como sexuais.

O auto-erotismo é a satisfação encontrada no próprio corpo, excluído qualquer objeto estranho. O auto-erotismo infantil se dá pelas brincadeiras partindo da zona erógena, como por exemplo, o prazer de chupar o dedo, o gozo da sucção. Um outro exemplo muito comum nesta fase é a excitação masturbatória dos órgãos genitais.

A perversão é quando o auto-erotismo não é totalmente superado, como testemunham as multiformes perturbações aparecidas depois.

No complexo de Édipo a crianças vê seus pais como objeto dos seus desejos eróticos, faz de seus sua primeira escolha amoroso, por exemplo a menina se afeiçoa com o pai e o menino com a mãe. O pai em regra tem preferência pela filha e a mãe pelo filho, o que faz com que o menino cresce querendo o lugar do pai, para poder ficar com a mãe e a menina vice-versa. Esses sentimentos não são formados somente por natureza positiva, mas também negativos de hostilidade.

Ao longo do tempo esse desejo pelos pais é esquecido e passado a uma terceira pessoa que não tem um vínculo familiar, evitando estranhamento e ameaças sexuais.

Quinta lição

Na Quinta lição Freud fala dos assuntos referente as lições anteriores e discorre sobre a regressão para as primeiras fases da vida sexual, podendo assim chegar as possíveis causas de uma neurose.

A fuga da realidade insatisfatória que chamamos de doença, não deixa jamais de proporcionar ao doente um prazer imediato, ele se da pelo caminho da regressão, essa regressão mostra-se por dois aspectos: Temporal, porque a libido, na necessidade erótica, volta a fixar-se aos mais remotos estados evolutivos e o Formal, porque emprega os meios psíquicos originários e primitivos para manifestação da mesma necessidade.

O principal foco de Freud na quinta lição é o fenômeno chamado Transferência, que surgia ao tratar de um paciente neurótico, o doente transfere ao médico sentimentos afetuoso, mesclado muitas vezes por hostilidade, de acordo com as fantasias do seu inconsciente. Para ele esse fenômeno não é criado pela psicanalise, mas sim um processo natural e espontâneo em todas as relações humanas.

Uma dificuldade da psicanalise é fazer com que o paciente toque nas feridas na vida psíquica, quando o mesmo, prefere deixar seus problemas psicológicos como estão, para não aumentar seu sofrimento.

A repressão é substituída pelo julgamento de condenação efetuado com recursos superiores, fazendo com que os impulsos inconscientes tenham uma utilização conveniente, a qual devia ter encontrado anteriormente.

Por causa da repressão o neurótico perdeu muitas fontes de energia mental que lhe teriam sido de grande valor na formação do caráter

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