INTRODUÇÃO DO LIVRO DE NICOLAU MAQUIAVEL
Por: Hugo.bassi • 23/1/2018 • 1.025 Palavras (5 Páginas) • 549 Visualizações
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se diferencia na forma de governo do príncipe, mostra como um príncipe deve agir para conquistar um Estado e ter poder sobre ele, analisa as diferentes formas de poder e as duas formas de governo que existiam na Europa na época: Republica e Monarquia, sendo seu principal objeto de estudo a Monarquia, sendo ela uma forma de governo hereditária, não sofria alterações por ser passada dentro da própria família, tecnicamente uma forma mais fácil de se trabalhar: bastava se comportar como os antecessores.
Por último o conselho de que o governante pareça todo humanidade e todo religião. Não são todos os presidentes americanos esforçados por parecerem piedosos e representantes dos direitos humanos, ao mesmo tempo em que utilizam a bomba atômica, a tortura e sempre parecem ansiosos por iniciarem guerras? É um excelente exemplo de como efetivamente manter o poder sem que se pareça carrasco, dê ao povo por um lado e tire pelo outro, mas sempre se atentando a nunca afetá-los diretamente, nunca mexendo nos bens diretos do povo, estes devem ser atingidos de forma sutil, por exemplo, com fraude
de licitações (o que a maioria não tem conhecimento suficiente para saber a dimensão dos prejuízos). Podemos citar diante disso nosso querido ex-presidente, Fernando Collor de Melo, ao confiscar as contas poupanças dos cidadãos brasileiros. Decorrente disso, foi totalmente odiado, até chegarmos ao impeachment, esta é apenas uma das consequências que o Príncipe pode sofrer caso não seja frio e calculista (o que inclui inteligência).
Quando se faz a análise de ensinamentos do livro, deve-se atentar bastante para que não se faça a interpretação de forma errônea, o que é bem comum durante a leitura. “O Príncipe” tornou-se livro de cabeceira para alguns governos e governantes que não souberam contextualiza-la a época e a seguiram de forma arbitraria, lhe conferindo uma reputação “ruim”.
Maquiavel escreveu mais de uma vez sobre política, mas talvez sua obra mais conhecida seja O Príncipe, sendo este escrito durante seu exílio e antes que a obra seja efetivamente iniciada, há uma dedicatória a Lorenzo II de Médici, com o qual busca ser reempregado na administração pública, como pode ser observado no último paragrafo: “Se Vossa Magnificência, do alto de sua magnitude, vez por outra voltar os olhos para cá embaixo, saberá o quanto me degrada suportar o meu fado (fortuna), infinda e perenemente funesto.”
A obra não busca um ideal: “como deveria ser”, mas trata do real: “como realmente é”.
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