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Deficientes na Educação Física

Por:   •  20/11/2018  •  2.908 Palavras (12 Páginas)  •  281 Visualizações

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A dança como conteúdo na educação física escolar. Apesar da literatura e diversos estudos apontarem os benefícios da dança como conteúdo da Educação Física escolar, observa-se certo distanciamento entre a teoria e prática neste âmbito.

A literatura aponta diversos fatores decorrentes às dificuldades encontradas pelos professores de educação física para trabalhar tal conteúdo. Nesse tópico serão apontados estudos que relatam sobre as dificuldades dos professores na abordagem desse conteúdo durante as aulas de Educação Física. Um desses fatores que diversas literaturas apontam são os próprios professores que não se sentem preparados para o ensino do conteúdo da dança nas aulas de Educação Física. A partir de uma pesquisa de Rocha e Rodrigues (2007), com a participação de 11 professores de Educação Física da cidade de Barueri/SP, de ambos os sexos, analisaram o conteúdo da dança durante as aulas. De acordo com o estudo, os professores demonstram insegurança quando realizam trabalhos relacionados à dança e que apenas trabalham com esse conteúdo quando se trata de datas comemorativas, eventos, entre outros semelhantes (VAZ, BRITO e VIANNA ,2010). Vaz,Brito e Vianna (2010) ressaltam que Rocha e Rodrigues (2007) também observam que a dança é pouco efetiva nas aulas, pois os professores ainda estão ligados ao preconceito quando se trata da dança no contexto escolar e assim, distanciam os alunos da vivencia que possam ter com atividades de dança e dos ganhos que a mesma proporciona, tais como melhorias proporcionadas com o desenvolvimento corporal dos alunos, desenvolvimento da criatividade, imaginação, diversão, coordenação, capacidade motora, entre outros. Em seu estudo Manfio & Paim (2008) apresentam uma resposta dos professores sobre essas dificuldades enfrentadas para trabalhar tal conteúdo. (Marques, 1999 apud. Manfio & Paim, 2008) diz que o ensino superior não prepara os professores e assim, não se sentem seguros quando precisam trabalhar algum conteúdo que não tenham muita vivencia e afinidade com a modalidade. Marques (2007) ressalta que a maioria dos professores não sabem porque ensinar dança na escola e nem como ensinar, graças a sua falta de vivencia, por não ter afinidade com esse conteúdo ou por não ter sido preparado durante seu ensino superior. Entretanto, poderão se propiciar de metodologias não-diretivas, para que os alunos desenvolvam a expressão corporal, criatividade e autonomia, e a partir dessas manifestações, se beneficiarem do que a dança pode proporcionar a fim de que possam a partir da vivência desta manifestação compreender e ampliar seus conhecimentos sobre a realidade em que estão inseridos (FERNANDES, ROCHA & ALCADES, 2011).

Proposta pedagógica para a dança nas aulas de Educação Física

A partir de alguns fatores que limitam o conteúdo da dança será apresentada uma proposta pedagógica caracterizada pela flexibilização dos movimentos corporais, possibilitando o ensino através de atividades lúdicas, sem grande complexidade, não necessitando de movimentos técnicos da dança. Além disso, essas atividades devem ser desenvolvidas de forma criativa pelo professor estabelecendo relações entre o universo imaginário das crianças e os movimentos corporais utilizados na dança, a partir das características e necessidades dos alunos a partir do estágio de desenvolvimento motor na qual estes se encontram. Pretende-se desenvolver atividades com baixa complexidade na questão corporal, com o professor atuando como “animador”, sem a necessidade de experiência efetiva na dança, possibilitando a aproximação com esse conteúdo, minimizando algumas dificuldades citadas anteriormente como a técnica especifica da dança, o preconceito e falta de infra-estrutura.

A dança sempre esteve presente na história da humanidade, trazendo benefícios tanto para o corpo, ajudando no equilíbrio, coordenação, ritmo, entre outros, ela também proporciona momentos prazerosos tanto para os que praticam quanto para os que apreciam. Porém, mesmo com tantos benefícios, muitos são os obstáculos e dificuldades encontradas para trabalhar a dança no âmbito escolar durante as aulas de Educação Física, tais como: preconceito dos alunos, despreparo e falta de vivência dos professores, falta de materiais ou espaço adequado, entre outros que não foram citados nesse estudo mas que podem ser observados. Diante dessas dificuldades, foi apresentada algumas características inseridas em uma proposta pedagógica de ensino da dança e demonstrado uma atividade como possibilidade de desenvolvimento deste conteúdo na Educação Física Escolar, com intuito de minimizar possíveis barreiras em relação a dança, e também para que os alunos possam vivenciar esse conteúdo que proporciona diversos benefícios e que também pode ser bastante prazeroso. Conforme dito, parte da prerrogativa de que o professor não precisa possuir grande experiência ou vivência nesse conteúdo, mas acima de tudo necessita ser criativo na elaboração das atividades.

2.2 Produção de texto 2: Alunos com Síndrome de Down nas aulas de Educação Física

Esta pesquisa tem uma abordagem histórico-cultural a respeito das pessoas com Síndrome de Down (SD), um acidente genético que afeta a qualidade de vida, mas não anula o sujeito. Há aqui a descrição de um trabalho de Educação Física feito junto a treze crianças na Associação Dom Tiago Cloin de Ibotirama Bahia. Um dos discursos recorrentes no meio educacional consiste na educação inclusiva, que é a oferta de oportunidades a todas as pessoas, inclusive as que possuem necessidades educativas especiais, na rede regular de ensino. Entretanto, sabe-se que currículos, programas, estruturas e formações profissionais não têm se adequado à nova exigência, de modo que as escolas precisam, progressivamente, desenvolver projetos que ofereçam às pessoas com deficiência as oportunidades necessárias ao seu desenvolvimento.

Não é apenas uma exigência legal, mas uma questão humanitária, porque todas as pessoas tanto pela democracia quanto pelo espírito de solidariedade, gozam do direito de uma formação adequada para a vida. Há muitas barreiras a serem rompidas, agrupadas em dois tipos: as barreiras estruturais, que correspondem aos recursos para o bem-estar do estudante com a síndrome; e as barreiras atitudinais, ainda mais graves.

Segundo dados do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Ibotirama - Bahia citado pela professora Maria Esteilda diretora da Associação o preconceito tem ocorrido em grandes percentuais justamente naqueles locais em que a criança deveria receber mais acolhida

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