IMPORTÂNCIA NA DIVERSIFICAÇÃO ALIMENTAR AO LONGO DO 1º ANO DE VIDA
Por: Juliana2017 • 16/2/2018 • 1.851 Palavras (8 Páginas) • 562 Visualizações
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- Sopa de legumes
Os legumes são uma fonte de vitaminas, minerais e fibras, favorecem o peristaltismo intestinal. As primeiras sopas devem ser confecionadas no momento em que vão ser consumidas. Posteriormente poderá ser preparado o suficiente para dois dias e guardar no frigorífico. A consistência deve ser primeiro cremosa passando para grumosa gradualmente. Inicie por um puré de cenoura, abobora, batata ou arroz, introduzindo os legumes um de cada vez progressivamente. No final da cozedura, deve ser adicionada uma colher de chá de azeite.
- Fruta
As frutas são uma fonte de vitaminas e fibras, devendo se dar preferência por frutas preferencialmente frutas frescas a época. Podem ser dadas cruas ou cozidas: maduras, descascadas e bem trituradas. As primeiras frutas a serem fornecidas são: a maçã, pera ou banana.
Os boiões de frutas de fruta cotem muito açúcar, pelo que, o seu uso deve ser evitado.
- Carne
A carne é uma importante fonte de ferro, a sua introdução deve ocorrer por volta dos sete a oito meses. As primeiras carnes devem ser magras e limpas de pele e gordura (frango, coelho e peru). Na primeira semana, apenas cozemos a carne na sopa, para que o lactente se habitue ao sabor. Caso não haja alergias, no final de uma semana, pode se começar a triturar a carne, iniciando com uma dose de 10 gr., até atingir as 30-40 gr. aos doze meses.
- Peixe
A introdução do peixe deve ocorrer a partir dos 9 a 10 meses de idade. As melhores opções serão a pescada, linguado, marmota, solha e a cavala. Aconselhado peixe fresco e apresentado cozido, passado e depois deve ser misturado na sopa. A introdução do peixe deve ser de forma gradual, seguindo o exemplo da carne.
- Ovo
Fornece todos os aminoácidos essenciais. O consumo do ovo deve ser iniciado com ¼ gema, bem cozida, posteriormente, ½ gema, cerca de três a quatro vezes dia. A partir dos 12 meses deverá comer um ovo inteiro. A clara de ovo não deve ser dada antes do 1º ano de vida, de forma a prevenir alergias.
- Iogurte
A partir dos 9 a 10 meses, deverá ser introduzido o iogurte. O iogurte natural é a melhor opção, já que os “iogurtes para bebes” têm grandes quantidades de açúcar.
Após os doze meses de idade, não há restrições alimentares. Outros alimentos que antes eram restritos podem ser gradualmente introduzidos, como por exemplo citrinos, pêssego, morango, kiwi, manga, carne de porco, espinafres e nabo. O lactente deve gradualmente, habituar-se a dieta familiar.
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Desvantagens da diversificação alimentar precoce
A Organização Mundial de Saúde (OMS) e o ministério da Saúde recomendam o aleitamento materno exclusivo nos primeiros quatro - seis meses. A introdução de alimentos complementares antes dos seis meses não é recomendada, podendo, inclusive, haver prejuízos à saúde da criança. Foram realizados vários estudos em diversos países, concluíram que a introdução precoce de alimentos complementares aumenta a morbilidade infantil na área do desenvolvimento, da imunidade e da nutrição.
O consumo precoce de alimentos complementares traz consequências danosas para a saúde da criança, nomeadamente, o aumento do risco de sofrer de doenças infeciosas, como a diarreia. O aleitamento confere proteção contra as infeções gastrointestinais. Dietas complementares inadequadas, são oferecidas sob a forma liquida, através do biberão, como chás, água, etc. Esta prática constitui uma fonte importante de contaminação, uma vez que a higienização do biberão, constitui um problema para as mães (Santos, 2010).
Estudo realizado por Giugliani e Victora (2010), crianças que recebiam alimentos complementares antes dos seis meses, tinham maiores taxas de hospitalização por pneumonia e doenças respiratórias agudas. Antes dos 6 meses existe um Risco aumentado de aspiração, uma vez que a criança não tem o reflexo da deglutição.
A introdução precoce do leite de vaca e de alimentos industrializados ricos em lípidos, açúcar e sal, bem como o consumo inadequado de macronutrientes e baixa ingestão de micronutriente (defesa antioxidante), pode levar ao risco de desenvolver de doenças cardiovasculares. O consumo de leite e vaca é fator de risco para ocorrência de anemia nas crianças (Caetano et al., 2010). Anemia carência ferropénica pode trazer consequências graves no desenvolvimento cognitivo e emocional, comprometendo o seu desempenho.
Outro fator de risco em relação ao consumo de leite de vaca é o aumento da probabilidade de aparecimento de reações alérgicas. Alguns alimentos também podem ser considerados alergénicos como: os ovos, oleaginosas, frutas cítricas e peixes, pelo que a sua introdução não é recomendada antes os nove a doze meses.
Outro aspeto importante diz respeito ao consumo excessivo de proteínas (associado ao consumo de leite de vaca), pode levar ao desenvolvimento e doenças cronicas, tais como a obesidade ou a diabetes tipo I ou II.
Os alimentos sólidos têm, no geral, um teor mais elevado em sódio, pelo que o fornecimento de alimentos com aumento da osmolaridade poderá resultar num maior risco de ocorrência de hipernatrémia.
O risco de desenvolvimento de doença celíaca na oferta de alimentos com glúten na introdução alimentar em bebês menores de três meses ou depois dos sete meses é elevado.
Em suma A introdução precoce de alimentos complementares em lactentes, além de não oferecer vantagens, tem efeitos negativos bem conhecidos, relacionados à morbidade infantil.
Os riscos das práticas inadequadas recorrentes na introdução alimentar precoce ferem diretamente a segurança alimentar e nutricional. A alimentação complementar adequada é fundamental para o crescimento e desenvolvimento da criança. Contudo, muitas crianças ainda recebem a alimentação complementar indevida, pela falta de orientação e informações dos pais, acarretando problemas futuros, dentre os principais a desnutrição, anemia, diarreia,
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