Gestão da Inovação - Paulo Bastos Tigre (pág. 3-16)

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É notório o destaque no texto de que há uma interação dialética entre o desenvolvimento tecnológico e as forças econômicas e sociais, pois os dois acabam influenciando o meio de uma forma que não é possível determinar o que gera o que. Mas, sabemos da importância que o capitalismo trouxe para a renovação de industrialização de um país, pois agora, diferente do mercantilismo, o país mais desenvolvido não é apenas o país com maior quantidade de minérios, mas o país que produz e reinventa produtos a partir da sua matéria-prima.

O reconhecimento da relação entre mudança tecnológica e crescimento econômico veio com Adam Smith e com David Ricardo anos mais tarde. Smith identificou e listou alguns tipos de mudança na confecção de produtos que poderiam agilizar esse processo, e que com a divisão social do trabalho o processo de aumento da quantidade de trabalho seria real, Smith, cita que é responsabilidade dos “filósofos” o processo de aprimoramento das máquinas. Décadas mais tarde Ricardo retoma esse assunto dando ênfase a questão de perda de salários e empregos dos trabalhadores devido a revolução industrial, ainda prova que o aumento da mecanização do trabalho não beneficia o trabalhador.

A ideia central do texto de Paulo Tigre é discutir como a inovação foi inserida no mundo industrial, ou ainda, a necessidade do mercado por novos produtos que acabou reinventando o modo de produção assim como os produtos produzidos, e mostrar como isso mudou os séculos em diante. Além disso, o autor deixa bem evidente que esse processo não é tão simples e foi realizado etapa por etapa, se modificando aos poucos para chegar ao nível que está hoje em dia e que tudo isso foi fomentado graças ao capitalismo.