Ser humano em relação

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saúde das mulheres em uma tragédia epidêmica. E não há nada de eugenia nesta defesa alimentada por ela, especialmente por ser uma palavra que perturba pelo passado de terror e pelo prenúncio de discriminação injusta.

c. ( ) Debora esclarece que, segundo a OMS, “o nível de alarme é extremamente alto” para os riscos de má-formação no feto causada pelo zika. O conjunto de variações etiológicas do feto é descrito como “microcefalia”, mas estamos diante de um novo quadro clínico ainda a ser descrito.

d. ( ) Para Debora, a epidemia fez crescer o número de crianças com deficiência em regiões pobres do Brasil – por isso, medidas de proteção social que respeitem o novo marco constitucional da pessoa portadora de deficiência devem ser urgentemente adotadas.

e. (x) De acordo com Debora, a melhor solução para reverter os problemas de saúde como este no Brasil é destinar um salário mínimo para as famílias com crianças afetadas pelo zika: um Estado social forte tem o dever de transferir renda para estas famílias.

5. A doutora em microbiologia e coordenadora do curso de Biologia da UnB, Lenise Garcia, afirma que a grávida brasileira vítima de zika não deve ter o direito ao aborto. Marque abaixo apenas a alternativa que não corresponde com as explicações e justificativas da doutora:

a. ( ) Lenise garante que mães e pais de crianças com deficiência passam por momentos duros e difíceis, por grandes desafios, e também por alegrias talvez não percebidas por outros pais, a cada pequeno progresso, a cada passo, a cada vitória diante de um objetivo cotidiano.

b. ( ) Lenise afirma que um dos grandes equívocos nos argumentos para a liberação do aborto é tratar o filho abortado como se ele fosse inexistente, como se fosse possível “cancelar” uma gravidez.

c. (x) Para Lenise, podemos considerar que é diferente quando o aborto é induzido, provocado pela própria mãe ou por sua solicitação. Nesse caso, não há o agravante da culpa, da responsabilidade pela morte do próprio filho.

d. ( ) Lenise esclarece que o argumento da “liberdade de escolha” também é equivocado. À maior interessada, que é a criança, não é dada a liberdade de escolher entre sua vida e sua morte. A vida é o primeiro de todos os direitos, e nenhum outro pode existir sem ele.

e. ( ) Lenise destaca que um aspecto particularmente nefasto do aborto eugênico – aquele que ocorre porque o filho em gestação não é “perfeito” – é a carga de preconceito que o fundamenta. Estaríamos negando a dignidade da vida de crianças deficientes, vistas como alguém que não deveria estar vivo porque representa um peso para sua família e para a sociedade.