CURSO DE PSICOLOGIA: Triagem Neonatal
Por: Ednelso245 • 18/12/2017 • 5.855 Palavras (24 Páginas) • 398 Visualizações
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5. _ IMPACTO FAMILIAR
6. ASPECTOS SOCIAS E A TRIAGEM NEONATAL
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
ANEXO B
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- INTRODUÇÃO
Este trabalho tem como objetivo estudar sobre o que é a Triagem Neonatal, sua importância para a sociedade, levando em consideração as leis e portarias, bem como as políticas públicas que garantem os direitos dos recém natos.
Popularmente conhecido como Teste do Pezinho, a triagem neonatal surgiu da necessidade de diminuir a mortalidade infantil e garantir condições básicas de vida.
“As doenças triadas em cada país, ou mesmo nas diversas regiões ou estados de um mesmo país, variam muito, dependendo de decisões de políticas de saúde baseadas em aspectos epidemiológicos, étnicos, sociais, econômicos e éticos.” (LEÃO; AGUIAR, 2008, p.80).
Conforme LEÃO; AGUIAR (2008) o PNTN é a maior iniciativa do Sistema Único de Saúde (SUS) na área de genética, não se tratando de uma simples realização de testes, mas também de um sistema público que assegura a legitimidade dos testes ligado a cada recém nascido e o encaminhamento a um tratamento adequado para cada doença triada.
Dessa forma a escolha do tema se deu ao reconhecer a importância da triagem, visando informar a população sobre a história da triagem neonatal e sua definição, identificando as possíveis doenças que podem ser diagnosticadas e tratadas dentro de um prazo adequado, para que não gere sequelas graves ou até o óbito, descrever quais são os critérios para que uma doença seja incluída no programa de triagem Neonatal, conhecer o impacto na vida desses recém nascidos e familiares, bem como conhecer as políticas públicas existentes de atendimento.
Por ser um exame extremamente importante, cujas doenças podem ser diagnosticadas em qualquer membro da população, este estudo torna-se importante devido ao grande impacto social, econômico e psicológico das famílias. E a necessidade de expor se a rede de atenção básica de saúde está preparada para oferecer um atendimento multidisciplinar de qualidade, que não apenas informe, mas ampare as familiais.
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- METODOLOGIA
Este trabalho é resultado de uma pesquisa de natureza bibliográfica de caráter qualitativo. Para tal foram feitos levantamento de publicações ou bases de dados em termos descritivos pelo Google Acadêmico, Conselho Federal de Psicologia, Scielo, Sociedade Brasileira de Triagem Neonatal, utilizando os seguintes descritores para a busca dos artigos: “Programa Nacional de Triagem Neonatal”, “Políticas Públicas”, “Luto”, “Sequelas Para o Desenvolvimento Infantil”, “Impacto familiar”, “Fenilcetonúria”, “Hipotireoidismo”, “Doença de Chagas”, “Diagnóstico Tardio”.
Todavia, para a construção da interdisciplinaridade o tema foi discutido entre o grupo de alunos na qual foi elaborada a sistematização do assunto juntamente com o auxilio dos professores das disciplinas do primeiro período do curso de Psicologia.
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- ASPECTOS HISTÓRICOS E CONCEITOS
- O que é triagem neonatal
Em saúde pública, triar significa identificar, em uma população assintomática, os indivíduos que estão sob risco de desenvolver determinada doença e que se beneficiariam de investigação adicional, ação preventiva ou terapêutica imediatas. (WALD, 2001 apud BOTLER .et al, 2010).
Segundo o Manual de Normas Técnicas e Rotinas Operacionais do Programa Nacional de Triagem Neonatal (BRASIL, 2002, p.9), triagem neonatal são métodos utilizados para detecção precoce de doenças nos recém-nascidos, voltada diretamente para a população com idade de 0 a 30 dias de vida. A detecção vai além das doenças metabólicas, incluindo as patologias como as hematológicas, infecciosas e genéticas.
A triagem neonatal foi proposta pelo Dr. Robert Guthrie em 1963 . O método proposto, e depois amplamente utilizado em todo o mundo, foi um ensaio de inibição bacteriana realizado em amostras de sangue seco, colhidas em papel filtro, para detecção das concentrações de fenilalanina. O tratamento da fenilcetonúria baseado na restrição de fenilalanina na dieta já era conhecido 1 década antes, mas se realizado após início dos sintomas da doença, não revertia os danos neurológicos. Guthrie tinha como objetivo identificar indivíduos com fenilcetonúria em fase pré-sintomática para realizar o tratamento mais precocemente (LEÃO; AGUIAR, 2008, p.S80).
De acordo com BOTLER, Judy et al (2010), com o avanço da medicina e das vacinas que permitem prevenir o surgimento de doenças, o sistema de saúde pôde se esforçar a detectar aquelas menos comuns e mais complexas que, apesar de não possuírem uma cura ou prevenção, se detectadas em tempo hábil reduzem as sequelas da falta ou atraso de tratamentos específicos.
- História do programa nacional de triagem neonatal (PNTN)
No fim da década de 50, o biólogo americano Robert Guthrie (1916-1995) direcionou seu estudos para a prevenção de doenças mentais, com o desenvolver destes e metodologias criadas, observou que algumas doenças tardiamente detectadas acarretavam em retardo mental. Após estas observações passaram a analisar o sangue de recém nascidos, diagnosticando precocemente a fenilcetonúria. Após alguns anos, em todos os estados americanos, seu teste passou a ser obrigatório aos recém-nascidos ( BRASIL, 2002).
As primeiras experiências de triagem neonatal começaram no Brasil na década de 1960, tendo sido o pediatra Prof. Benjamim Schmidt o seu introdutor. A Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de São Paulo, sob sua direção, iniciou a triagem neonatal para fenilcetonúria em 1976 e, em 1980, foi adicionada a triagem para o hipotireoidismo congênito.
Posteriormente, vários outros laboratórios privados, localizados principalmente nas Regiões Sudeste e Sul, disponibilizaram
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