O CONHECIMENTO DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE SOBRE A IMPORTÂNCIA DA TRIAGEM AUDITIVA NEONATAL

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Durante et al. (2004) afirmam que a implementação do programa de triagem se deve à integração de equipe multidisciplinar, que envolve fonoaudiólogos, neonatologistas, otorrinolaringologistas, enfermeiros dentre outros. O neonatologista e o pediatra são os primeiros profissionais da equipe de saúde que recebem a criança e sua família e portanto responsáveis pelas primeiras orientações quanto a importância da triagem auditiva. Além disso, tem papel fundamental na identificação dos indicadores de risco para alteração auditiva, importante na etiologia da perda auditiva.

Considerando a RESOLUÇÃO Nº 260, de 10 Junho de 2000 do Conselho Federal de Fonoaudiologia, o fonoaudiólogo é o profissional capacitado pela implantação e execução de programas de triagem auditiva neonatal e o responsável pela realização do teste da orelhinha. (CRFFa 2000)

Acredita-se que o trabalho multidisciplinar em saúde possibilita atendimento integral àqueles que precisam do cuidado. Pesquisa realizada com o objetivo de verificar o conhecimento de pediatras e neonatologistas sobre a triagem auditiva verificou que dos entrevistados, 39 (83%) informaram ter adquirido o conhecimento sobre deficiência auditiva congênita durante sua graduação. Ainda que seja possível considerar que há condições e tendências para um diagnóstico precoce da surdez neonatal, o estudo atentou para a necessidade de maior integração entre os pediatras, neonatologistas, otorrinolaringologistas e fonoaudiólogos, formando uma equipe multidisciplinar, propiciando uma reciclagem para o conhecimento e determinação de um melhor diagnóstico e prognóstico para essas crianças.(Campos et al, 2014)

Pesquisa realizada com profissionais da área da saúde afirma que o conhecimento da importância da triagem auditiva por estes profissionais possibilita o envolvimento dos mesmos nos programas de triagem, tornando-os agentes ativos na sensibilização e orientação aos pais para a adesão aos programas de triagem e esclarecendo os benefícios da detecção e intervenção precoce da perda auditiva nesta população. (Hilú, 2014).

Identificar possíveis lacunas na formação do profissional de saúde, no que diz respeito ao conhecimento da importância da audição para o desenvolvimento social, emocional e educacional infantil, bem como da existência dos recursos disponíveis no sistema de saúde para o diagnóstico precoce da perda auditiva, será o primeiro passo para a criação de programas de capacitação e orientação, direcionados para estes profissionais, o que garantirá o envolvimento de toda a equipe de saúde, aos programas de triagem auditiva, e consequentemente maior adesão dos pais aos mesmos.

2. OBJETIVOS:

2.1: OBJETIVO GERAL:

- Investigar o conhecimento dos profissionais de saúde sobre a importância da triagem auditiva neonatal.

2.2: OBJETIVO ESPECÍFICO:

- Caracterizar a população investigada no que diz respeito ao grau de escolaridade, gênero, tempo de formação e campo de atuação.

- Classificar o nível de conhecimento dos profissionais de saúde sobre a importância do teste da orelhinha.

- Correlacionar o campo de atuação com o conhecimento sobre o teste da orelhinha.

- Correlacionar o tempo de formação dos profissionais com o nível de conhecimento sobre a importância da TAN.

3. METODOLOGIA:

Trata-se de um estudo observacional, do tipo transversal a ser realizado no período de fevereiro a dezembro de 2016 no Hospital Geral de Fortaleza.

O Hospital Geral de Fortaleza(HGF) é o maior hospital público da rede estadual, referência em procedimentos de alta complexidade. Integra a rede de Hospitais Sentinelas, Hospital Amigo da Criança, Rede Cegonha e, por último, foi incluído no Programa SOS Emergência, do Ministério da Saúde. É referência em 63 especialidades e subespecialidades.

A amostra será composta de profissionais de saúde funcionários do Hospital Geral de Fortaleza.

Serão incluídos na pesquisa, profissionais de saúde, que façam parte do quadro funcional do HGF, com tempo mínimo de 1 ano de serviço, com nível superior e que aceitem participar da pesquisa. Serão excluídos funcionários cooperados e que estejam de licença no momento da pesquisa.

A coleta de dados será realizada por meio da aplicação de um questionário estruturado com perguntas fechadas nos meses de setembro e outubro do ano corrente, às segundas e quintas feiras pela manhã e sexta feira à tarde, nos ambulatórios de otorrinolaringologia, odontologia, pediatria, neurologia, obstetrícia, oftalmologia, clínica médica, setor de nutrição, fisioterapia, terapia ocupacional e enfermagem. Para cada setor será entrevistado um mínimo de 5 indivíduos e um máximo de 10, até ser atingido um total de 100 indivíduos.

Para a categoria de médicos pediatras e obstetras será aplicado o questionário modelo 1(Apêndice 1) e para as demais categorias o modelo 2(Apêndice 2).

Será aplicado um piloto em 10 profissionais( 5 profissionais para cada modelo), para análise do questionário e possíveis ajustes se necessário.

As variáveis estudadas serão: gênero, grau de formação, tempo de formação, área de atuação e nível de conhecimento.

O nível de conhecimento sobre a TAN será definido de acordo com o conhecimento dos profissionais para as seguintes perguntas: exame utilizado para realização da triagem auditiva, profissional que realiza o exame, qual a idade ideal para realizar o exame, se orienta aos pais a realizarem do teste da orelhinha após o nascimento, se encaminha a criança para a realização da triagem auditiva e no caso dos médicos obstetras e ginecologistas se orientam a mãe sobre a importância da triagem auditiva durante o pré-natal. Para o questionário modelo 1 será definido como ótimo nível de conhecimento quando o profissional entrevistado responder no mínimo a sete perguntas corretamente, nível regular quando responder a no mínimo quatro perguntas e nível ruim quando responder no mínimo a duas pergunta ou a nenhuma pergunta. Para o modelo 2, será definido como ótimo nível de conhecimento quando o profissional entrevistado responder no mínimo a cinco perguntas corretamente, nível regular quando responder a