Importância da Educação Fisica

...

Isso vem a ser confirmado por Brasil (1997, p. 19) quando afirma que: “No século passado, a Educação Física esteve estreitamente vinculada às instituições militares e à classe médica”.

Mas com o passar dos tempos a Educação Física passou a ser integrante do currículo escolar. O enfoque da Educação Física deixou de ser a preparação militar e passou a ser o desenvolvimento psicomotor do aluno, tirando da escola a função de preparação para o esporte de alto rendimento.

O educando deixou de ser visto em partes segmentadas, e passou a ser visto como um ser único e indivisível, onde corpo e mente são apenas um.

Isso vem a ser confirmado por Brasil (1997, p. 21) quando afirma que: “No primeiro aspecto, se ampliou a visão de uma área biológica, reavaliaram-se e enfatizaram-se as dimensões psicológicas, sociais, cognitivas e afetivas, concebendo o aluno como ser humano integral”.

Na Educação Infantil, o profissional deve primeiro conhecer a criança, deve saber que será necessário trabalhar com os três domínios de comportamento em conjunto. Deverá saber que: quando se fala em domínio motor, fala-se de corpo-movimento. Quando se fala em domínio cognitivo, se trata de cabeça-raciocínio, ato de pensar. E quando se fala de domínio afetivo, se trata de coração-afetividade, emoções. Tendo conhecimento desses domínios será possível trabalhar com a criança como um ser único e indivisível.

Segundo Brasil (1996, p. 12) “A Educação Infantil é a primeira etapa da Educação básica e tem por finalidade o desenvolvimento integral da criança em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, essa etapa vai até os 5 anos de idade”.

Piccolo e Moreira (2012 PAG: ?), também afirmam que a Educação Infantil, primeira etapa da Educação Básica, tem como finalidade proporcionar o desenvolvimento integral da criança em todos os seus aspectos, físico, intelectual, linguístico, afetivo e social. COMENTAR A CITAÇÃO

Já Friedmann (2012, p. 44) afirma que:

As crianças são seres integrais, embora não seja dessa forma que elas têm sido consideradas na maior parte das escolas, uma vez que as atividades propostas são estruturadas de modo compartimentado: há uma hora determinada para trabalhar a coordenação motora, outra para as expressões plásticas, outra para o corpo, outra para desenvolver o raciocínio, outra para a linguagem, outra para brincar sob a orientação do educador, outra para a brincadeira não direcionada, e assim por diante. Essa segmentação não vai ao encontro da formação da personalidade integral das crianças nem de suas necessidades. Os indivíduos precisam construir sua própria personalidade e inteligência. Tanto o conhecimento quanto o senso moral são elaborados pelas crianças em interação com o meio físico e social, passando por um processo de desenvolvimento.

A Educação Infantil deve propiciar um desenvolvimento integral e dinâmico a todos os educandos, respeitando suas diferenças.

Segundo Brasil (1998, p. 29)

Os conteúdos deverão priorizar o desenvolvimento das capacidades expressivas e instrumentais do movimento, possibilitando a apropriação corporal pelas crianças de forma que possam agir com cada vez mais intencionalidade.

É importante que os conteúdos correspondam aos conhecimentos gerais das crianças, a seus interesses e necessidades, além de desafiar sua inteligência. Esses conteúdos devem ser organizado num processo contínuo e integrado que envolva múltiplas experiências corporais, possíveis de serem realizadas pela criança sozinha ou em situações de interação com os colegas.

Segundo Piccolo e Moreira (2012, p. 16):

Uma das tarefas da Educação Infantil é propiciar às crianças diferentes formas de manifestar seu conhecimento, estimulando todas as possibilidades de elas expressarem sua criatividade, sejam elas por gestos, pela fala ou, ainda, por desenhos, pintura e escultura.

Sendo assim a escola que trabalha com a Educação Infantil deve promover sempre novas experiências nas aulas de Educação Física, Artes, Danças e Músicas, aproximando a criança de suas possibilidades de criação.

Piccolo e Moreira (2012, p. 36) afirmam que: “Na Educação Infantil, as atividades devem ser aplicadas com a única finalidade de promover o desenvolvimento global da criança, sem que o aspecto competitivo tenha espaço”.

No trabalho realizado com a Educação Infantil, deve-se ter o cuidado de proporcionar aos educandos a maior variedade de atividades que for possível. Devem ser atividades que estimulem a construção do conhecimento.

Nessa fase, a criança deve explorar o espaço ao seu redor e precisa se movimentar. É muito importante que a criança possa vivenciar diferentes sensações provocadas por experimentar novos movimentos. A interação com o meio e com as pessoas é de fundamental importância para o desenvolvimento dos educandos.

Sánchez, Martínez e Peñalver (2003, p. 43) afirmam que: “O meio e o mundo das pessoas em que a criança vive têm papel preponderante em seu desenvolvimento”. Isso ressalta o papel da escola e professores como incentivadores do desenvolvimento das crianças.

Para Piccolo e Moreira (2012, p. 38) “Conforme as experiências vividas pela criança, o seu esquema vai sendo construído e se torna o elemento básico da formação de sua personalidade”. Por isso é tão importante proporcionar às crianças experiências que ajudem na construção de sua personalidade, trabalhando seus pontos fortes e respeitando seus limites.

É através da troca de experiências e do contato com o meio e com outras pessoas que a criança percebe a si mesma e aos outros ao seu redor. Sendo assim, as relações com os demais estão ligadas à atividade motora da criança, facilitando assim no reconhecimento do mundo dos objetos e dos demais.

É a partir das interações que a criança faz com outras crianças na pré-escola, com os professores e com seus familiares, que ela constrói seu conhecimento nas diferentes dimensões.

Sánchez, Martínez e Peñalver (2003 PAG. E ASPAS) afirmam que a escola deve criar um clima de acolhimento e de segurança, principalmente na etapa da educação infantil. Mas para que isso ocorra é necessário que os profissionais que nela trabalham sejam receptivos ao momento maturativo e psicoafetivo da criança, essa capacidade de acolhimento requer uma formação que