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Fichamento do Livro Metodologia para quem quer Aprender - Pedro Demo

Por:   •  18/9/2018  •  1.818 Palavras (8 Páginas)  •  378 Visualizações

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[...] De todos os modos, não se pode estudar sem texto próprio e coletivo pela razão crucial de que não faz sentido socializar a ignorância.

Pela mesma razão é importante aprender a 'ler'', na acepção de Paulo Freire ("ler" a realidade). Trata-se de "contraler", no sentido de ler na pretensão de autor, não de

receptor. Significa que não vale passar por cima, do lado do autor, mas por dentro dele, desconstruindo e reconstruindo. [...] (p.24)

3. DESACERTOS

[...] “Nossas escolas e universidades praticam ainda este método, à revelia de todas as teorias e práticas mais atualizadas de aprendizagem. Por isso, acredita-se tão piamente que, aumentando as aulas, aumentasse a aprendizagem, coisa que os dados não suportam” [...] “Aula instrucionista, apenas para expor ideias alheias, é mais bem feita pela mídia, em cores, com efeitos especiais e gente bonita. Hoje, o que está nos livros e na mídia não precisa ser repetido em sala de aula, porque, sabendo o aluno ler, a informação está disponível” [...] (p.26)

[...]”O desacerto vem de longe. Vem principalmente do ambiente instrucionista no qual se insere o professor como produto daí decorrente” [...] “não é o caso "culpar" o professor, porque é vítima deste sistema instrucionista. Não tendo aprendido a estudar profissionalmente, não é capaz de instituir esta habilidade nos alunos.” [...] (p.27)

[...] “estudamos por obrigação, no dia antes da prova, premidos pelo tempo, e a contragosto. É raro o aluno que gosta de estudar [...] (p.29)

.[...] “Os jovens possuem o direito de estudar, quando lhes for possível. Por isso, este tipo de curso precisa ser visto com enorme cuidado e devoção. Não faz sentido aludir ao cansaço para encurtar o estudo, já que esta gente sofrida precisa tanto mais de bom estudo.”[...]”O que levam para a vida é esta habilidade de saber pensar, pesquisar, elaborar, não as aulas. Estas se perdem no vento, porque são, tendencialmente, apenas vento. Não adianta engolir conteúdos empenca que logo mais já estão desatualizados, se já não estão desatualizados no momento de os engolir” [...] (p.31)

4. ARTE DE ESTUDAR

[...]”Receita de estudar coincide, sempre, com não saber estudar. Não se trata apenas de que estudar possui tons individuais, subjetivos, próprios em cada qual. Trata-se principalmente de que estudar implica criatividade não pode ser formatada a priori. “[...] (p.33)

[...]”Para algums, estudar é prazer. Para muitos, estudar é sacrifício. Por isso, para estudar bem, o primeiro requisito é Motivação. “[...]”De alguma forma, toda motivação implica prazer, mas existe o prazer imediato e o prazer profundo. O prazer imediato contenta-se com recompensas materiais, passageiras, superficiais, extensas, como é memorizar montanhas de conteúdos mal digeridos e passar no vestibular “[...] (p34)

[...]”Estudar carece de disciplina. Disciplina parece hoje palavrão, tanto abusamos dela em outras épocas. Na prática, tudo o que se faz sem disciplina não é produtivo, porque se perde no cenário de alternativas, sem abarcar nenhuma propriamente” [...] (p.36)

[...]”Dentro das modernidades à mão, pode-se mesmo sugerir que os professores deveriam, para além de certificarem-se profissionalmente, possuir habilidades motivacionais, quase uma habilidade de marketing. Poucos professores sabem - falando grosseiramente- 'Vender seu peixe'' de modo minimamente adequado. Ao contrário, apenas dão aula” [...] (p.37)

“Estudar carece, ademais, de indisciplina. Estudo apenas disciplinado tende a ser rotineiro, repetitivo, porque ordem é a regra da disciplina. Para ser criativo, precisa ir além do ordeiro e penetrar nos horizontes [...] criatividade, originalidade, superação. Autoria é sempre ato de indisciplina, porque rechaça a repetição [...] disciplina e indisciplina dependem do ponto de vista. Do ponto de vista da ordem, desordem é indisciplina. Do ponto de vista da dinâmica irrepetível das coisas, ordem é indisciplina” [...] (p.39)

“[...] Pessoas criativas veem a ordem como imposta; pessoas rotineiras veem a desordem como imposta [...] a natureza passa pelas duas: há o que se repete e há o que não se repete [...] códigos, genes, estruturas” [...] (p.39)

“[...] A criatividade precisa de indisciplina no sentido de romper a mesmice de cada dia” [...] (p.39)

“[...] quando dizemos que estamos ‘estudando’ para o vestibular ou para a prova [...] ‘estudar’ está vinculado a tais ocasiões (vestibular, prova, concurso, teste), porque, a não ser sob pressão, não estudamos” [...] (p.40)

“[...] o estudo criativo exige pelo menos duas atividades concatenadas:

Pesquisar: [...] quando pesquisamos com um mínimo de qualidade descontruímos e reconstruímos conhecimento, colocando em ação um tipo de conhecimento, colocando em ação um tipo de autoria [...] (p.40)

Elaborar: [...] elaborar significa tomar o conhecimento disponível e refazer do ponto de vista próprio, apoiado na argumentação [...] (p.41)”

Ademais, o autor ressalta que ao pesquisarmos precisamos sair do senso comum e supõe que devemos ter o “questionamento reconstrutivo”, onde o mesmo é crucial e imprescindível para termos um mínimo de qualidade acadêmica.

“[...] Pesquisa não exige, necessariamente, produção própria de dados empíricos ou qualitativos” [...] (p.42)

O autor também diz que para aprender a elaborar precisamos saber argumentar e contra argumentar, dessa forma, a maior regra é nos desvincular de tudo aquilo que é definido como uma trabalheira.

“Elaborar requer habilidade de autor, autonomia de ideias, propostas próprias.” [...] (p. 42)

5 Estudo Virtual

“O mundo virtual está mexendo profundamente com o desafio de estudar.” [...] (p.43)

“[...] a Internet tornou-se a nova biblioteca global, onde se podem encontrar textos de reconhecida qualidade acadêmica” [...] (p.43)

“[...] Nesses ambientes, estuda-se muito, com profundidade e motivação reconhecidas, algo que já não vemos na escola e a universidade. Algo similar espera-se

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