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INTERVENÇÕES ORIENTADAS E IMPLEMENTADAS PELO ENFERMEIRO AO PACIENTE EM PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA CEREBRAL NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

Por:   •  1/4/2018  •  4.773 Palavras (20 Páginas)  •  547 Visualizações

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Bartholomay et al (2003. Pag. 182) define a parada cardiorrespiratória (PCR) como ausência súbita de ventilação espontânea e pulso em grandes artérias, acompanhados de perda da consciência em um mesmo indivíduo ao mesmo tempo. Esta situação, por envolver a possível perda da vida do paciente, precisa ser prontamente identificada e, prioritariamente, revertida com intervenções sistemáticas com contribuam para a reversão do quadro.

À falta de definição de tarefas entre os profissionais que integram a equipe de atendimento, juntamente com a falta de uma coordenação das atividades e de treinamento específico, ainda falhas no suprimento do material e equipamentos apropriados são deficiências no atendimento de emergência, e essas deficiências podem levar a um atendimento moroso, tumultuado e o insucesso do tratamento pode ser certeiro. (Santiago, 2006 pag. 16),

Devido ao fato de ser o profissional que geralmente identifica esta situação, o enfermeiro e sua equipe possuem papel fundamental no atendimento à PCR. Neste momento é imprescindível a organização, o equilíbrio emocional, o conhecimento teórico-prático da equipe, bem como a correta distribuição das funções por parte destes profissionais, que representam, muitas vezes, a maior parte da equipe nos atendimentos (Rangel E Oliveira, 2010 pag.37).

O enfermeiro e sua equipe também atuam nos cuidados após o retorno da circulação espontânea, fato que consiste em um componente crítico para a vida do paciente devido a probabilidade de morte nas primeiras 24 horas após a PCR (Peberdy et al, 2010, pag.S768)

Em outubro de 2010 a American Heart Association (AHA) publicou as mais recentes diretrizes do Suporte Básico de Vida (SBV) e o Suporte Avançado de Vida em Cardiologia (SAVC), definindo as ações a serem implementadas no atendimento a pacientes em PCR. Observa-se então, que o profissional enfermeiro deve adequar suas ações e da equipe sob sua supervisão, objetivando um atendimento qualificado e plenas condições de recuperação do paciente, além dos cuidados pós-RCP.

As principais modificações das Diretrizes 2010 foram:

- Ênfase nas compressões torácicas para o leigo que testemunha uma parada cardíaca súbita;

- A avaliação da respiração "Ver, ouvir e sentir” foi removida do algoritmo, pois se demonstraram inconsistentes, além de consumir tempo;

- A sequência para atendimento recomendada para um socorrista que atua sozinho foi modificada, agora a recomendação é que ele inicie as compressões torácicas antes da ventilação de resgate;

A ênfase maior das Diretrizes 2010 é a necessidade de uma RCP de alta qualidade, o que inclui:

- Frequência de compressão mínima de 100/minuto (em vez de "aproximadamente" 100/minuto, como era antes).

- Profundidade de compressão mínima de 5 cm em adultos, Retorno total do tórax após cada compressão.

- Minimização das interrupções nas compressões torácicas, evitar excesso de ventilação;

Diante do exposto, há de se questionar: quais as intervenções orientadas e implementadas pelo enfermeiro ao paciente em parada cardiorrespiratória cerebral na unidade de terapia intensiva ? Quais conhecimentos teórico-práticos são necessários aos enfermeiros e sua equipe para o atendimento a um paciente em PCR na UTI? Este conhecimento está atualizado em relação às novas diretrizes da American Heart Association (AHA)?

2. OBJETIVOS

2.1. Geral

- Identificar as intervenções implementadas pelo enfermeiro no atendimento ao paciente em PCR na UTI e as instruções dadas à equipe de enfermagem para este mesmo propósito, correlacionando o conhecimento teórico-prático necessário às novas diretrizes da AHA;

2.2. Especifico

- Identificar as intervenções, descritas pelo enfermeiro, a serem implementadas no atendimento a paciente em PCR na UTI;

- Identificar as instruções dadas pelo enfermeiro à sua equipe para o atendimento de paciente em PCR na UTI;

- Associar as intervenções identificadas e as instruções dadas ao conhecimento teórico-prático necessário ao atendimento a um paciente em PCR na UTI, conforme as novas diretrizes da American Heart Association (AHA);

3. JUSTIFICATIVA

As questões norteadoras neste estudo apontam para a necessidade de sistematização das intervenções implementadas ao paciente em PCR na UTI, especificamente em relação à equipe de enfermagem, além da fundamental atualização profissional.

Sabe-se que devido sua dinâmica de trabalho, a equipe de enfermagem costuma ser a primeira a detectar uma PCR e que, por isso, “cabe ao enfermeiro e à sua equipe assistir os pacientes, oferecendo ventilação e circulação artificiais até a chegada do médico” (Zanini, Nascimento E Barra, 2006. Pag.144). Observa-se então que estes profissionais devem adquirir habilidades que os capacitem a prestar adequadamente a assistência necessária, sabendo que uma intervenção mal feita ou feita tardiamente poderá levar o paciente ter sérios danos cerebrais ou até mesmo o óbito.

Laselva, Moura Jr e Guastelli In: Knobel (2006, pag. 18), afirmam que ao enfermeiro de UTI é imprescindível a fundamentação teórica associada à capacidade de discernimento, tomada de decisão, trabalho em equipe, liderança e responsabilidade. A equipe deve estar bem treinada, preparada para atender ao paciente e a manusear os equipamentos com destreza e segurança para o mesmo e para si próprio.

Finalizando Barbosa e Brasil (2007, pag. 315), esclarecem que aos profissionais que atuam nas UTI’s exigem-se mais treinamentos e interpretação teórica daquilo que é objeto de seu conjunto de atividades, ressaltando que a equipe de enfermagem permanece o maior tempo em contato com o paciente e, na maioria das vezes, é quem detecta a PCR. Desta forma é recomendado que o profissional enfermeiro qualifique a sua equipe na execução das manobras do SBV e do SAVC.

Laselva, Moura Jr e Guastelli In: Knobel (2006, pag. 19), corrobora que, a competição entre treinamento e trabalho é muito discutida na enfermagem, sendo o treinamento não identificado por algumas lideranças assistenciais como parte do trabalho ou ainda encarados como item de menor

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