Como circula a Materia nos Ecossistemas
Por: Hugo.bassi • 3/3/2018 • 1.907 Palavras (8 Páginas) • 312 Visualizações
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que atualmente faz parte de algumas rochas sedimentares (por exemplo: carvões e petróleo).
A circulação do oxigénio está, também, relacionada com o ciclo da água, uma vez que o oxigénio libertado durante a fotossíntese provém da molécula de água.
Como circula o nitrogénio no sistema Terra?
De entre as substâncias que constituem os seres vivos, para além da água, destacam-se as proteínas. Estas são compostos químicos constituídos por carbono, hidrogénio, oxigénio e nitrogénio.
O nitrogénio existe livre na atmosfera sob a forma gasosa, constituindo cerca de 70% do ar atmosférico. No entanto, a maior parte dos seres vivos não o consegue utilizar diretamente. Assim, o nitrogénio atmosférico é introduzido nas plantas sob a forma de nitratos, produzidos por ação de bactérias nitrificantes que captam o nitrogénio do ar atmosférico. Estes nitratos são utilizados pelas plantas na síntese das proteínas.
Por sua vez, os consumidores obtêm o nitrogénio através das proteínas que as plantas produziram.
Quando os seres vivos morrem, são decompostos por bactérias em húmus (matéria orgânica do solo) que, por sua vez, é transformado em nitratos por outro tipo de bactérias.
Outro processo de fixação do nitrogénio atmosférico resulta da ação de descargas elétricas e de outras radiações solares que transformam este gás em nitratos, os quais são, posteriormente, arrastados para o solo por ação das águas da chuva.
Equilíbrio dinâmico dos ecossistemas e sustentabilidade do planeta Terra
Em qualquer ecossistema, seja um lago, uma floresta, um tronco ou um muro velho, é importante ter em conta que as comunidades existentes num dado momento não são as mesmas ao longo do tempo. Podem ocorrer mudanças nas espécies que habitam, acompanhadas pelo aparecimento de novas espécies e pelo desaparecimento de outras, estando, por isso, os ecossistemas na procura de um equilíbrio dinâmico.
Como evolui uma comunidade ao longo do tempo?
As alterações que ocorrem nos ecossistemas são provocadas pela modificação dos fatores bióticos e dos fatores abióticos. Estas alterações impõem mudanças nas condições do habitat e nas comunidades, provocadas por fenómenos naturais, como as erupções vulcânicas, as secas ou as inundações, ou pela ação do Homem (desflorestação, incêndios, poluição, entre outros).
A sequência de comunidades que se vão substituindo umas às outras, ao longo do tempo e numa determinada área, é determinada por um processo designado por sucessão ecológica.
Uma sucessão ecológica diz-se primária, quando ocorre uma ocupação lenta por seres vivos num local anteriormente desprovido de organismos, tal como uma ilha recém-formada, uma camada de areia ou uma rocha nua.
Numa sucessão ecológica, as primeiras espécies a desenvolverem-se designam-se por espécies pioneiras. Estas espécies são pouco exigentes, em termos nutricionais, resistindo à falta de água, à escassez de matéria orgânica e à aridez do clima. Os líquenes são, normalmente, as espécies pioneiras.
Posteriormente surgem outras espécies, como os musgos, as gramíneas e os insetos, que no conjunto constituem a comunidade pioneira. No decorrer da evolução destes ecossistemas vai-se desenvolvendo uma vegetação arbustiva e com um número cada vez maior de espécies, dando origem às comunidades intermédias.
Ao longo do tempo, vão-se criando condições para a instalação de espécies diversificadas e mais exigentes, aumentando, assim, a biodiversidade e a biomassa desse ecossistema.
Na fase final de uma sucessão ecológica a comunidade procura estar em equilíbrio com o ambiente, designando-se de comunidade clímax. Esta comunidade caracteriza-se por um elevado número de espécies animais e vegetais e apresenta uma grande biomassa.
Na Natureza, desenvolvem-se, também, sucessões ecológicas secundárias. Estas ocorrem em habitats já existentes e que já estiveram colonizados por seres vivos. As causas do aparecimento de uma sucessão ecológica secundária podem ser naturais, como acontece no caso dos ciclones ou das inundações. Podem, também, resultar da ação do Homem, como a desflorestação ou o abandono de campos de cultivo, desvio de leito de rios, incêndios florestais, entre outros.
O desenvolvimento das sucessões ecológicas secundárias é muito mais rápido do que aquele que ocorre numa sucessão ecológica primária, dado que o solo já se encontra formado. Nele se encontram rizomas, sementes, esporos, ovos de diferentes espécies, isto é, elementos de seres vivos já adaptados a este local.
Podemos encontrar sucessões ecológicas secundárias em áreas urbanas, que podem resultar do abandono de terrenos, de velhas linhas de caminhos de ferro desativadas, entre outras. Em menor escala podem ocorrer em fendas entre os pavimentos, em muros velhos ou em telhados.
A ordem através do qual, numa sucessão secundária, as populações são substituídas por outras até se atingir a comunidade clímax é previsível, dependendo preferencialmente do tipo de solo e do clima.
Numa primeira fase instalam-se seres vivos mais simples (plantas de pequeno porte, insetos, minhocas, roedores, etc) que modificam o solo, aumentando a sua espessura e a quantidade de matéria orgânica disponível, tornando-o favorável à introdução de espécies mais exigentes.
Com o passar dos anos, o desenrolar deste processo, conduz à comunidade clímax. Ao longo desta sucessão ecológica, a biomassa das plantas aumenta, dado que as plantas se tornam mais altas e começam a exercer uma maior influência no microclima. Com a evolução das plantas, aumenta a biodiversidade por diversificam-se os habitats disponíveis.
O equilíbrio natural dos ecossistemas considera-se dinâmico, já que está constantemente a modificar-se e a adaptar-se a novas situações, na dependência dos seres vivos que morrem, dos que nascem, das quantidades de matéria disponível e das condições climáticas.
Conceitos-chave:
Comunidade clímax- comunidade que se encontra em equilíbrio com o ambiente e que se instala na fase final de uma sucessão ecológica.
Decompositores- seres vivos que transformam a matéria orgânica contida nos cadáveres, excrementos, restos vegetais em matéria inorgânica
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