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Pedagogia Tradicional e educação física

Por:   •  21/2/2018  •  3.548 Palavras (15 Páginas)  •  401 Visualizações

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sua positivista- seu nome, á lias, é referencia a essa ideologia. Filhos de fazendeiros do café e de intelectuais estudavam lá.

Ao destacar as principais características da concepção tradicional percebemos que ela se encontra cada vez mais presente nas práticas pedagógicas atuais. Apesar de hoje em dia se pregar a importância de evidenciar o conhecimento prévio do aluno, pouco se ver o aproveitamento posterior dessa investigação e, principalmente, a sua correlação com os conteúdos curriculares organizados.

3-CARACTERÍSTICAS GERAIS DA PEDAGOGIA TRADICIONAL

O papel da escola tradicional é justamente fazer com que o aluno cresça pelo próprio mérito a partir do professor que repassa a eles todo o conhecimento obtido pela humanidade, de uma forma extremamente mecânica, fria e crua, e de uma forma generalizadora, na qual as particularidades não eram respeitadas, alunos sempre seriam alunos, independente das especificidades, e o professor seria o dono do saber e do conhecimento, o centro do processo educativo e sendo o responsável pela transmissão dos conteúdos ele deve ser muito bem preparado e desta forma é visto como um “Mestre todo poderoso”, o doutor de toda a sapiência e incontestável, com isso podemos notar que a educação vinha direta de um professor que não se preocupava com aluno e sim com o conhecimento repassado, os alunos menos capazes, deveriam procurar um curso que seria mais profissionalizante, ou seja, um curso de puro ensino sem desenvolvimento humano.

A pedagogia tradicional é marcada por um ensino baseado em verdades impostas, os conteúdos repassados eram basicamente os valores sociais acumulados com o passar dos tempos com o intuito de prepará-los para a vida, e esses conteúdos são determinados pela sociedade e ordenados na legislação independente da experiência do aluno e das realidades sociais, fazendo com que a pedagogia tradicional seja vista como enciclopedista. O ensino independia do aluno, pois este não tinha o poder de contestar e nem de dar a sua opinião, neste caso cabia ao aluno a função da aprendizagem crua e decorativa, e ao professor a função do ensino direto e sem delongas.

Os conteúdos realmente eram bem aplicados aos alunos, a capacidade cognitiva deles era muito apurada, pois eles decoravam todo o conteúdo, porém a parte da inteligência em si era muito fraca, o desenvolvimento dos alunos dependia da vontade própria deles.

O método dos professores, o conteúdo e a avaliação eram todos de poder decisório deles, a explanação oral era à base do compartilhamento de conhecimento, as aulas eram todas preparadas de forma minuciosa, sendo que a explanação e até a analise eram todas feitas pelo professor, direcionando o aluno para onde se queria, dentre as características do método a aplicação de conteúdo repetitivo de forma que aluno decorasse, a falta de dinamismo fazia com que certos alunos aprendessem e outro não, já que a capacidade de aprendizagem varia entre as pessoas, cada um tem sua forma de aprender.

Os métodos dessa tendência baseiam-se na exposição verbal da matéria e/ou demonstração. A ênfase nos exercícios, na repetição de conceitos ou fórmulas na memorização visa disciplinar a mente e formar hábitos. Predomina a autoridade do professor que exige atitude receptiva dos alunos e impede qualquer comunicação entre eles no decorrer da aula. O professor transmite o conteúdo na forma de verdade a ser absorvida; em consequência, a disciplina imposta.

O professor não tinha nenhum relacionamento com o aluno. Era só o transmissor de conhecimento e o aluno o que tinha de aprender estes conhecimentos, a relação é marcada pelo autoritarismo do primeiro em relação ao segundo. Somente o professor possui conhecimento para ensinar, o papel do aluno é o de receber o conhecimento transmitido pelo professor. O silêncio em sala de aula é imposto pela autoridade docente.

Basicamente as atividades físicas praticadas na escola em nada distinguiam da praticada nos quartéis, com ampla utilização dos métodos ginásticos europeus e ênfase acentuada nos exercícios calistênicos (repetitivos, sequenciais, formativos, militarizastes), que objetivavam o desenvolvimento das qualidades físicas essenciais como força, velocidade, agilidade, ritmo, etc. Alguns exemplos desses exercícios são o “polichinelo”, a flexão de braço, o abdominal, o “canguru”. A Pedagogia Tradicional quando lança mão de algum conteúdo que não seja a ginástica formativa militarista, utiliza de desportos tradicionais como o atletismo, a ginástica olímpica, o futebol, voleibol, basquetebol e o handebol.

O professor de Educação Física, então era como um mero transmissor dos conteúdos, em nada faz com que estes sejam motivadores ou despertem o prazer pela prática, o aluno deve apenas reproduzir e executar corretamente os movimentos orientados pelo professor, de maneira passiva e disciplinada, semelhante realmente a um quartel. Tanto que para isso, algumas “vozes de comando” eram utilizadas na Pedagogia Tradicional, como “esquerda ou direita volver” ou “posição de sentido”, etc.

4-CONTEXTO HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO FÍSICA ATÉ A CHEGADA AS ESCOLAS.

4.1-Brasil colônia

A mais antiga notícia sobre a Educação Física em terras brasileiras data o ano de sua descoberta, 1500. Tal fato se deve ao relato de Pero Vaz de Caminha, que em uma de suas cartas, que relatam indígenas dançando, saltando, girando e se alegrando ao som de uma gaita tocada por um português (Ramos, 1982). Segundo Ramos (1982), esta foi certamente a primeira aula de ginástica e recreação relatada no Brasil.

De modo geral, sabe-se que as atividades físicas realizadas pelos indígenas no período do Brasil colônia, estavam relacionadas a aspectos da cultura primitiva. Tendo como características elementos de cunho natural (como brincadeiras, caça, pesca, nado e locomoção), utilitário (como o aprimoramento das atividades de caça, agrícolas, etc.), guerreiras (proteção de suas terras); recreativo e religioso (como as danças, agradecimentos aos deuses, festas, encenações, etc.) (Gutierrez, 1972).

Posteriormente, ainda no período colonial, criada na senzala, sobretudo no Rio de Janeiro e na Bahia, surge a capoeira, atividade ríspida, criativa e rítmica que era praticada pelos escravos (Ramos, 1982). Desta forma, podemos destacar que no Brasil colônia, as atividades físicas realizadas pelos indígenas e escravos, representaram os primeiros elementos da Educação Física no Brasil.

4.2-Pós Brasil Colônia

O início do desenvolvimento cultural da Educação

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