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A INFLUÊNCIA DOS MODELOS MENTAIS DOS EMPREENDEDORES NO DESEMPENHO DE SUAS ORGANIZAÇÕES

Por:   •  30/7/2018  •  8.708 Palavras (35 Páginas)  •  329 Visualizações

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is central to understanding the performance of companies and

their strategies. However, organizations are also exposed to internal influences. Among them,

there is the interference of mental models of entrepreneurs as a driving guide to organizational

performance. The mental models help in building the power to facilitate the dynamics of

strategic change and innovation in enterprises (LE BOTERF, 2003). Moreover, what are the

basic characteristics of mental models of entrepreneurs, contributing to better organizational

performance? Based on this research question, this theoretical essay discusses the mental

models of entrepreneurs and their influence on business performance, resulting in a set of

propositions that seek to better understand the difference in the level of organizational

performance, especially in micro, small and medium enterprises. It was identified that the

knowledge, skills emotional, mental and strategic, the ability of leadership, communication

and relationships, the involvement of family and culture and creativity and vocation to

undertake are intrinsic elements to the mental models of entrepreneurs. Part of the difference

in performance between organizations can be credited to these different elements, which form

the mental models of entrepreneurs.

Key words: Entrepreneurship. Mental Models. Organizational Performance.

A INFLUÊNCIA DOS MODELOS MENTAIS DOS EMPREENDEDORES

NO DESEMPENHO DE SUAS ORGANIZAÇÕES

1 INTRODUÇÃO

Os fatores que influenciam positivamente o desempenho das organizações têm sido

exaustivamente estudados como forma de se adquirir um relativo controle sobre as variáveis

capazes de conduzir as organizações a uma melhor performance, tendo em vista um mercado

cada vez mais complexo e competitivo.

Há uma grande discussão na literatura, que indica dois direcionamentos básicos para

explicar o desempenho organizacional. Primeiro, a influência dos fatores externos à

organização, ou seja, uma perspectiva “de fora para dentro” e, segundo, a influência dos

fatores internos, ou seja, uma perspectiva “de dentro para fora”. A abordagem de “fora para

dentro” tem em Porter (1995) um de seus principais defensores, sendo que esta abordagem

prioriza a análise do mercado, a identificação de oportunidades externas, considerando a

Gestão.Org Revista Eletrônica de Gestão Organizacional – 8 (3): 355 - 381 Set/Dez 2010

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rentabilidade como resultado da ação de cinco forças competitivas (poder de negociação dos

compradores, ameaça de produtos e/ou serviços substitutos, poder de negociação dos

fornecedores, ameaça de novos entrantes e rivalidade entre as empresas existentes, a

concorrência) sobre o negócio. Consoante isso, o hábito, a curiosidade e o empenho do

empreendedor em estar em dia com o maior número possível de informações dessa natureza

podem estar intimamente relacionados ao sucesso de sua empresa. A abordagem de “dentro

para fora”, por sua vez, tem como defensores Hamel e Prahalad (1995), que afirmam que o

desempenho das organizações é mais fortemente influenciado pela combinação inteligente de

competências e de recursos do que pelas condições ambientais. Assim, as competências

essenciais (core competences) são recursos intangíveis difíceis de imitar e que são capazes de

oferecer valor aos clientes.

A partir dessas duas perspectivas, ou abordagens, estudos de McGahan e Porter (apud

BESANKO et al., 2006) sugerem que os efeitos do ambiente são responsáveis por cerca de

18% da variação nos lucros entre as empresas, enquanto que a posição competitiva é

responsável por cerca de 32% da variação nos lucros. No Brasil, estudos realizados por Mello

e Marcon (2004) indicam que 10% do desempenho das empresas pode ser explicado devido

aos efeitos da indústria, ou setor de atuação, enquanto os efeitos da empresa correspondem a

45% do seu desempenho. Simon (2003) identifica, a partir de um estudo empírico com

pequenas e médias empresas alemãs de sucesso, que é necessário evitar uma visão excludente.

Sendo assim, é a combinação dos elementos externos e internos é que leva ao sucesso

das empresas. Este estudo não objetiva demonstrar quais das duas visões são mais

importantes, mas quer focar o quanto o desempenho das organizações também pode estar

atrelado aos modelos mentais de seus principais dirigentes. Assim, credita-se que parte da

diferença de desempenho entre as organizações, está atrelado aos modelos mentais dos

empreendedores e/ou dirigentes, que na realidade são os grandes recursos capazes de focar,

integrar e direcionar sua empresa de acordo com as condições do ambiente em que competem.

Como afirma Goleman (2006), um desempenho satisfatório em qualquer atividade

depende de um estado cerebral ideal, ou seja,

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