OS JOGOS COMO FERRAMENTAS DE APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO INFANTIL

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Para Piaget (1978), o jogo é constituído de expressões e condições para o desenvolvimento infantil, pois as crianças quando jogam assimilam ideias e podem transformar-las em realidade. O jogo é a construção do conhecimento nos períodos sensório-motor e pré-operatório. Desde pequenas, as crianças, agindo sobre os objetos, estruturam seu espaço, seu tempo, desenvolvem a noção de casualidade e também a lógica (Piaget, 1994). Sendo assim, os jogos proporcionam o desenvolvimento do próprio individuo, e a utilização adequada dos mesmos na escola favorecerá o desenvolvimento da criança enquanto ser humano e o ajudará a assimilar o conteúdo convencional das escolas.

A brincadeira infantil é uma importante arma para o desenvolvimento da aprendizagem das crianças, pois elas não são apenas forma de entretenimento das crianças, mas também enriquecem e contribuem com o desenvolvimento intelectual. A criança que não brinca acaba perdendo muitas coisas, além da diversão, pois ela não desperta interesse pelas coisas, não tem entusiasmo, não demonstra sensibilidade não desenvolve afetividade com as pessoas. É nesse contexto que surge a necessidade de compreender o brincar como uma linguagem infantil, uma maneira própria que as crianças utilizam para falar, para se expressar e também demonstrar seus sentimentos, vontades e inquietações. É no brincar que a criança mostra seu estado emocional, sua capacidade e suas dificuldades. As crianças utilizam-se do brincar para mostrar o que elas aprendem no dia-a-dia, daí a necessidade de se atentar ao que estão querendo falar na hora da brincadeira.

Para a psicopedagogia, a aprendizagem é quando acontece a transformação da conduta através de vivencias e descobertas, variando de pequenos hábitos ao desenvolvimento de técnicas complexas. A aprendizagem se faz com a seguinte estrutura: a tarefa, o que será aprendido; e o contexto, onde e como ocorrerá aprendizagem. O contexto em que ocorre a aprendizagem é essencial. Quanto melhor e mais adequado o contexto, mais eficiente será a aprendizagem. O contexto durante os jogos podem ser recreativo, individual, ou em grupo, competitivo, com ou sem objetos, entre outros.

Quanto mais adequado estiver o contexto para a tarefa, mais acontecerá o aprendizado para o aprendiz. É necessário que os jogos sejam voltados para as fases do desenvolvimento em que a criança se encontra, assim para que os jogos possam ajudar na aprendizagem, é muito importante que sejam utilizados por professores que estejam preparados e adequados as condições dos alunos.

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3 JOGOS PEDAGÓGICOS E SUA EFICIÊNCIA NA APRENDIZAGEM DOS ALUNOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL

Para Piaget (1978) o jogo é constituído de expressões e condições para o desenvolvimento infantil, pois as crianças quando jogam assimilam ideias e podem transforma-las em realidade. O jogo é a construção do conhecimento nos períodos sensório motor e pré-operatório principalmente.

As crianças pequenas, agindo sobre os objetos estruturam seu espaço, seu tempo, desenvolvem a noção de casualidade chegando a representação, e finalmente a lógica( Piaget,1994). Segundo o autor, as manifestações lúdicas seguem o desenvolvimento da inteligência sujeitando-se aos estágios de desenvolvimento cognitivo. Cada fase do desenvolvimento está relacionada a uma atividade lúdica.

É essencial, sobre a teoria dos jogos, a relação deste com o processo de adaptação, implicando dois processos complementares: a assimilação, que se caracteriza como um processo no qual, quando a criança se depara com alguns problemas do mundo externo, ela se utiliza de estruturas mentais já existentes para resolvê-los e, a acomodação, neste processo quando a criança se depara com o problema, ela não consegue resolver com estruturas já existentes, então ela as modifica. Com este conceito, percebe-se que a medida que as crianças jogam assimilam novas informações e acomodam nas suas estruturas mentais. Piaget(1994) elaborou uma “classificação genética baseada na evolução das estruturas”.

Piaget classificou os jogos em três categorias, associando as três fases do desenvolvimento infantil. A primeira fase é a sensório-motora, que vai de 0 a 2 anos de idade, nesta fase a criança brinca sozinha, e não tem noções de regras. A segunda fase é a pré-operatória, que vai de 2 a 6 anos de idade, nesta fase a criança já tem nação de regras e não joga mais sozinha, gostam de jogos de faz-de-conta. E a terceira fase, é das operações concretas que inicia aos 7 anos de idade e vai aos 11 anos, nesta fases as crianças jogam em grupos e aprendem as regras dos jogos, com isso elas utilizam jogos de regras como damas, futebol, entre outros.

Baseado nisso, Piaget (1945), classificou os jogos de acordo com as estruturas mentais que vão surgindo ao longo da evolução do brincar infantil. Temos então, os jogos de exercício, os jogos simbólicos e o jogo de regras. O jogo de exercício: é a forma inicial do jogo para a criança. Surge com exercícios motores simples como repetição de gestos, sacudir objetos, emitir sons, caminhar, pular, correr. Começa na fase materna, mas se estende até a fase adulta. O jogo de exercício não se utiliza o lúdico, sua característica principal é a repetição de movimentos e ações que estimulam as funções como correr, andar, pular, saltar, outros.

O jogo simbólico: surge a partir dos dois anos de idade. A função simbólica aparece quando a criança tem habilidade de saber quando um objeto está sendo usado como símbolo e o seu significado, exemplo usar um controle remoto de televisão como um microfone. Nos jogos de faz de conta a criança tem a possibilidade de viver sonhos, revelar medos e conflitos. A partir dos sete anos começam a aparecer desenhos, e representações teatrais, segundo Piaget “consiste em satisfazer por meio de uma transformação do real em função dos desejos “ou seja, tem como função integrar a realidade.

Os jogos das regras começam com cinco anos de idade, mas se desenvolve dos sete aos dozes. Esses jogos acompanham os indivíduos por toda a vida. Sua característica principal é a existência de carias normas que devem ser cumpridas pelo grupo, que ao descumpri-las gera uma penalização. Com esses jogos, nessa fase, a criança começa a desenvolver os relacionamentos afetivos-sociais. Exemplos de jogos de regras são: futebol, damas, xadrez, baralho, entre outros. Portanto, para Piaget (1994) o jogo de regras apresenta um equilíbrio entre a compreensão do eu e da vida social, marcando a mudança do jogo infantil para