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O Príncipe

Por:   •  14/9/2018  •  2.483 Palavras (10 Páginas)  •  250 Visualizações

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Além disso, deixa também neste capítulo, em seu início, um provérbio ao príncipe, diz que o homem prudente há de escolher o caminho que os grandes trilharam.

Apresenta com isso, a idéia de que quem altera a ordem das coisas, costuma encontrar dificuldades, pois mexe com aqueles que eram beneficiados pela ordem antiga.

CAPÍTULO VII

Escreve aos principados novos conquistados com armas e virtudes de outros. Na situação analisada aqui, o príncipe chega ao poder sem muito esforço. Afirma Maquiavel que os problemas sucedem a chegada ao poder, pois o príncipe pouco se esforçou para chegar até ali e a perseverança é muito penosa para ele agora.

Há ainda os príncipes que chegaram ao poder corrompendo os soldados. Ressalva Maquiavel (2004, p.59): “Esses príncipes dependem somente da vontade e da boa fortuna dos que lhes concederam o Estado [...]”, pois provavelmente não sabem comandar e chagando ao poder desta forma, não tem amigos.

CAPÍTULO VIII

Aqui são apresentados dois modos de tornar-se príncipe, de forma a não ser atribuído inteiramente à fortuna: por meio da perversidade e atos criminosos ou pelo favor dos concidadãos.

Ele discorre sobre o exemplo de dois personagens que chegaram ao poder por meios cruéis: Agátocles, que por meio de suas habilidades militares e cruel perversidade alcançou um cargo alto, o que possibilitou seu golpe contra todos os senadores e homens mais ricos do reino de Siracusa, matando todos e por fim se tornando querido pelo povo; e Oliverotto de Fermo que continuou com suas crueldades após chegar ao trono, e acabou sendo morto por outro soberano.

Neste segundo caso Maquiavel baseia seu concelho para a permanência no poder dizendo:

É preciso ressaltar que, ao se assenhorar de um Estado, aquele que o conquistadeve definir as ofensas a executar e fazê-lo de uma só vez, a fim de não ter de a renovar a cada dia. Assim, será capaz de nos homens inspirar confiança, conquistando-lhes o apoio ao conceder-lhes benefícios. (MAQUIAVEL, 2004, p. 71).

CAPÍTULO IX

No nono capítulo, Maquiavel explica o que é o Principado Civil, diz que “O governo civil” é aquele em que os cidadãos elegem um entre eles para ser seu governante.

Explica ainda, que quem chega ao poder pelo povo, tem menos chances de ser derrubado do que aquele que deve sua ascensão pelos nobres. Logo, o soberano deve tornar-se aliado do povo e o povo o sustentará na adversidade.

CAPÍTULO X

Neste capítulo Maquiavel dirá como medir as forças dos Estados. Basicamente, existem dois tipos: o que o príncipe é dono de poder suficiente para preservar-se a si mesmo quando preciso e o que necessita contar com apoio externo.

Sobre o primeiro caso, o autor não o diz, pois já havia esclarecido nos capítulos anteriores. Entretanto, no segundo, ele aconselha que fortifique e arme Estado, pois aquele que se mantiver bem fortificado e tiver boas relações será com relutância atacado.

É importante ressaltar que aqui aparece a importância de cultivar prestígio de seu povo: “Portanto, o príncipe que é senhor de uma cidade poderosa, e não se faz odiar, não poderá ser atacado; ainda que o fosse, o assaltante não sairia gloriosamente da empreitada. […] É da natureza do homem obrigar-se tanto pelos benefícios feitos como pelos recebidos.” (MAQUIAVEL, p.78, 79)

CAPÍTULO XI

Em “Os Estados eclesiásticos” Maquiavel trás mais um tipo de Estado, aquele que é sustentado por costumes da religião. Os Estados eclesiásticos permitem certa liberdade de conduta aos seus governantes e segundo o autor, somente Estados assim seriam felizes e seguros.

CAPÍTULO XII

Neste capítulo apresenta três tipos de milícias: as próprias, as mistas e as auxiliares. Segundo o próprio autor, o que mantém um monarca no poder são as boas leis e os bons exércitos. Alerta ainda, para a insegurança de se ter tropas auxiliares (de mercenários), pois estes em tempos de guerras não serão leais. Os exércitos próprios são os mais indicados ao monarca, pois esses lhe serão mais fiéis.

CAPÍTULO XIII

No capítulo 13 o autor continua a desqualifica as forças auxiliares, igualadas aqui aos mercenários, e as mistas, que apesar de serem mais eficazes que a primeira, não inspiram confiança. Para Maquiavel, apenas as forças nacionais são legítimas e realmente confiáveis e eficientes.

CAPÍTULO XIV

Em “Dos deveres do príncipe para com suas tropas” é onde Maquiavel ensina sobre o dever ser do príncipe diante de seu exército. Explica o autor que um príncipe tem de se preocupar com seus exércitos mesmo em tempos de paz, para que ele sempre tenha sua sorte protegida. As milícias precisam de disciplina e de vigor físico, e o soberano deve preocupar-se com a manutenção de um bom exército. Maquiavel recomenda que os soldados pratiquem a caça, pois esta irá proporcionar o conhecimento das regiões que se precisam defender e facilita a habilidade de reconhecimento de regiões semelhantes.

CAPÍTULO 15

Neste trecho, o autor lista um série de qualidades que o príncipe deve ter e outras tantas que deve evitar. Mas ainda no começo do capítulo ele aborda a necessidade de o monarca equilibrar os opostos entre bondade e maldade.

CAPÍTULO XVI

O capítulo 16 trás regras de conduta para a vida financeira do príncipe, seu título é “Da liberdade e da parcialidade”. Maquiavel explica que um príncipe que é liberal e que pratica atos custosos frequentemente, acaba rapidamente com seus recursos e mais cedo ou mais tarde será obrigado a lesar seus súditos, o que será motivo para o ódio e o descontentamento.

CAPÍTULO XVII

“Da crueldade e da piedade – Se é melhor ser amado ou temido” o título representa bem a oratória de Maquiavel neste capítulo. Ele sustenta que os príncipes devem preferir a fama de clementes a cruéis, mas devem pesar bem essa clemência e usá-la de forma dosada, pois pode ser preciso fazer uso da crueldade para manter seu povo unido.

Por conseguinte, expõe que é mais seguro ser temido do que amado, uma vez que o amor se mantém por um vínculo de obrigações, que exposto a deslealdade

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