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Resumo Teoria das Relações Internacionais

Por:   •  26/12/2017  •  2.085 Palavras (9 Páginas)  •  462 Visualizações

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Entre o término da Conferência de Paz e a ascensão de Adolf Hitler ao governo alemão, as relações intereuropéias passaram por 3 fases curtas: (a) os problemas europeus entre 1920 e 1924 revelaram o que se previa- que as decisões de Versalhes dificilmente serviriam de base para orientar a conduta dos Estados; (b) o entendimento franco-alemão, entre 1925 e 1929 abriria ,contudo, novas perspectivas de atuação para a Sociedade das Nações e para a aplicação do princípio da segurança coletiva; (c) a crise de 1929 poria fim a esse intermezzo de harmonia, trazendo de volta os problemas internacionais da primeira fase e acrescentando-lhes os da depressão econômica do capitalismo.

Versalhes não fixara a soma definitiva das reparações de guerra, mas a Alemanha pagaria, até 1921, 20 bilhões de marcos-ouro. Após negociações tensas, em 1921, a soma definitiva foi estipulada em 132 bilhões de marcos-ouro e a Alemanha começou a desembolsar as anuidades, calculadas tendo em conta a evolução das exportações.

O pacto da Sociedade das Nações nasceu de uma idéia remota de solução pacífica de controvérsias e de cooperação internacional, porém vingou ao ser incluído nos 14 pontos e ao ser firmado, a 28 de abril de 1919, como anexo aos tratados de paz. Instalou-se em Genebra, em 1920, enfraquecida, em razão da recusa, do Senado americano de ratificar os tratados, por tornar-se uma sociedade propriamente européia e por não incluir três grandes potências da época: EUA, URSS, Alemanha.

Uma tentativa de regulamentar a segurança coletiva malogrou em 1924, com o denominado Protocolo de Genebra: a assembléia aprovou o arbitramento obrigatório, ligado à segurança e ao desarmamento, convocou uma conferência de desarmamento que não se realizou e o protocolo foi abandonado.

Na conferencia de Versalhes, haviam-se confrontado duas concepções de relações internacionais: de vertente francesa que se opunha às as relações intereuropeias em 1924, a concepção wilsoniana de diplomacia aberta, na qual os acordos deveriam ser publicamente negociados. Nesse contexto de mudança , em que o entendimento franco-alemão seria crucial, a Sociedade das Nações teve chances de atuar.

As condições que imprimiam novo rumo às relações internacionais por volta de 1924-1925 eram européias e mundiais: o pacifismo da opinião pública; a mudança das equipes com a ascensão de governos de esquerda na França e na Inglaterra; o reconhecimento da União Soviética e sua entrada na Sociedade das Nações; a política de distensão de Stalin; e o retorno dos EUA às mesas de negociação, com dólar na mão.

A partir das decisões da Conferencia de Paz, formaram-se dois grupos de países na Europa continental, os países satisfeitos com as decisões (França, Tchecoslováquia ,Lugoslávia, Romênia e Polônia) e ao dos países insatisfeitos (Alemanha, Áustria, Hungria, Bulgária, Turquia e Itália), que acenavam desde logo para a revisão das fronteiras.

Com efeito, confiantes em sua reconstrução, os EUA, estavam investindo volumosos capitais na economia alemãTodos os fatores de distensão política e a nova ordem econômica da segunda metade dos anos 1920 naufragaram e se mantiveram inertes por 15 anos com a tempestade que varreu a Europa, vinda do outro lado do Atlântico: a crise de 1929 e a depressão do capitalismo.

Consequências da crise econômica: 1924-1932

Produziu efeitos nacionais, queda dos preços,da produção industrial,do comércio internacional, das reservas monetárias e do emprego.O capitalismo desmoronou: individualismo, livre iniciativa e mercado cedem o passo ao nacionalismo econômico, ao protecionismo alfandegário e à autarcia política. Político: descrença nas instituições liberais, e aumento do egoísmo nacional. Afetou as relações internacionais de duas formas: pela indiferença e hostilidade diante da cooperação e pela prática generalizada de adotar soluções nacionais para problemas internacionais. O agravamento desses efeitos provém de três países importantes: Alemanha, Itália, e Japão, sendo os dois primeiros influenciados pelo fascismo e ambos influenciados pelo nacionalismo.

Os primeiros malogros internacionais resultantes da crise sucederam-se em cadeia:

Em Genebra, o plano de federação levado por Briand foi abandonado em 1930.Tentativa malograda de Anschluss em 1931 (Alemanha e Áutria).Alemanha suspende pagamento das reparações em 1931, após a entrada do plano Young. Malogro da Conferência Econômica Internacional de Londres (1933).Malogro da Conferência do Desarmamento aberta em Genebra (1932).Entre a Conferência de Paz e os malogros da Conferência Econômica Internacional de Londres (1933) e da Conferência do Desarmamento aberta em Genebra (1932), EUA, URSS e Japão (as três novas potências) moviam-se por interesses internacionais diferentes que movimentavam os europeus.

A política externa dos EUA elegeu por objetivo assegurar a supremacia do país sobre o resto do mundo, permanecendo sua estratégia de fechar seu mercado e abrir mercado de outros países. Em 1922 a lei do comércio elevou tarifas alfandegárias e etc. Com poder de investimento os Estados Unidos com a política da boa vizinhança, assentavam sua base continental na América –Latina. A América Latina era forte na Sociedade das Nações, porém ampliou relações com Estados Unidos. Apesar do desempenho no crescimento econômico, o caráter dependente do desenvolvimento da América Latina persistia no período.

1933- 1939 ( Adolf Hitler assume o poder)

A ascensão de Adolf Hitler ao governo alemão, em janeiro de 1933, não foi percebida pelos outros Estados como um “ turning point” das relações internacionais, no entanto o era.Racista e doutrinário, Hitler pretendia purificar as zonas de judeus e bolchevistas.

As ditaduras nacionais dominavam a Europa Central e a Europa Oriental. Em 1939 a Europa democrática era minoria. Hitler, Mussolini e Stalin, por exemplo, recorriam intensamente à propaganda de Estado, sobretudo para construir a imagem do outro.

Os projetos das ditaduras de 1934 -1935 compreendiam as seguintes dimensões: rearmamento alemão. Mussolini hesitava entre a expansão danubiana às expensas da Alemanha, com estímulos das democracias, e a expansão mediterrânea às expensas da França e da Inglaterra, com os estímulos de Hitler. Revitalização da tendência adormecida de expansão japonesa, às expensas da China.

Diante de planos concretos de dominação e do aumento das tensões mundiais, os ocidentais recusavam-se a

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