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Os Princípios da Educação Ambiental

Por:   •  30/9/2018  •  1.281 Palavras (6 Páginas)  •  341 Visualizações

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Tomando-se por base a evolução histórica das concepções de meio ambiente pode-se perceber três grandes tendências:

- Vertente ecológica preservacionista - preocupação centrada na natureza, o homem aparece como um observador externo e afastado;

- A que enfatiza os problemas da degradação ambiental - não apresenta contextualização histórico-espacial e social entre as diversas situações, as diferentes relações com a natureza e os diversos grupos sociais;

- A denominada socioambiental - o ser humano é visto como um ser social concreto, que interage com a natureza, intermediado pelas suas relações histórico-culturais.

Segundo (SILVA, 2011), o meio ambiente pode ser decomposto em três aspectos: natural, artificial e cultural. A Constituição Federal menciona um quarto aspecto: meio ambiente do trabalho.

Ambiente Natural - Formado pelo solo, água, ar atmosférico, flora, fauna e por todos os demais elementos naturais.

Ambiente Artificial - Constituído pelo conjunto de edificações equipamentos, rodovias e demais elementos que formam o espaço urbano ou construído pela ação humana.

Ambiente Cultural - Composto pelo patrimônio histórico, artístico, arqueológico, paisagístico, turístico, científico e pelas sínteses culturais.

Ambiente de Trabalho - Integrado pelo conjunto de bens, instrumentos e meios, de natureza material e imaterial em face dos quais o ser humano exerce suas atividades laborais.

Processo histórico da relação do homem com o meio ambiente

Na concepção de Albuquerque (2007, p. 27), desde o surgimento do homem na Terra este tenta compreender o mundo à sua volta e, a partir de certo momento na história, começou a desejar transformar o meio ambiente para servi-lo, construiu várias civilizações, dominou o fogo, inventou a roda, plantou sementes e domesticou animais. De acordo com o autor o homem sempre interferiu na natureza, mas nem sempre essa interferência causou tantos problemas ambientais.

- Durante a pré-história, a experiência de inúmeros povos foi de harmonia, de equilíbrio, de respeito, de parceria com a natureza.

- Ao longo da história com a cultura patriarcal, que valorizava o domínio e a subjugação, os impérios passam a ser construídos e para tanto a natureza e rebanhos passa a ser objeto de exploração e de posse, consolidando assim, a ideia de separação entre sujeito (homem) e objeto (natureza).

- No século XII as trocas comerciais começaram a crescer e os povos europeus sentiram a necessidade de buscar em outros continentes riquezas como: metais preciosos, mercados, especiarias, matérias-primas e terras, iniciando assim, um novo ciclo de exploração da natureza e acumulação de capital que vem dar suporte ao surgimento da Revolução Industrial no século XVIII.

- A partir da segunda metade do século XVIII, com a Revolução Industrial, inicia-se um processo ininterrupto de produção em massa, geração de lucro e acúmulo de capital onde a relação de exploração da natureza pelo homem se aprofunda ainda mais.

- A Sociedade de Consumo atual caracteriza-se pelo desejo expandido de aquisição do supérfluo do excedente, do luxo. Marcada por profundas crises sócio-ambientais e sócio-econômicas, resultantes do ideal do progresso e do desenvolvimento tecnológico.

A expansão humana, o desenvolvimento tecnológico e seus impactos no meio ambiente.

Ao longo do tempo, as tecnologias foram sendo sofisticadas. Ferramentas de metais e cobre foram criados, permitindo uma intervenção cada vez maior no planeta. Na concepção de Albuquerque (2007, p. 32), esses instrumentos eram sempre para melhorar a intervenção do homem na natureza, ou seja, para melhorar a produtividade de suas atividades sem, contudo, denotar desequilíbrio e destruição ambiental.

Na concepção de Mendonça (2005), a grande mudança das sociedades da pré-história para a história aconteceu quando a tecnologia disponível deixou de ser aplicada unicamente para a produção agrícola e de artefatos e passou a ser utilizada para a fabricação de armas.

A inovação tecnológica é uma característica da economia industrial, os produtos são substituídos em um espaço de tempo muito curto estimulando o consumo e o aumento de lucro das empresas. Os produtos considerados obsoletos raramente são reutilizados, contribuindo para o acumulo de lixo, que além de causar diversos tipos de poluição representa desperdício de matéria e energia (ALBUQUERQUE 2007, p. 57).

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