Obsolescência planejada: armadilha silenciosa na sociedade de consumo

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Esse fenômeno tem o nome de obsolescência de desejabilidade, ou psicológica, conforme é citado no texto de Padilha:

“Obsolescência é o da desejabilidade, ou “obsolescência psicológica”, que é quando se adotam mecanismos para mudar o estilo dos produtos como maneira de manipular os consumidores para irem repetidamente às compras. Trata-se, na verdade, de gastar o produto na mente das pessoas. Nesse sentido, os consumidores são levados a associar o novo com o melhor e o velho com o pior. O estilo e a aparência das coisas tornam-se importantes como iscas ao consumidor, que passa a desejar o novo. É o design que dá a ilusão de mudança por meio da criação de um estilo. Essa obsolescência pode ser também conhecida como “obsolescência percebida”, que faz o consumidor se sentir desconfortável ao utilizar um produto que se tornou ultrapassado por causa do novo estilo dos novos modelos.”

O que se tira disso é que somos manipulados a toda hora a comprar um novo produto, pois seja por defeito, falta de tecnologia, ou por nosso desejo de ter algo novo, a sociedade e o capitalismo trabalham para isso.

Visam mais a sociedade de capital, estruturar e crescer esta, do que a as necessidades básicas da sociedade. O capitalismo impõe isso, um tipo de existência imediata, ou seja, ficamos com a ideia de que é imprescindível o acumulo de capital. Assim a obsolescência programada se tornou para o capitalismo uma importante ferramenta.

É claro esse tipo de obsolescência nos tempos de hoje, em todos os tipos de indústrias, e como exemplo podemos usar dois tipos de indústrias, a de telefonia móvel que lançam aparelhos novos a cada seis meses, com pequenas mudanças de funções, algumas vezes de designer, mas quase sempre imperceptível. Isso se não fossem o excelente trabalho de marketing dessas companhias que colocam em nossa cabeça que sim, devemos comprar, pois o produto é bem melhor e necessitamos daquilo. E outro tipo de indústria é a automotiva, ultimamente vem mudando em seus carros apenas detalhes, mínimos, com funções que nem sempre são utilizadas pelo comprador. Elevando os preços e forçando o consumidor a comprar o novo, pois sua propaganda faz parecer com que seu veiculo “antigo” não fosse bom mais, assim despertando um desejo e até uma necessidade de comprar o modelo novo.

E com tudo isso podemos questionar, e os produtos velhos? Para onde vão? Teriam essas empresas um plano para descartar corretamente os produtos obsoletos?

Na teoria imaginamos que sim, porém na prática assim que aprofundarmos o estudo podemos perceber que não é bem assim a realidade.