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Recensão Crítica ao research article: “A Typology of Voters: Creating Voters’ Profiles via Clustering”

Por:   •  13/5/2018  •  1.288 Palavras (6 Páginas)  •  409 Visualizações

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Com essa pesquisa foi possível analisar uma das possíveis explicações para entender o a mudança e o comportamento eleitoral na Grécia, podendo vir servir de exemplo para os outros países da Europa, senão do mundo.

A criação desse perfil de eleitor na Grécia, revela dados importantes sobre a sociedade e mesmo sobre a qualidade da democracia, que pode estar em perigo, devido a descrença por parte da população em torno dessa realidade.

O conteúdo cientifico somado a uma elaborada pesquisa de inquérito com 1.103 pessoas é um trabalho árduo que foi finalizado com grande complexidade, e que deve, sim, ser valorizado.

Todavia, podem surgir novos fatores que não foram abordados pelos autores, e como eles próprios admitem, as variáveis podem ser tantas que seria muito cansativo e complexo de se analisar.

Muito fatores podiam ser analisados e os autores abordam aqueles que mais estão em contacto com o grupo de eleitores, deixando assim a pesquisa mais palpável e em termos mais prático e “visíveis”. Sendo assim, existem dois fatores que podiam ser estudados, e talvez viessem a surtir grande efeito na pesquisa. O primeiro diz respeito a nova formação dos partidos políticos e como eles são classificados pelos cientistas políticos, os “partidos catch-all”. O segundo, diz respeito a algo muito subtil, pouco percebido, mas que molda o pensamento, e talvez seja o maior influenciador da opinião pública e do comportamento eleitoral, o poder mediático.

O primeiro fator é referente ao novo modelo de partido surgido como um produto da segunda guerra, tendo iniciado seu percurso em 1945. Mesmo após mais de 50 anos, cientistas políticos constatam que ele continuava nos sistemas políticos ocidentais. Esse tipo de partido é considerado uma organização interclassista e pragmática, identificável pelos seus programas vagos e genéricos e por uma escassa disciplina.

Esse modelo de partido, surge logo após às grandes conquistas dos partidos de massas, com a aquisição de direitos e liberdades políticas, bem como aos grandes conflitos políticos, feitos nos parlamentos e pela população civil. É considerado um partido sem lutas, sem grandes conflitos, que apenas deseja se manter no poder, e sua única luta é a manutenção desse poder.

Vários cientistas políticos analisam esse fenômeno como um aburguesamento da sociedade, que já não existe grandes luta para ser combatida. O estado de providência, ou seja, o welfare state, supriu a necessidade confronto. Dessa forma as pessoas estão confortáveis e acomodados com suas posições. Esse grande cenário cria o afastamento político delas, abrindo margem de manobra para que os partidos façam o que quiserem.

O segundo ponto que podia ser abordado, o poder mediático. Chamado de quarto poder, e talvez o maior influenciador dos outros três, tem como uma das suas características principais a subtileza, ou seja, funciona de forma muito suave, porém eficaz. O eleitor, que convive com os veículos mediáticos a todo instante, pode acabar por receber notícias e, principalmente, informações de estejam de certa forma manipulada, e consequentemente, acabam por alienar o grupo de eleitores menos informado.

Num panorama geral, o trabalho elaborado por Evangelia N. Markaki e Theodore Chadjipantelis vem nos mostrar os principais fatores que devemos prestar mais atenção na hora de formar opiniões. As ideologias, das mais diversas, o ambiente familiar, o círculo de amigos e muitos outros fatores irão influenciar na hora do voto. Mas não só.

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