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A VIVÊNCIA DO FAMILIAR CUIDADOR PERANTE OS CUIDADOS DOMICILIARES COM PESSOA PORTADORA DE DOENÇA CRÔNICA NÃO TRANSMISSÍVEL: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Por:   •  16/5/2018  •  4.311 Palavras (18 Páginas)  •  451 Visualizações

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From this study hopefully help / assist the nursing staff and health professionals, guiding and joint promotion for this new adaptation. Within the family context, providing conditions that favor a balance of family, offering a social and professional support to actualize the family as partner and target in patient care, and help them by overloading that are, in most cases, taxes .

Keywords: Disease long stay. Caregiver. Home care. Home care.

INTRODUÇÃO

Este estudo objetivou conhecer a vivência do familiar cuidador perante os cuidados domiciliares com pessoa portadora de doença crônica não transmissível. Trata-se de um Relato de experiência, desenvolvido no Serviço de Assistência Domiciliar da Secretaria de Saúde do município de Bento Gonçalves Em um município da região nordeste do Rio Grande do Sul, desenvolvido com a Enfermeira responsável pelo serviço e seis familiares/cuidadores de pessoas portadoras de doença de longa permanência, onde destes três familiares aceitaram expor seus sentimentos para participar da construção do trabalho.

Suponho que, o fato de incluir o familiar no processo de ter que cuidar da pessoa portadora de doença crônica não transmissível é um dos grandes desafios impostos à enfermagem e que o familiar/cuidador não está preparado ou estruturado para dar continuidade no atendimento do doente em seu domicílio. Suponho também que as limitações impostas pela doença crônica afetam também a família que precisa se adaptar às necessidades do membro doente, já que o doente passa a ser o foco de atenção, tendo assim um ônus físico, psicológico, social e financeiro frente à situação.

Justifico este estudo e considero de relevância e importância devido a questionamentos e inquietações pessoais associadas à minha experiência profissional, bem como na formação acadêmica no cuidado ao doente e na vivência com familiares que se deparam com a problemática de ter que assumir os cuidados intensivos com seu familiar doente crônico não transmissível, emergindo assim o interesse pela realização deste estudo.

Acredito que por meio desta investigação estarei/auxiliando a equipe de enfermagem e profissionais da saúde, na orientação e promoção conjunta para esta nova adaptação dentro do contexto sociedade/família, proporcionando condições que favoreçam um equilíbrio da família, oferecendo um suporte social e profissional, para efetivarem a família como parceira e alvo no cuidado do paciente, e ajudá-los pela sobrecarga a que são, na maioria das vezes, impostos.

Para isso devemos saber mais sobre os seus anseios a fim de que tenhamos condições de fornecer as orientações necessárias para que a própria família do portador de doença crônica não transmissível tenha a capacidade e o conhecimento necessário para dar o suporte que ele necessita. Sendo assim, torna-se necessário conhecer as vivências dos familiares em relação aos cuidados com o dependente crônico para uma melhoria da qualidade do cuidado realizado pelo familiar no que diz respeito à assistência domiciliar.

DESENVOLVIMENTO

1. REFERENCIAL

1.1 DOENÇA CRÔNICA NÃO TRANSMISSÍVEL

Quando um indivíduo é acometido por uma doença de características crônicas, enfrenta alterações no estilo de vida provocadas por certas restrições decorrentes da presença da patologia, principalmente quando se trata de doença crônica. O Ministério da Saúde (MS) define doença crônica como: doença ou sequelas que decorrem de patologias cardiovasculares, respiratórias, geniturinárias, reumatológicas, endocrinológicas, digestivas, neurológicas e psiquiátricas, bem como de outras situações que sejam causa de invalidez precoce ou de significativa redução da esperança de vida (BRASIL, 2008a).

Aponta também o Ministério da Saúde que dentre as doenças crônico-degenerativas as que mais acometem morbimortalidade são as doenças cardiovasculares, câncer, diabetes, doenças respiratórias e neoplasias (BRASIL, 2011b).

Estudo do Ministério da Saúde (2007) aponta queda de 17% nas mortes por doenças crônicas não transmissíveis em 11 anos, entre 1996 e 2007, o que equivale a uma redução média de 1,4% ao ano na taxa de mortalidade. Esse grupo, que representa 67% do total de óbitos no país, inclui as doenças cardiovasculares, as respiratórias crônicas, as neoplasias e o diabetes. Somente em 2007 foram 705,5 mil vítimas dessas doenças. Ao contrário da tendência geral da mortalidade por doenças crônicas, as mortes por diabetes apresentaram aumento de 10% no mesmo período, esses dados fazem parte do Saúde Brasil 2009, publicação anual da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), que neste ano apresenta os temas relacionados aos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio.

No Brasil, a maior redução entre as doenças crônicas foi registrada nas mortes por doenças respiratórias (enfisema pulmonar, doença pulmonar obstrutiva crônica, asma, etc.), o que equivale a uma queda média de 2,8% ao ano na taxa de mortalidade. Segundo a análise, um dos fatores para esse resultado é a diminuição do tabagismo no país. De 1989 a 2009, o percentual de fumantes na população caiu de 35% para 16,2. A partir de 1980 há mudança considerável no perfil da mortalidade no Brasil, com aumento da proporção de óbitos por causas relacionadas a doenças crônicas e degenerativas, em detrimento das causas infecciosas e parasitárias. Hoje as doenças infecciosas e parasitárias representam o oitavo grupo de causas mais importantes no país, com apenas 4,4% dos óbitos (BRASIL, 2010c).

1.2 CUIDADOR FAMILIAR

Os cuidadores familiares desempenham um papel crucial, pois assumem a responsabilidade do cuidar do familiar. A maioria é do sexo feminino, normalmente são as esposas, as filhas ou filhos que desempenham o papel preponderante no resgate do cuidar do seu familiar. Na generalidade tem nível educacional baixo e se situam na idade ativa em faixas etárias próximas das pessoas que cuidam, o que explica o fato de uma grande parte dos cuidadores serem os cônjuges (FRANCO, 2007).

A literatura internacional apresenta quatro fatores presentes na designação da pessoa que assume o cuidado ao familiar dependente: parentesco (cônjuges), gênero (principalmente mulher), proximidade física (vive junto) e proximidade afetiva (conjugais pais e filhos) (CAMARGO 2010).

Quando se fala de cuidador familiar faz se referência a uma pessoa adulta, que realiza

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