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Nicolau Maquiavel - Maquiavel era mesmo maquiavélico?

Por:   •  16/7/2018  •  2.015 Palavras (9 Páginas)  •  337 Visualizações

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Capítulo XVI- O príncipe deve ter atenção sobre a liberalidade. Um governante liberal que não cobra impostos tornará sua imagem estremecida quando for cobrar, pois o povo estava acostumado a não pagar. Os impostos devem ser cobrados em tempos de paz, para não passar por cobranças extras em épocas de guerra, não sofrendo assim uma má imagem perante o povo, em um possível aumento nos tributos. Não sendo possível ser liberal, deve-se ser prudente e se o chamarem de miserável, não deve se importar logo passara a ser visto como generoso quando perceberem que graças a seu controle terá recursos para defender dos inimigos. Não deve se preocupar com a fama de miserável, pois agindo assim terá que saquear os súditos, nem ser pobre e desprezado, nem obriga a ter uma conduta destruidora: a falta de liberalidade é um dos defeitos que lhe permite reinar.

Capítulo XVII- Da crueldade a piedade- É melhor ser amado que temido ou, antes temido que amado.

Todos os príncipes devem preferir ser considerados clementes e não cruéis, mas devem empregar bem esta clemência. Para manter o povo unido e leal, se precisar ser cruel, deve ser sem medo, deve agir com cuidado, com equilíbrio, prudência e humanidade de modo que o excesso de confiança não o leve à imprudência e a desconfiança e não o torne intolerante.

É preciso ao mesmo tempo ser amado e temido, por não ter os dois cabe escolher serem temidos, os homens são volúveis e dissimulados buscam escapar dos perigos com vantagens. Eles têm medo de ofender quem se faz amar do que quem se faz temer, o amor é mantido por gratidão que se rompe quando não for mais necessário, mas o temor é mantido pelo medo do castigo. O príncipe deve ser temido de forma que mesmo que não ganhe o amor dos súditos ao menos evite o ódio. Quando à frente do exercito, é necessário que mantenha sua imagem de crueldade para manter a tropa unida para qualquer batalha.

O povo ama a quem eles quiserem, mas temem os que têm o poder, pois pode castigá-los.

Capitulo XVIII- O príncipe deve manter uma imagem de integridade, e fazer-se o oposto quando necessário, manter esta aparência de íntegro mesmo que aja e pense o contrário. É fácil enganar as pessoas, pois elas julgam por aquilo que veem.

Pode-se lutar de duas maneiras, pela lei e pela força: a lei é dos homens e a força dos animais, porém às vezes tem-se que recorrer à força; um príncipe sábio deve saber usar as duas naturezas, sendo como a raposa que reconhece as armadilhas e como o leão que assusta os inimigos. Portanto se o príncipe pretende conquistar e defender um Estado seus meios sempre devem ser tidos como honrosos e elogiados por todos.

O príncipe não precisa ter todas as boas qualidades, mas deve aparentar ter, pois tê-las pode chegar a ser perigoso, aparentar é útil, assim bom ser misericordioso, leal, humanitário, sincero e religioso, e converter em atributos quando necessário.

Capítulo XIX- O príncipe deve evitar o ódio de seus súditos para manter o povo ao seu lado, o que mais o fara ser odiado é apossar-se dos bens alheios. Sempre que ele tiver estima de seus súditos afastará a probabilidade de conspiração. Ele precisa se precaver de cometer uma injúria grave contra alguém cujos serviços se utilizem que será uma decisão tola e perigosa.

O soberano deve se proteger de ser visto como volúvel e tímido, para não serem desprezado, sua ações devem demonstrar grandeza, elevação de espirito e suas decisões serão incontestáveis e sustentará de uma forma que ninguém possa enganá-lo ou iludir. Estas ações darão a ele prestígio e será difícil conspirar contra uma boa reputação e atacá-lo não será fácil perante seus súditos.

Um príncipe deve ter dois temores: um interno (os súditos) e um externo (os estrangeiros), se não for odiado pela maioria as conspirações não terão um bom final. Do lado do conspirador só existe medo, ciúmes, suspeita de castigo e do lado do príncipe a nobreza do principado, as leis, a ajuda dos amigos e do Estado que o defendem, deve dar muita atenção as conspirações quando o povo for bom, mas quando for adverso deve temer a tudo e a todos.

Capítulo XXI- O príncipe que quiser ser amado deve mostrar recompensa ou punir os cidadãos conforme sua conduta; não poderá se manter neutro diante de confrontos, pois será odiado pelos que pedem ajuda e tido como indeciso. Não fazer aliança com alguém mais forte que si mesmo para novas conquistas, pois o aliado poderá voltar-se contra ele após conseguir o que deseja.

Deve o príncipe recompensar quem é ativo e procura melhorar sua cidade ou estado, dar atenção a todas as classes da sociedade oferecer festas e espetáculos em certas épocas do ano.

Capítulo XXIII- O soberano deve tomar como conselheiros pessoas sábias e que os respeitem, para evitar os bajuladores. Se o príncipe for intuído e não analisar bem o conselho que lhe deu ele não será bem aconselhado e se tiver um bom conselheiro correra o risco de perder o trono para ele. O príncipe deve formar um grupo de ministros sábios a quem possa lhe confiar o poder de falar as verdades quando necessário, ele pode receber conselhos sobre todos os assuntos, mas a determinação final ele que dará.

Capitulo XXV- O príncipe não devia deixar que o acaso decidisse seus atos, basear-se apenas na sorte pode trazer a ruína quando esta mudar. Deve-se agir de acordo com as circunstâncias do momento. Cada época e lugar requer um caminho diferente a seguir para alcançar determinado objetivo, assim a mudança de circunstância e de tempo requer adaptação para não levar a ruína.

A sorte demonstra o poder onde não existe virtude para resistir, os homens têm como metas glórias e riqueza e para isso agem de varias formas, uns agem com cautela, outros com violência, ou com astucia, ou com paciência. Dois indivíduos fazendo de maneiras diversas podem alcançar o mesmo objetivo, ao passo que dois fazendo da mesma forma, um atinja seu fim o outro, não.

Opinião pessoal dos cap. XV, XVII, XXI e XXV.

Capítulo XV- Acredito realmente que um soberano deve ter equilíbrio entre a bondade e a maldade, usando só de bondade pode ir a ruína e sendo muito cruel o povo se revolta

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