A influencia da bandagem funcional na síndrome do estresse tibial medial em corredores de rua
Por: SonSolimar • 8/1/2018 • 3.471 Palavras (14 Páginas) • 558 Visualizações
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1.1.2 Sintomas
Os sintomas iniciais são dor junto à margem medial no terço médio da tíbia após a prática de exercícios, começando com leve intensidade, evoluindo até o ponto de que impeça o atleta de praticar seus exercícios.
Os mesmos podem ter duração de dias ou até mesmo meses, a dor tem uma prolongação de 4 a 6 cm, que afeta principalmente a margem posterior e interna da tíbia. No geral, nos atletas, os movimentos do pé e tornozelo não provocam dor, porém o alongamento do músculo sóleo e a prática de saltos com uma perna podem desencadear sintomas. (Lima; Mejia, 2012)
Skinner e McMahon (2015) ainda reforçam que a dor ocorre devido á mudança da intensidade do treinamento, tipo de superfície que o indivíduo corre, ou até mesmo a troca do próprio calçado.
1.1.3 Fisiopatologia
Segundo Garrick (2001) é fundamental a compreensão da fisiopatologia das lesões por uso excessivo, para que o atleta possa entender como funciona o mecanismo da lesão.
Apesar de diversos pesquisadores investigarem sobre os grupos musculares relacionados com a SETM, o mecanismo fisiopatológico ainda não está preciso.
A teoria mais recente propõe a inserção fascial do músculo sóleo médio como patologia provável. Essa teoria sustenta que, durante a atividade, o sóleo médio contraia para flexionar a planta e inverter o pé, rompendo as fibras fasciais na inserção muscular no periósteo tibial. A falta de força ou resistência muscular pode resultar em uma fadiga no músculo, e musculatura fadigada, quando é exposta à atividade continuada, certamente sofrerá danos estruturais, na forma de hemorragia ou, de edema localizado (Skinner; McMahon, 2015).
1.1.4 Tratamento
O tratamento da SETM consiste inicialmente em modificar os fatores que agravam o quadro clínico. Se o paciente tem dificuldade para deambular é indicado á utilização de muletas para diminuir a carga na musculatura afetada. As atividades que o paciente não consegue executar sem dor devem ser interrompidas até cessar o quadro álgico. A partir de então a carga de treinamento pode ser aumentada gradativamente dentre 3-6 semanas, desde que o paciente não sinta dor.
Apesar de não existir comprovação da eficácia de cura, existem tratamentos alternativos que podem ser benéficos para o tratamento da SETM, como o alongamento da musculatura afetada, a massagem, a crioterapia, correção do desalinhamento e a bandagem funcional (Skinner; McMahon, 2015).
1.1.5 Bandagem Funcional
Segundo Cohen e Abdalla (2015) o método Kinesio Taping é um tipo de bandagem terapêutica que foi criada pelo quiropraxista japonês Dr. Kenzo Kase, no ano de 1973, inicialmente com intuito de oferecer ao paciente mais um recurso terapêutico que auxiliasse os músculos a buscar o equilíbrio, nos atendimentos realizados por ele.
Prentice (2012) afirma que a bandagem funcional difere da bandagem com esparadrapo pelo motivo de ser elástico e poder ser esticado até 140% em relação ao tamanho original antes de ser aplicado sobre a pele, podendo manter uma tensão constante, diferentemente do esparadrapo que auxilia somente na sustentação. Essa bandagem é considerada terapêutica, pois na medida em que ocorre o movimento ela tem a capacidade de ativar os sistemas neurológico e circulatório.
1.1.6 Princípios básicos da aplicação de kinesio taping
A técnica Kinesio Taping é utilizada por diversos profissionais da área da saúde, cada um com métodos e formas específicas, entretanto para se obter um bom resultado na aplicação, é de fundamental importância que o profissional tenha conhecimentos específicos de anatomia palpatória, anatomia musculoesquelética, controle motor, testes funcionais, força muscular e de amplitude de movimento. Portanto além de todo esse conhecimento ainda é necessário que o profissional aplique a técnica específica para o tipo de disfunção em questão.
A aplicação da bandagem é feita ao longo do músculo. Para a estimulação e suporte é aplicada da origem à inserção, mas se o objetivo é a tonificação da musculatura, o mesmo deve ir da inserção à origem (Cohen; Abdalla, 2015).
1.1.7 Contraindicações e precauções
Cohen e Abdalla (2015) dizem em sua literatura que bandagem não deve ser aplicada em regiões malígnas ativas, feridas abertas, infecções ativas de pele, trombose venosa profunda, sobre celulites, e em pacientes que apresentarem alergia prévia ao latéx. O diabetes, doenças renais, pele frágil, ou em processo de cicatrização necessitam de cuidados quanto á aplicação.
Também se faz necessário discorrer que na aplicação da bandagem, a pele deve estar limpa e sem pêlos para uma melhor aderência (Loureiro, 2012).
1.2 OBJETIVOS
1.2.1 Objetivo geral
Analisar a influência da bandagem funcional aplicada em forma de I, durante a corrida em corredores de rua que apresentam a síndrome do estresse tibial medial.
1.2.2 Objetivos específicos
Verificar a influência da bandagem funcional no músculo tibial medial.
Analisar se a bandagem funcional interfere no desempenho físico dos atletas.
Averiguar se há redução da dor com o uso da bandagem funcional.
2. JUSTIFICATIVA
A corrida de rua é de fácil adaptação para todas as classes sociais o que a torna bem popular além de ser um esporte de baixo custo. Por vezes a inexperiência e a falta de orientação dificulta a melhora do desempenho de seus praticantes ou podem ainda levar a lesões (Goston; Mendes, 2011).
Apesar de todos os efeitos benéficos da prática da corrida, tem-se observado uma elevada incidência de lesões, principalmente em membros inferiores (Prentice, 2002).
Portanto este trabalho se faz necessário porque a bandagem funcional é um método simples que pode proporcionar bem-estar e diminuição do quadro álgico, podendo aumentar a resistência em atletas que buscam melhoria no desempenho físico e que consequentemente pode prevenir lesões (Cohen; abdalla, 2015).
3. FORMULAÇÃO DO PROBLEMA
A bandagem funcional aplicada
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