FACULDADES UNIFICADAS DE TEÓFILO OTONI CURSO DE PSICOLOGIA
Por: eduardamaia17 • 28/5/2018 • 2.442 Palavras (10 Páginas) • 418 Visualizações
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Dellarossa queria colocar como foco, que as tensões vivenciadas no curso pelos alunos, professores e colegas manifestavam-se nas relações e traziam um comprometimento. O foco seria as dificuldades de aprendizagem e isso envolvia as relações que esses indivíduos mantinham, pois é um proceso onde o bem estar do grupo começa com o bem estar do indivíduo, sendo assim a parte pelo todo.
A experiência de grupo sistemático dos grupos de reflexão no ensino das práticas grupais, se dá nos anos 80 introduzindo cursos de especialização em terapias de casais e de famílias, nos espaços vivenciais. Exemplo enriquecedor no qual os alunos faziam o exercício de pesquisar, ver como se dava os modelos de famílias antigo, trazendo às famílias de hoje e demonstrando a partir de suas próprias famílias e suas experiências, vivências do cotidiano, isso é, construído e analisado juntamente com o cordenador de curso que auxilia, existindo assim uma forma de aprendizagem e partilha de maneira dinâmica, coletiva e reflexiva com a contribuição do trabalho voltada para cada uma das famílias atendendidas, trazendo essa reflexão de grupo proposta por Rivière.
O modelo grupal na pedagogia tem conquistado o seu espaço e cada vez mais surgem arquétipos de grupos que, buscando formas de se organizarem vêm traçando novos caminhos e novas maneiras.
O professor tem a função de despertar o poder intelectual dos alunos para que se percebam como sujeitos capazes de analisar, pensar e resolver problemas de uma forma natural. Isso seria feito de melhor forma se o profissional adquirisse um aporte de como lidar com os fenômenos grupais em sua formação acadêmica.
O educador não é mais visto simplesmente como aquele que transmite um tipo de saber, ou como um simples repassador do conhecimento. O papel do educador é bem mais amplo, ultrapassando essa transmissão do conhecimento, despertando uma flexibilidade entre os educadores e educandos para que se alcancem os objetivos esperados nesse meio grupal.
A palavra educação tem um significado que nos permite ver com clareza que essa relação precisa ser reciproca, ‘‘educação’’ significa exteriorizar, ou colocar para fora. O professor necessita estar apto para desempenhar esses papéis favorecendo uma postura reflexiva e investigativa e aos educandos retornarem esse interesse que é atribuído ao conhecimento. Quando se fornece conteúdos que desperte o desejo dos alunos, há uma melhor participação dos mesmos com o educador nessa relação de ensino aprendizagem.
Com uma nova perspectiva o professor está convidado a romper com esse paradigma de possuidor do conhecimento e ser atribuído à função de despertar o interesse dos educandos em adquirir habilidades que lhe permitem crescer criando assim um mercado de exploração.
O ser humano é instintivamente movido a viver em coletividade, predispondo á aprendizagem para estar nesse espaço coletivo. Dessa forma o professor tem a importância em direcionar incisivamente a busca do conhecimento para que os educandos desenvolvam a necessidade de aprender, tornando-se seres questionadores e críticos da realidade que os circunda.
Fugimos do termo ‘‘hominização’’ em que os sujeitos passam e se transformam pelas influências aprendidas pela cultura e introduzimos o termo de ‘‘pessoalização’’ do ser humano; tornando-os sujeitos personificados por meio do educador com uma construção discursiva e contínua de matrizes do próprio sujeito.
Diz-se que essa impessoalidade começa no seio familiar onde o sujeito desenvolverá esses papéis nos demais grupos. O contexto familiar é de extrema importância para que se iniciem esses vínculos sociais, mas é na escola que essa diversidade humana e de valores é ministrada pelo professor como o papel de facilitador da aprendizagem com a capacidade de ouvir, refletir e discutir o nível de compreensão dos alunos e da criação de pontes do conhecimento com uma atividade construtiva dessas relações, eliminando em maior nível possível os estímulos de rivalidade e discriminação estabelecidas no âmbito escolar.
A prática escolar estabeleceu o processo de interação entre pais e filhos, onde os pais participavam de algumas atividades escolares, para que obtivessem mais vínculos entre eles. Com esse objetivo foram criadas as Associações de pais e mestres, mas na prática educacional em algumas escolas houve um exagero ao colocarem os pais nas áreas de desenvolvimento dos filhos, como a monitoração nas atividades recreativas e no processo de transição de casa até a escola. Com essa invasão dos pais nas escolas dificultou-se o processo de individualização do aluno, tirando deles a direção para serem independentes e terem um desenvolvimento mais relacional.
A ideia era identificar o aluno com o professor e os pais nas atividades realizadas, visando um aprendizado significativo. No processo de socialização entre pais e filhos na escola, percebeu-se que o vínculo do processo grupal que se estabeleceu entre a família e a escola, obteve importância. Identificando como era o aluno, o professor, com os métodos e as avaliações realizadas, pode delinear uma nova visão de programas educacionais para o conhecimento escolar e grupal.
Surgidos na área médica, e já bastante disseminados por outros viés profissionais, os Programas de educação continuada têm como predominância as atividades baseadas no grupo como alusão para a ação de firmação da identidade profissional. O objetivo desses programas é voltado para a atitude ou postura do profissional no constante desempenho do seu ofício.
A escola estabelecerá com base na participação grupal, mecanismos institucionais de mudança de tal forma que o aluno, uma vez atuando nas instituições "externas", levem consigo tudo o que aprendeu. O grupo é a matriz para a prática pedagógica, o processo grupal na área educacional se expande cada vez mais, obtendo bons resultados e mudanças, observando um aprendizado significativo na relação do aluno com a importância do conhecimento da psicologia grupal.
A dinamicidade dos grupos consiste na maneira em que se estuda a natureza de um grupo, é quando se é possível entender todas as circunstâncias, todos os movimentos e principalmente as relações que são estabelecidas dentro daquele contexto grupal a partir do momento da inserção do indivíduo ao meio.
As teorias educativas tendo como base a escola compreendem e reconhecem a importância dessa inserção dos indivíduos no grupo educacional que é considerado o segundo grupo de inserção, depois do grupo familiar. Através dessa inserção, os membros
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