O Processo - Fichamento Resumo
Por: Rodrigo.Claudino • 30/3/2018 • 1.377 Palavras (6 Páginas) • 514 Visualizações
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Capítulo VII: Advogado. Industrial. Pintor
Josef K. pensa em fazer a própria defesa. No banco conhece um Industrial que conhece a sua situação e lhe dá carta de recomendação para falar com Titorelli, funcionário de muita influência no Tribunal, por também pintar retratos de juízes. Titirelli dá instrução a Josef K. de como proceder em seu processo. Josef K. resolve dispensar a ajuda do Pintor.
Capítulo VIII: O comerciante Block. K. dispensa os serviços do advogado
K. retorna à casa do seu advogado. Lá conhece o comerciante Block, antigo cliente do Dr. Huld. K. dispensa os serviços do Dr. Huld.
Capítulo IX: Na catedral
K. incumbe-se de mostrar alguns monumentos artísticos ao Sr. Ross, importante correspondente italiano, que lhe pede para aguardá-lo na catedral. K. assim o faz; o Sr. Ross não comparece. K. decide ir embora, porém, o padre o chama e lhe diz que o fez ir a catedral porque desejava falar-lhe sobre o processo; pois era o capelão da prisão. O padre aconselha a Josef K. mudar de atitude, alertando-o de que o resultado da sentença vai se construindo com o decorrer do processo e que até aquele momento ele nada tinha feito em favor próprio. K. diz que o padre é o único membro do tribunal que transparece confiança. O Padre indaga sobre suas atitudes de buscar ajuda com estranhos e, também, sobre seu relacionamento com as mulheres. O Padre conta-lhe uma estória sobre “os portões” da Lei e tenta convencê-lo de que está sendo enganado no Tribunal. O Sacerdote explica a Josef K. que a Justiça nada exige dele, apenas o acolhe quando a busca e que o deixa quando vai embora.
Capítulo X: Fim
Às vésperas de seu trigésimo primeiro aniversário, dois homens chegam à casa de Josef K., de maneira inesperada agarram-no pelos braços e saem a escoltá-lo. K. tenta, mas, percebe a inutilidade de sua resistência. Mantém a calma e decide suportar as consequências, uma vez que sempre desejou fazer muitas coisas não muito louváveis. Foi conduzido a uma pedreira, onde um daqueles homens, cruelmente, crava-lhe uma faca no coração. Josef K. antes de morrer exclama que morre como um cachorro.
Análise Crítica
O enredo do livro ilustra a história de um cidadão que é preso e sujeito a um longo e incompreensível processo por um crime não especificado: o fato de que uma pessoa incerta/indeterminada, “alguém”, deveria ter erigido falsa imputação de fato criminoso a outrem, “caluniado”, que fora privado de sua liberdade, “detido”. Isto, ilustrado na frase inicial do livro: “Alguém devia ter caluniado Josef K., visto que uma manhã o prenderam, embora ele não tivesse feito qualquer mal”. A partir daí, o protagonista procura entender não a razão do seu processo, mas os mecanismos da justiça. Esta se mostra inacessível, e o caráter impenetrável e incompreensível da hierarquia estatal impossibilita a compreensão dos fatos pelo acusado. No contexto histórico, mesmo que legitimado pela lei, tal caráter fere o princípio da humanidade/dignidade humana, o direito à vida e a liberdade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório; destarte, reflete os olhos vendados e a boca amordaçada de um Estado Democrático de Direito. A corrupção e o enigmatismo permeiam o sistema judiciário e faz com que desconheçamos a justiça que nos acusa. O processo tramita dentre um ar de desorientação e surpresas absurdas para o acusado, o que transparece um sistema judiciário superior à lei; e o que faz a esperança parecer ser a única saída. O direito à vida é cerceado, Josef K. é condenado a morte, sem sequer ter sido julgado - “Como um cachorro!”.
Tipo de Fichamento: Crítico-analítico
Site que se encontra a obra: http://www.nesua.uac.pt/uploads/uac_documento_plugin/ficheiro/27ca9b82a164bc2cd68f5a71be15f96fbad08e90.pdf
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