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RESUMO DO LIVRO: O PRÍNCIPE DE NICOLAU MAQUIAVEL

Por:   •  10/12/2018  •  3.484 Palavras (14 Páginas)  •  447 Visualizações

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príncipe que ganha o poder antes de se preparar para tê-lo, pode adquirir grande valor posteriormente, porém será maior o seu esforço e também o perigo, e para manter seu território, um príncipe deve: Fazer amizades, conquistar pela força e pela fraude, garantir-se perante seus inimigos, fazer-se amado e temido pelo povo, ser bom e severo, manter amizades com reis e outros príncipes, etc.·.

8. Capítulo VIII

Maquiavel diz que há maneiras de se tornar príncipe, que não são atribuídas a fortuna ou ao mérito, que seriam chegar ao principado por vias criminosas, pela maldade, e governar por mercê do favor de seus concidadãos.

Porém não se pode considerar valor a traição dos amigos ou a morte de seus compatriotas, pois isso levaria ao poder, mas nunca à glória. A diferença está no bom uso da crueldade, se chega ao poder por meio vil ou criminoso, não se deve persistir na maldade, e sim depois seduzir e tranquilizar o povo, com a intenção de manter-se soberano e a boa relação para com seus súditos.

9. Capítulo IX

Quem se torna governante, por favor, de seus concidadãos, forma o governo civil, que para governar é preciso astúcia, e chega-se a ela através do apoio aristocrático e popular. Este governo surge da vontade do povo de não haver opressão por meio da aristocracia.

Os governos instituídos pela aristocracia, quando os ricos não podem com o povo e assim se unem, exaltando um príncipe para que assim sejam alcançados os seus propósitos através da sombra da soberania. Os governos são instituídos pelo povo quando estes não resistem a aristocracia e desejam um príncipe que os proteja com sua autoridade.

Quem chega ao poder por meios dos ricos, tem mais dificuldade em manter-se, porém, quem chega por meio do povo está sozinho, pois satisfazer o povo com uma conduta justa não satisfaz a nobreza, que deseja apenas oprimir. Pois a hostilidade do povo, não se compara a hostilidade da nobreza. Um príncipe não se pode desfazer do povo, mas da nobreza sim, tirando-lhes posições, como seja de sua vontade.

Existem dois tipos de nobres, aqueles que dependem da sorte do príncipe e os que não dependem: os primeiros devem ser respeitados, mas os segundos geralmente são covardes e ambiciosos, pensam mais em si do que no soberano.

Quando o príncipe é corajoso, baseia-se no povo, e se chegou ao poder por meio dele, basta não oprimir. Chegou-se pela nobreza, deve conquistar a amizade do povo e proteger. É necessário que o príncipe sempre tenha o favor do povo, um príncipe prudente sempre fará do povo fiel ao soberano.

10. Capítulo X

Os príncipes que possuem riqueza e homens podem formar um exército e defender-se. Os que não possuem e precisam ser protegidos de seus inimigos por outros, é necessário coragem e fortificação de suas cidades. Os que fortificam suas cidades e protegem seus súditos, dificilmente serão atacados, pois numa cidade bem defendida um príncipe nunca será odiado por seu povo, e um príncipe com uma cidade poderosa não será atacado.

11. Capítulo XI

Principados eclesiásticos são aqueles onde todas as dificuldades existem antes que os possuam, visto que são adquiridos ou pela virtude ou pela fortuna. Sem uma e outra se conservam, pois são sustentados por ordens estabelecida pela religião, que se tornam tão fortes que mantêm os seus príncipes no poder. Apenas estes possuem Estados e não os defendem, súditos e não os governam, os Estados, por serem indefesos, não são tomados. Os súditos por não serem governados não se preocupam, não pensam e nem podem separar-se deles. Somente estes principados são seguros e felizes.

12. Capítulo XII

Os principais fundamentos que os Estados, tanto os novos quanto os velhos e os mistos, possuem são as boas leis e as boas armas, e como não pode haver boas leis onde não existem boas armas e onde existem boas armas é preciso que existam boas leis, deixa-se de falar em leis para falar apenas em armas.

As armas com que um príncipe defende seu Estado podem ser próprias ou mercenárias, auxiliares ou mistas. As mercenárias e as auxiliares são inúteis e perigosas, e se alguém apoia seu Estados nelas, jamais estará firme e seguro, pois elas são desunidas, ambiciosas, infiéis, indisciplinadas, galhardas entre amigos, vis entre inimigos, não temem a Deus e não possuem fé nos homens, tanto adia a ruína quanto se transfere o assalto. Na paz se é esfoliado por elas, na guerra pelos inimigos. Isso se deve ao fato de que elas não possuem outro amor nem outra razão que as mantenha em campo, a não ser um pouco de soldo, desejam muito ser teus soldados enquanto não há guerra, mas quando esta surge, querem fugir ou ir embora.

O príncipe deve ir pessoalmente com as tropas e exercer as atribuições ao capitão, a República deve manter seus cidadãos e, quando enviar um que não se mostre valente, deve substituí-lo quando animoso deve detê-lo com as leis para que não ultrapasse o limite. Uma República armada de tropas próprias se submete ao domínio de um cidadão com dificuldade maiores do que aquela que se encontra protegida por tropas mercenárias ou auxiliares.

13. Capítulo XIII

As tropas auxiliares, as forças inúteis, se apresentam quando chamas um poderoso para que venha a ajudar e defender com seus exércitos. Essas tropas podem boas e úteis para si mesmas, mas para quem as chame sempre serão danosas, pois se perderes fica liquidado e se ganhares fica prisioneiro delas. São muito mais perigosas que as mercenárias, porque com estas a ruína é certa, pois são todas unidas, todas voltadas a obediência de outros. Enquanto nas tropas mercenárias o mais perigoso é a covardia, nas auxiliares é o valor.

Um príncipe prudente sempre foge a essas duas tropas para voltar-se às suas próprias forças, preferindo perder com as suas a vencer com aquelas, pois na verdade aquelas conquistadas com as armas alheias não representam vitória. “… as armas de outrem, ou te caem de cima, ou te pesam ou te constrangem”.

Sem ter armas próprias, nenhum principado está seguro, ao contrário, fica totalmente sujeito à sorte. As forças próprias são aquelas que constituídas por súditos, de cidadãos ou de criaturas tuas.

14. Capítulo XIV

Um príncipe não deve ter outro objetivo que não seja a guerra e sua organização e disciplina, sendo esta a única arte que compete

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