Essays.club - TCC, Modelos de monografias, Trabalhos de universidades, Ensaios, Bibliografias
Pesquisar

Funções Mentais Superiores (Psicologia Jurídica)

Por:   •  30/3/2018  •  2.073 Palavras (9 Páginas)  •  425 Visualizações

Página 1 de 9

...

exercer funções sem que haja o pensamento para estimular essas funções. Sendo assim:

Para nós, portanto, no princípio foi a existência e só mais tarde chegou o pensamento. E para nós, no presente, quando vimos ao mundo e nos desenvolvemos, começamos ainda por existir e só mais tarde pensamos. Existimos e depois pensamos e só pensamos na medida em que existimos, visto o pensamento ser, na verdade, causado por estruturas e operações do ser. (DAMÁSIO, 1994, p.256)

A partir de ambas as exposições, onde se mostram controvérsias, ver-se-á que para psicologia moderna a visão de Descartes se mostra mais concatenada, tenha visto as grandes pesquisas que trabalham em prol da mente, tal como sendo fator que influencia no modo de agir, e vê-se aqui as terapias mentais. Extirpando a visão de que o cérebro que altera o pensamento, em que o tratamento deve ser realizado no cérebro e não na mente. Sendo assim, todo o trabalho se voltará para a condição de que para que haja o funcionamento do cérebro é preciso antes do pensamento.

2. Conceito de sensação

Após toda a contextualização apresentada anteriormente, percebe-se de que o trabalho abordará a sensação tal como sendo exposta a mente e que posteriormente será induzida ao funcionamento do cérebro, que por sua vez fará a ativação de comportamentos ao longo do corpo, entretanto, a sensação, em si, não pode ser estudada de modo independente, assim como todas as demais funções mentais superiores, além de conceitos aos quais devem ser abordados para que se possa compreender toda a estrutura da sensação. Para tanto, veremos de que para Fioreli e Mangini (2010, p. 11) sensação se constitui em: “[...] um processo contínuo, que se inicia com a recepção do estímulo (interno ou externo ao corpo) até a interpretação da informação pelo cérebro, valendo-se de conteúdos nele armazenados. A partir de então, a apresentação nos direciona a buscar e interpretar os estímulos para posteriormente compreendermos a sensação.

2.1 Estímulos

O estímulo deve ser entendido tal como qualquer mudança que ocorre no meio ao qual se tem um corpo inserido, assim sendo pode-se compreender como estímulo qualquer alteração no meio ou ainda no ambiente. Como exemplo pode se dar quando estamos cozinhando e nos aproximamos do fogão e percebemos o aquecimento da pele, aqui perceba-se de que o estímulo é o fogo, que faz com que se tenha uma alteração. Ou ainda, o tocar de uma sirene, sendo, pois, o som emitindo um estímulo. Perceba-se que a alteração no ambiente é entendida tal como estímulo.

E por consequência, ter-se-á uma alteração no comportamento humano que entenderemos tal como a sensação, ou seja, o esquentar da pele vai ser entendida como uma sensação provocada pelo estímulo que é o fogo. Ou ainda, no caso da sirene a alteração no corpo, entenda-se neste, como exemplo, um arrepio que será um comportamento, ou seja, uma sensação que foi provocada por um estímulo. Em suma, veremos de que o comportamento, sensação, iniciará e estará sempre atrelado com uma alteração no ambiente.

No entanto, nem sempre veremos de que a sensação acontecerá com qualquer estímulo provocado pelo ambiente, onde dependerá da percepção ou ainda da intensidade do estímulo para que esse seja percebido e que gere uma sensação. Por exemplo, dependendo da intensidade a qual o fogo é ligado ou da sonoridade da sineta, pode, o corpo, não receber nenhum tipo de comportamento biológico.

Aqui então, veremos a presença do limiar inferior e superior, onde serão diferenciados de pessoa para pessoa, ou seja, para que ocorra uma resposta depender-se-á da intensidade do estímulo para que gere uma alteração, em que dependendo da pessoa uma certa carga de estímulo não gerará nenhuma resposta em contrapartida em uma outra pessoa, alterando-se aqui o fator chave que é o organismo, pode-se perceber a ocorrência de uma resposta. Para tanto, vê-se que o comportamento está associado a um estímulo e para que esse estímulo seja percebido depende de uma certa carga, potência, frequência, temperatura, etc. Tal como ilustração pode-se tomar como exemplo a exposição de duas pessoas na mesma intensidade de calor, sendo este o estímulo, onde após certo tempo, como exemplo 5 minutos após, verifica-se que um dos estudados possui cerca de 10 mililitros de suor e o segundo possui 15mililitros, ou seja, foram expostos a mesma carga, estímulo, e tiveram respostas diferentes. Vê-se ainda, que quanto mais fraco o estímulo se mostrar, maior deverá ser a duração da cessão do estímulo para que se tenha um comportamento, a exemplo quanto menor a temperatura maior deve ser o tempo de exposição do indivíduo para que se perceba a alteração biológica.

Esse fator de gerar comportamentos com intensidades diferentes, mesmo sendo as pessoas expostas a mesma carga, está associado ao limiar inferior, em que é preciso uma intensidade mínima para que gere um comportamento, por exemplo um cachorro e um homem, a intensidade mínima para que o cachorro tenha a sensação de um som é n vezes menores do que o ser humano necessita para começar a ter a mesma sensação, assim sendo a necessidade de decibéis para gerar um comportamento em uma homem e um cachorro são completamente distintos.

Em contrapartida, más possuindo o mesmo princípio, ou seja, a intensidade e o organismo, perceberemos o limiar superior, em que dependendo da intensidade do estímulo, quando este se mostra maior do que o suportado pelo corpo, percebe-se o bloqueio das funções mentais para que não haja dano no corpo. Aqui, têm-se como exemplo o desmaio, que é ocasionado quando a capacidade de suportar uma intensidade é ultrapassada, a exemplo quando um corpo é submetido a uma intensidade de calor, em que quando a capacidade de calor é ultrapassada o desmaio será ocasionado como forma de poupar o sistema nervoso. Para Firelli e Mangini (2010, p.13) o limiar superior é observado quando: “O indivíduo desmaia porquê o cérebro “desliga” quando à dor ultrapassa o limite do suportável; isso poupa as estruturas neuronais do estresse excessivo”.

Além de que, quanto maior a ocorrência dos estímulos menor será a sua captação pelo corpo, tenha visto que a quantidade em excesso de informação ou estímulos, faz com que o cérebro não consiga deliberar todos os comportamentos ao corpo, havendo aqui a seleção daqueles em que mais se destacam para mente, onde que um estímulo visual prevalece sobre um estímulo auditivo, dependo de suas intensidades. E por fim, cabe expor de que os estímulos estão atrelados aos cinco sentidos do corpo, sendo

...

Baixar como  txt (12.9 Kb)   pdf (133 Kb)   docx (16.4 Kb)  
Continuar por mais 8 páginas »
Disponível apenas no Essays.club