Herpes Simples: Principais Causas e Ocorrências

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Segundo CLEMENS e FARHAL (2010), o HVS-1 é tipicamente contraído na infância e na adolescência por via oral.

Algumas aftas são causadas pelo HSV-1, e ocorrem na face próximo a mucosas, normalmente bilateral, já a gengivoestomatite, também causada pelo HSV-1, é encontrada com mais frequência em crianças, forma uma erupção vesicular que se estende da língua a retrofaringe e causa linfadenopatia cervical. Com isso pode-se constar então, que o HSV, pode casar problemas mais sérios no organismo. “Em pacientes imunocomprometidos,as infecções herpéticas podem provocar severas complicações.” (CONSOLARO A, CONSOLARO M, 2009).

A infecção pelo vírus do herpes simples leva a um quadro clínico peculiar de fácil reconhecimento pelo médico. No entanto, em indivíduos imunossuprimidos, a apresentação clínica pode ser atípica, dificultando o diagnóstico e o tratamento. (MUKAI et al., 2005).

Em indivíduos imunocompetentes, as infecções pelo herpes vírus simples (HSV) apresentam-se tipicamente como placa eritematosa, seguida rapidamente pelo desenvolvimento de vesículas que, de modo eventual, coalescem e tornam-se crostas, raramente ulcerando. Entretanto, nos imunossuprimidos, um defeito na imunidade mediada por células leva ao declínio da resposta imunológica ao HSV, podendo acarretar uma apresentação clínica atípica dessa condição cutânea comum. Com o avanço da imunossupressão, as infecções pelo HSV podem se tornar crônicas e progressivas. (MUKAI, et al.,2005, pg 79)

Após um estudo de um caso clinico feito por MUKAI e outros (2005), que envolveu um homem de 53 anos que teve diagnostico de leucemia linfóide crônica no estágio C de Binnet, o qual foi indicado um tratamento de quimioterapia. Dois meses após o termino do tratamento de quimioterapia, surgiram placas eritematosas as quais se transformaram em lesões ulceradas na asa e na ponta do nariz, acometendo a mucosa, trazendo dor e prurido local. Após uns meses que já havia as lesões, que já apresentava ulceras com dois cm de diâmetro na asa do nariz, foi então encaminhado para uma avaliação dermatológica, que após exames diagnosticou que achados histológicos foram de infecção de HSV. Para tratamento foi indicado aciclovir

O vírus do herpes simples, Herpesvirus hominis, determina quadros variáveis benignos ou graves(12). São DNA vírus que causam infecção aguda da pele, caracterizada por vesículas agrupadas sobre uma base eritematosa. Raramente essas viroses vão provocar uma doença mais séria, porém a maioria das infecções é recorrente e tende a reaparecer no mesmo local ou em região próxima. Essas recidivas podem ser induzidas por vários estímulos, tais como trauma, radiação ultravioleta, extremos de temperatura, estresse ou imunossupressão. (MUKAI et al.,2005, pg 80)

Segundo o Manual de Terapêutica Clinica, além do Aciclovir , as drogas Valaciclovir, Faciclovir e Ganciclovir, podem ser recomendadas no tratamento da HSV.

O HSV-2 associado frequentemente à herpes genital, também causa vesículas nas membranas mucosas genitais, também na genitália externa. Um estudo clinico feito por Santos e outros (2010) com um paciente de 28 anos, diagnosticado com aids, apresentava ulceras cutâneas, e após um exame dermatológico se encontrou lesões de aspecto gelatinoso nas bordas com ulceração central de fundo necrótico no escroto e parte interna da coxa direita, úlcera rasa no prepúcio e úlcera com bordas elevadas e fundo esbranquiçado na região posterior da coxa direita, sendo que o resultado foi positivo para HSV-2 nas lesões.

Baseado nos exames foi dado o diagnóstico de herpes simples ulcerado crônico. O paciente foi a óbito 12 dias após a internação e um dia após ser visto pela dermatologia, possivelmente em decorrência de meningite herpética.

A infecção pelo herpes-vírus simples tipo 2 (HSV2), agente etiológico de 60 a 90% dos casos de herpes genital, é bastante comum em pacientes com aids.1 A prevalência da soropositividade para HSV2 na população geral é de aproximadamente 10 a 60%.2 Na população portadora da infecção pelo vírus da imunodeficiência humana tipo 1 (HIV 1), todavia, a coinfecção HSV/HIV ocorre em 50 a 95% dos indivíduos, segundo estudos realizados em diferentes partes do mundo.(SANTOS et al., 2010)

Conclusão

Com base nas pesquisas feitas, pode-se concluir que o vírus da herpes simples (HSV), além de comum entre o homem moderno, se não tratado devidamente, pode acarretar graves problemas. Indivíduos imunossuprimidos tendo uma forma de infecção mais grave, devido sua deficiência no sistema imunológico, e imonocompetentes tendo a infecção não tão severa.

A forma de contagio podendo ser de individuo para individuo, através normalmente de beijo, sendo que o vírus, permanece após a melhora da lesão, em estado latente dentro dos gânglios na proximidade da boca.

Foi concluído também, que estudo clinico com pacientes, apresentaram infecção pelo vírus HSV-1 e HSV-2, por serem imunossuprimidos.

Referências

GREEN, Gopa B.;HARRIS, Ian S.; LIN, Grace A; MOYLAN, Kyle C. Manual de Terapêutica Clínica. 31ª ed. St, Louis, Missouri.

KUMAR, Vinay; ABBAS, Abul K.; FAUSTO, Nelson; MITCHELL, Richard N. Robins Patologia Básica. 8ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.

CLEMENS, Sue A C; FARHAT, Calil K. Soroprevalencia de anticorpos contra vírus herpes simples 1-2 no Brasil. Rio de Janeiro: Revista Saude Pública, 2010.

CONSOLARO, Alberto; CONSOLARO, Maria F M-O. Diagnóstico e tratamento do herpes simples recorrente peribucal e intrabucal na prática ortodôntica