O AMBIENTE PARA AUXILIAR NO DESENVOLVIMENTO DE CRIANÇAS COM DISLEXIA
Por: Sara • 27/11/2018 • 1.781 Palavras (8 Páginas) • 406 Visualizações
...
Dislexia é um problema neurológico relacionado à linguagem, leitura e escrita. Não há como diagnosticar sem ajuda médica e profissional. Segundo o site NeuroSaber (2016)
O diagnóstico da Dislexia independe de exames neurológicos e de aparelhagens específicas. Costumam nada evidenciar. Por ser uma condição essencialmente clínica que depende de uma avaliação que passa por conhecimento e neurodesenvolvimento, como também da necessidade de exclusão de outras patologias e distúrbios, sua confirmação deve sempre passar por uma ampla avaliação interdisciplinar com a participação integrada de profissionais de saúde, de educação, especializados e dotados de conhecimentos afinados acerca do transtorno, como neuropediatra, neuropsicólogo, fonoaudiólogo, psicopedagogo e equipe educacional.
Cândido (2013, p. 13) informa:
[…] dislexia é um transtorno de aprendizagem que se caracteriza por dificuldades em ler, interpretar e escrever. Sua causa tem sido pesquisada e várias teorias tentam explicar o porquê da dislexia. Há uma forte tendência que relaciona a origem à genética e a neurobiologia
6.1.1 Tratamento
Cândido (2013, p. 17) cita que:
[…] uma criança com dislexia não é portadora de deficiência nem mental, física, auditiva, visual ou múltipla. O disléxico, também, não é uma criança de alto risco. Uma criança não é disléxica porque teve seu desenvolvimento comprometido em decorrência de fatores como gestação inadequada, alimentação imprópria ou nascimento prematuro. A dislexia tem um componente genético, exceto em caso de acidente cérebro vascular (AVC).
Segundo Brandão (2015, p. 12):
“A aprendizagem é um processo mental ativo, tendo em vista, aquisições, por meio das quais a lembrança do conteúdo internalizado e o uso deste conhecimento fazem com que o sujeito possa dominá-lo e manipulá-lo, quando necessário”.
Giroto (2001, p. 50) apud Moura (2013, p. 41) com a devida orientação, o aluno conseguirá ser bem sucedido em classe. O professor pode auxiliar com algumas estratégias para auxiliar o aluno disléxico, abaixo selecionado:
Moojen apud Rotta, classifica a dislexia em três particularidades:
Dislexia fonológica (sublexial ou disfonética): A dificuldade afeta ao operar a rota fonológica durante a leitura e os problemas aparecem com frequência no momento de juntar os sons parciais em uma palavra completa. Essas dificuldades aparecem mais em palavras que não são familiares para esse leitor onde seu maior desempenho ocorre nas palavras já conhecidas a tempo por ele. Devido ao esforço em reconhecer as palavras, para que memorizem as mesmas, são obrigados a repetir os sons para não perdê-los. Consequentemente a concentração máxima dada ao reconhecimento das palavras traz dificuldades em compreender oque acabara de ser lido.
6.2 Inclusão de uma criança com dislexia na escola
É na escola que a dislexia se revela. Pode se mostrar em outros lugares, mas nenhum deles é tanto quanto na escola, onde é necessário realizar leituras, soletração e escrita.
A inclusão do aluno disléxico nas escolas está segura e apontada por leis, a lei 9.394, de 20/12/96 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação), diz: Art. 12 – Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino, terão a incumbência de: I – elaborar e executar sua Proposta Pedagógica. V – prover meios para a recuperação dos alunos de menor rendimento; Art. 23 – A educação básica poderá organizar-se em séries anuais, períodos semestrais, ciclos, alternância regular de períodos de estudos, grupos não seriados, com base na idade, na competência e em outros critérios, ou por forma diversa de organização, sempre que o interesse do processo de aprendizagem assim o recomendar; Art. 24 – V, a) a avaliação continua e cumulativa, com a prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período.
Diante dos múltiplos casos de dislexia, é importante manter as pessos informadas sobre a mesma.
Não é recomendado que crianças com dislexia fiquem em turmas separadas de outras que não portam a doença, pois aprendem umas com as outras.
6.2.1 Métodos utilizados nas escolas
A utilização de jogos pedagógicos em sala de aula pode facilitar a integração do disléxico com os outros alunos.
Sempre elogiar e valorizar os acertos das crianças, assim incentivando a mesma a continuar progredindo.
Prestar atenção em tarefas escritas, como produção de texto ou algo simples como copiar do quadro, pois o ritmo de uma criança com dislexia é mais atrasado do que as demais.
Estimular a criança a usar agenda e outras coisas que a ajudem a lembrar das tarefas.
Os professorem devem explicar os conteúdos de formas claras e objetivas, e verificar se a criança, de fato, compreendeu.
Fazer provas escritas, com questões dissertativas ou explicativas, que podem ser realizadas individualmente, em duplas ou grupos, mas que não tenham consulta a nenhum tipo de material.
Realizar provas orais ou ditados, também sem consulta a nenhum material.
Efetuar atividades práticas, extraclasse, trabalhos de apresentação que envolvam estudo, pesquisa e acima de tudo, criatividade
A criança disléxica deve sentar-se perto do professor, de modo que a mesma possa encorajá-lo a solicitar ajuda. Cada ponto deve ser revisto várias vezes. Nunca comparar seu trabalho escrito com os colegas. Seus conhecimentos devem ser julgados mais pelas respostas orais do que pela escrita o que significa que deverá ser avaliado diariamente. Sempre que possível peça a criança para ela repetir várias vezes com suas próprias palavras, o que a professora pediu para ela fazer, pois isso ajuda na memorização. Ensinar a criança a “sentir” as letras através de diferentes texturas de materiais. Nunca forçar o aluno a aceitar a lição do dia. Evitar submeter o aluno a pressão do tempo ou competição com outras crianças. Estimular a escrever em linhas alternadas, pois ajudará ao professor a ler uma caligrafia imprecisa e frequentemente
...